TRINTA E CINCO

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[PODE HAVER GATILHO]

        Continuamos nos beijando desesperadamente, a adrenalina do momento deixava o nosso beijo ainda prazeroso. Como sentia falta desses lábios. Os mordi de leve para provocar o homem, que soltou um gemidinho rouco, me deixando mais excitada. Uma de suas mãos se mantinha forte em minha cintura, enquanto a outra fazia carinho na minha nuca. Já as minhas, desciam e subiam por suas costas rígidas, algumas vezes passava as unhas de leve para provoca-lo ainda mais e o sentia sorrir de leve durante o beijo.

        Estávamos totalmente alheios ao barulho que vinha de fora. Precisávamos tocar um ao outro, mesmo que minimamente, o mais rápido possível. Não podíamos esperar mais, depois de um longo tempo. Me sentia nas nuvens, nesse momento, ao ponto de poder sentir as famosas borboletas no estomago. Envolvida pelo feitiço dos seus doces lábios - que tinha o saboroso gosto de champanhe, provavelmente, um dos mais caros do hotel -, nem me preocupei em sair dali o mais rápido e ir atrás da Lee e do Jeon.

        Quando paramos para recuperar o ar, encaramos os olhos um do outro com sorrisos bobos nos lábios, as pupilas dilatadas e a respiração ofegante. Sentia que me coração pularia para fora a qualquer momento. Não demora muito para que sentimos um choque de realidade, ao percebemos os sons de gritos e tiros ficarem cada vez mais altos, como se estivessem revistando todas as salas e quartos do andar para não deixar ninguém fugir. É uma atitude idiota se pegar no meio de um tiroteio? Logico, mas a saudade que estávamos sentindo um do outro era bem maior do que o medo de sermos pegos.

        O que faremos agora? Mesmo tendo um arrependimento de termos demorado conversando e nos beijando – não do ato em si, mas do tempo gasto nisso -, sabíamos que precisávamos conversar o mais rápido possível, antes que algo acontecesse, mas devíamos ter saído logo dali primeiro. Quando estivesse em segurança, colocaríamos nossas cartas na mesa, pois o perigo que estávamos correndo em nos manter ainda ali era grande. O pânico era visível em nossos rostos.

        — Temos que sair daqui. — Pego seu braço e puxo em direção a porta, mas o mesmo me puxa contra seu corpo. — Vem. — Olho desesperada em seus olhos.

        — Não podemos sair por lá. — Aponta para porta, quando os sons de disparos ficam mais altos.

        — Como vamos sair? — Indago nervosa.

        O mesmo olha por todo local, como se esperasse haver outra saída além daquela porta até seus olhos pararem na enorme janela.

        — Confia em mim? — Namjoon me encarava passando toda a confiança que precisava para fazer o que ele pedisse.

        — Sim. — Assim que respondo, o homem me guia rapidamente até janela, onde abre com facilidade.

        — Você vai na frente primeiro e eu vou estar logo atrás, okay? — Assinto com a cabeço e o Kim deposita um selinho em meus lábios, o que deixa meu coração agitado e animado, nós iremos ficar bem. Era isso que esperava.

        Antes de passar pela janela, encaro o lindo jardim, que rodeava todo hotel, pela distância do mesmo em relação onde que estávamos, cogitava que era uma das laterais da propriedade. Meus olhos recaem sobre a altura, que iria pular e como a mesma sendo, relativamente, um pouco alta, daria para cair sem se machucar. Pelo menos era o que imaginava.

        Tiro as sandálias de salto, para não me atrapalhe na aterrisagem e passo rápido pela janela. Quando menos espero estou no chão, procurando um pouco de equilíbrio para me afastar, dando espaço para o Kim pular. Observo o mesmo passando pela janela, mas antes que possa pular, ouço o som de um disparo alto acompanhado de um grito do mesmo, que cai rápido de lado no chão com tudo. Corro até Namjoon desesperada, puxado o corpo dele para o meu colo, enquanto analiso onde havia sido o machucado.

Daddy Kink | KNJOnde histórias criam vida. Descubra agora