TRINTA E TRÊS JOON

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        Com um buquê andava pelos corredores da mansão. Iria entregar as flores para Hyejin, para justificar minha ausência, que, provavelmente, teria sentido e para evitar qualquer suspeita sobre a minha inda a cidade. Precisava ter cautela com os meus passos dentro dessa casa, ainda mais, para fugir dali com a Kristen. Assim que entro no quarto, vejo Hyejin encarando a enorme janela do cômodo.

        — Procurei você pela casa toda, quando cheguei, onde este? — Indagou, ainda de costas, assim que ouviu o barulho da porta se fechar.

        Ando, calmamente, até a mulher escondendo as rosas nas costas.

        — Para compensar o jantar que teríamos, tirei um tempo para ir à cidade lhe comprar algo especial. — A mulher se vira com um grande sorriso para mim, que puxo o buquê para frente do corpo.

        Por um breve momento, tenho um sentimento bom de revisitar o passado. Por mais, que tenhamos terminado daquela forma, nós havíamos construído boas memórias um ao lado do outro, durante o nosso primeiro relacionamento. Sorriu para Choi, quando a mesma toma as flores de mim, coloco minhas mãos nos bolsos da calça e vejo a cena da mulher cheirando as rosas. Precisava ser o homem que um dia já fui para ela, embora a situação que estávamos não era uma das melhores, depois de saber sobre os negócios de sua família, mas por tudo que vivemos juntos, eu tinha que ter alguma consideração com ela.

        — Faz tanto tempo e você não esqueceu quais são as minhas flores preferidas. — Era impossível esquecer algo que me atormentou por anos.

        Ver as rosas Pierre de Ronsard, ou rosa do Éden, me trazia a lembrança de ter sido deixado pela única mulher, que pude me abrir de verdade e que prometeu me amar e querer permanecer do meu lado. Além, das mesmas estarem por toda parte na ornamentação do nosso casamento.

        — Obrigada, Joonie. Elas são lindas. — Hyejin abraça o buquê com tanto carinho. Eu poderia até esquecer tudo que houve no passado vendo essa cena, se não estivesse com outra pessoa no coração.

        — Sabia que ia gostar. — Sorri fraco e sinto os seus braços me envolverem e retribuo a ação.

        — Contei aos meus pais os nossos planos de ter filhos. — Meus olhos se fechavam, enquanto me amaldiçoou por colaborar para estar nessa situação. — Eles ficaram tão felizes. — Tento não esboçar qualquer reação, quando a mulher se afasta de mim. — Finalmente, você vai poder usar os sapatinhos de bebê, que coleciona. — Dou um riso fraco, com o fato dela ainda se lembrar da minha coleção de sapatinhos para neném.

        O meu maior sonho estaria acontecendo, mas não com a pessoa que queria realizar o mesmo. Ainda, que fosse com ela, somos muito novos. Queria ser pai daqui uns sete anos.

        — Minha mãe estava até olhando qual dos empregados tem experiencia com bebes. — A voz da mulher me trouxe de volta a realidade. — Vamos ser pais, Namjoon-ah. — Estou em um pesadelo.

        Choi pulou em meus braços, enquanto o pânico e o desespero tomavam conta de mim. Tinha que arrumar um jeito de sair dessa. Pensa em algo, Namjoon. Pensa rápido. Hyejin encara meu rosto, por alguns segundos, como se quisesse me ler. Fico constrangido, mas a mulher beija os meus lábios e como um feitiço, estou correspondendo.

        — Você não acha que estamos indo rápido demais. — Digo parando o beijo para tomar ar. A mulher me encara estranhamente com a respiração descompassada. — Tipo, temos muito o que planejar para receber essa criança. — Completo e a mesma desce do meu colo. — Sabemos, que o processo de adoção demora anos.

        — Não para pessoas como nós. — Tremi ao ouvir.

        Como ela planejava ter essa criança? Isso me deixava nervoso, pois tinha medo de que fosse por meios ilegais e imaginar que poderia estar segurando nos braços o filho ou filha de alguém, que teve o mesmo tirado a força deles, me deixava mal.

Daddy Kink | KNJOnde histórias criam vida. Descubra agora