SESSENTA E NOVE

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Músicas para vocês ouvirem nesse capítulo:

Another – Francis Karel; i would rather die than live forever – Will Jay, Sam Creighton;  Deepest Lonely – Birdy. Boa Leitura, docinhos!

        Assim que terminamos o jantar, subimos as escadas para deitamos na enorme cama de casal, que era bastante confortável – do tipo que faz ter a sensação de que está deitada em uma nuvem de tão macia e aconchegante. Não trocamos nenhuma palavra, enquanto nos preparávamos para dormir. Geralmente, isso costuma ser meio constrangedor com as outras pessoas, mas não era com o Kim. Ficar em silencio ao lado dele era algo bom e o mesmo não me cobrava sobre sempre estarmos conversando, algo pelo qual amava. Um amor sem cobranças. Certo?

        Deito de barriga para baixo virando o meu rosto na direção do homem, que faz a cama se afundar ao meu lado. O mesmo me encara torto, enquanto dou um leve sorriso a ele. Fecho meus olhos, pronta para dormir, quando sinto seus braços puxarem meu corpo para o dele, me fazendo ficar deitada de lado. Miro seus olhos castanhos escuro em busca de repreende-lo. Aquela posição era tão confortável para dormir? Faço biquinho e Namjoon deixa um selar nele.

        — Não pode deitar de barriga para baixo. Isso pode machucar o bebê. —Ronrona.

        — Namjoon, a minha barriga nem cresceu. — Dou um tapa em seu ombro. — Ainda posso dormir de barriga para baixo. — Retruco rolando de volta para a posição anterior.

        — Mesmo assim, está muito frio e é bom dormirmos coladinhos. — Dita me puxando de volta para deitar em seu peito.

        — Você é demais. — Constato me dando por vencida.

        — Eu sei, amor. — Dá um sorriso de canto, revelando a charmosa covinha.

        — Me desculpe. — Solto, enquanto deslizo as pontas dos dedos pelo tronco do homem.

        — Eu que deveria me desculpar. Tinha que ter te consultado antes de marcar o nosso casamento no cartório. Pensei que só porque tinha aceitado se casar comigo no cruzeiro, poderia escolher marcar a data o mais rápido. — Dava para sentir no tom de voz do homem o seu arrependimento, o que meu coração quebrar. — Se quiser, podemos desmarcar e escolhemos outro dia. — Sugeriu com um sorriso fraco.

        — Está tudo bem, podemos nos casar amanhã, amor. — Entrelaço nossos dedos e os aperto levemente.

        — Prometo que depois que as meninas nascerem, a gente fará o casamento simbólico do jeitinho que você quiser, querida. — Afaga os meus cabelos com carinho.

        Sorrio igual uma boba, sentindo meus olhos começarem a pesar de sono. Mas havia algo que tinha que perguntar antes. Era crucial para o plano.

        — O que te fez mudar de ideia? — Indago aninhando mais junto a ele, enquanto espero sua resposta, que demora alguns minutos. Será que ele entendeu a minha pergunta?

        O mesmo encarava o teto como se estivesse selecionando as palavras certas para usar. Por um breve momento, achei que o Kim não me responderia e que apenas manteria o seu olhar fixo no teto até que eu pegasse no sono. Entretanto, Namjoon limpou a garganta para chamar a minha atenção e garantir que ainda estaria acordada para ouvi-lo.

        — Pensei no que aconteceu em Mônaco. — Sua mão que estava na minha cintura me apertou um pouco mais. — Você se afastou por medo de que eu morresse e te julguei muito por isso. Então, percebi que estava fazendo o mesmo. Eu sinto muito, Kris. — Posso sentir seu peito descer e subir rápido.

Daddy Kink | KNJOnde histórias criam vida. Descubra agora