VINTE JOON

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        Quando a Hyejin entrou chorando no meu escritório naquela noite, senti que meu coração ainda estava despedaçado. Tê-la em meus braços chorando me causavam tantas dores dos sentimentos do passado, assim como saber o motivo de suas lagrimas. O seu amado pai, meu ex-sogro, estava morrendo.

        O senhor Choi havia me ajudado a ser o homem de negócios da qual sou hoje. Conheci o mesmo antes de sua filha, por ser amigo de longa data dos meus pais, lembro de cada ensinado que ele e meu pai me deram antes de passar a empresa de ambos para mim.

        Assim como lembro do plano de ambos para mim e Hyejin. Me apaixonei por ela mais rápido do que uma descida do alto de uma montanha russa. Passei todos os meus dias, desde aquele momento, tentando conquistar seu coração. Quando iniciamos nosso namoro, me senti o homem mais sortudo do mundo – era como se estivesse no céu -, assim como no dia em que ajoelhei em sua frente e pedi para passar a eternidade ao seu lado.

        Em todos esses momentos, vi os olhos da mulher que amava brilhar, mas quando subimos ao altar não os vi mais. Talvez fosse pelas lagrimas que queria sair dos meus olhos – atrapalhando a minha visão -, quando a avistei ao longe Hyejin vestida de noiva, ou no momento que ouvi a sua resposta negativa sobre me aceitar como seu esposo, talvez tenha sido no momento em que a vi correr para longe de mim e os olhares de pena e espanto dos convidados recaíram sobre mim.

        Mas cá estou dentro de um avião acompanhando a mulher que amei com todo meu coração para visitar seu pai. Ela me disse que ele chamava por mim, dizendo que queria me ver para se despedir. Já havia alguns meses que o senhor Choi estava internado em um hospital no exterior, meu pai havia me contado na última visita que havia feito.

        Hyejin havia comprado as passagens, mesmo eu insistindo muito para fazê-lo, o que me fez lembrar de quando estávamos juntos e a mesma nunca me deixava dar presentes ou pagar algo por ela, dizendo que isso feria a sua independência. Gostava de lhe encher de presentes não para que ela se sentisse mal ou tivesse sua independência ferida, mas sim para surpreende-la e vê-la feliz. O que me fez pensar que deveria comprar presentes para Kristen também.

        Havia mandado uma serie de mensagens, e-mails tanto na conta do escritório como no pessoal para Kris, mas a internet péssima, mas esperava que ela lesse e entendesse a situação. David era uma mulher incrível, que me faz querer ir devagar e com calma, mal adentramos no mundo que queria lhe apresentar e eu não queria assusta-la. Estava nutrindo um sentimento, que talvez me arrependeria estando ao seu lado. Será que ela me deixaria? Eu verei o brilho dos seus olhos se perder em algum momento ao meu lado?

        Nos últimos dias, vinha pensando em entrar no site em que nos conhecemos para quebrar o nosso contrato com eles e recomeçar do zero. Eu estava disposto a pagar a multa do tamanho que fosse para ela e para o nosso novo começo. Não precisávamos mais de um contrato e sim de consentimento para o que havia planejado para gente. Kristen não seria igual Hyejin, ou pelo menos, espero que não seja.

        Estávamos em um voo direto, meu corpo estava tão cansado que havia deixado a mulher me conduzir pelo aeroporto, não atendando ao nome de destino ao qual íamos. Minha mala foi feita às pressas pela governanta da mansão e enviada direito para o aeroporto para despacho. Durante todo percurso estive submerso em meus pensamentos, enquanto Hyejin dormia serenamente ao meu lado, ela estava ainda mais bonita que antes e esse pensamento fez com que meu rosto contraísse de dor.

        Nem dei conta de quando adormeci, apenas percebi quando ouvi o aviso de pouso. Me perguntava onde seria nosso destino para durar longas horas, praticamente, um dia inteiro. Eu ainda sentia a exaustão do trabalho com mais a da viagem longo, o que fez deixar a Choi me guiar para fora do avião e as pressas seguir para pegar nossas malas. A sessão da sua pequena mão na minha dava um aperto no coração, então a afastei, mas a mulher tomou meu pulso para continuarmos andando pelo estacionamento.

Daddy Kink | KNJOnde histórias criam vida. Descubra agora