Nos últimos dois dias, que passei em Paris, não tive a chance de sair para conhecer a cidade luz. Tinha várias coisas pela qual me concentrar para curtir o lugar, sem contar o quão arriscado era se fosse reconhecida por alguém que trabalhasse para a família Choi. Hoseok tratou de me instruir como eu seria os olhos da polícia na mansão.
O meu nervosismo era grande, pois, por mais que entendesse tudo que ele me dissera, ainda estava com medo de fazer algo errado e ser descoberta. O Jung tentou me tranquilizar dizendo que caso isso acontecesse, a polícia agiria rápido para que nada de mal acontecesse a mim e que teria mais alguém na casa para me ajudar.
Durante o nosso último jantar juntos, o mesmo me contou um pouco sobre como começou a trabalhar na empresa do Kim. Inicialmente, a polícia desconfiava que a família de Namjoon poderia estar envolvida, então enviaram o Jung para se infiltrar na empresa - algo que foi fácil para ele, por ser um grande amigo de longa data do Wang -, para colher informações e checar mais de perto se a família estava envolvida ou não.
Com pouco tempo, o mesmo conseguiu constatar que não havia nada que ligasse eles ao esquema de tráfico humano dos Choi. Aproveitei a oportunidade para questionar o que aconteceria quando Namjoon soubesse sobre o meu paradeiro. Eu estaria debaixo do teto da mulher que o largou no altar. Ele poderia ficar bravo ou até mesmo chateado, por isso? Pensava nas possibilidades que estaria o pondo em risco, caso o mesmo fosse ao meu encontro e ficava angustiada. Será que os Choi fariam algo contra ele? Mas Hobi – apelido que o mesmo ofereceu para que usasse - apenas se limitou a dizer que não havia como prever.
Permanecemos calados o restante do jantar até a volta ao quarto de hotel. Precisaria me trocar, colocando roupas mais simples, para seguir para Monte Carlo em Mônaco. Os remédios e pomadas, que o Jung deixou para mim, estava fazendo efeito, pois ao prender meus cabelos em um rabo de cavalo, pude sentir que o galo das pancadas que levei estava ficando menor. Fiquei extremamente grata pelo mesmo ter sido tão atencioso comigo.
Fiquei observando o homem, enquanto seguimos silenciosamente para o galpão, onde iria ser recolocada dentro de outra caixa. O Jung Hoseok é um homem muito bonito, tanto na aparência física quanto na aparência interior. Posso ter passando poucos dias ao seu lado na empresa do Kim e aqui em Paris, mas não era cega ao ponto de não perceber o quão atraente ele era. Seu rosto parecia que foi milimetricamente desenhado a mão. Sem contar que o mesmo tem um sorriso lindo e iluminado que transmite uma energia positiva e sensação reconfortante. A garota que o tiver ao seu lado, será a mulher mais sortuda desse mundo, isso eu posso garantir.
- Sua namorada não fica preocupada com você? – Indaguei quebrando o silencio no carro.
- Eu não tenho namorada. – Me olhando de lado com um sorriso de canto.
- Oh, desculpe.
- Tudo bem. - Me pergunto o motivo de ter escolhido logo ser policial, isso não parecia combinar muito com a sua personalidade enérgica. - É um pouco difícil manter a vida profissional e pessoal estáveis ao mesmo tempo. – Lembrei daquele ditado "sorte no jogo azar no amor", não dá para se ter os dois e eu sabia muito bem disso.
- Você escolheu seu emprego. – Pensei alto demais.
- Ela fez a escolha por mim. – Sorriu fechado revelando suas covinhas.
Decide que seria melhor manter o silencio. Não queria deixar a situação desconfortável o enchendo de perguntas. Não demorou muito para chegarmos a um grande galpão. Assim que sai do carro sente o frio da noite parisiense me abraçar. Havia colocando apenas uma calça jeans, uma blusa fina e tênis. Tremi um pouco e abracei os braços. Hoseok colocou o seu casaco grosso sobre meus ombros e entramos em silencio no galpão.
Havia diversas pessoas correndo de um lado para o outro, fiquei até confusa vendo a grande movimentação. Será que todas essas pessoas trabalham para polícia? é ingenuidade demais pensar que sim. Um homem alto e meio careca andou em nossa direção assim que nos viu. Encolhi dentro do casaco, pois sabia que essa era a hora da despedida. Hobi me puxou para um abraço e seu perfume invadiu minhas narinas. E como ele cheirava bem.
- Quando precisar de ajuda, sempre confie no coelho. – O encarei confusa. Isso era um ditado popular? - Agora você tem quer ir, Kristen – Beijou minha testa e sorriu fechado.
Tirei o casaco dos meus ombros e entreguei para o mesmo.
– Boa sorte, tchau. – Sussurrou antes que o homem careca me conduziu em meio ao formigueiro de gente.
O senhor que me guiava pelo local era de pouco palavras, na verdade, nenhuma palavra. Não ouvi o som da sua voz uma vez sequer, no máximo um murmuro ao apontar a caixa que entraria. Senti um arrepio na espinha ao entrar em uma caixa de madeira novamente. Precisava ser forte para ajudar as pessoas que passaram e passam pelo mesmo que eu.
Nunca imaginei que passaria por algo assim. Acho que ninguém nunca se vê em uma situação como essa. Parece que estou dentro de um filme, serio ou livro. Posso ter assistindo e lido milhares delas, mas nenhuma me preparou para o que veria a seguir. A caixa é fechada com força e sinto a adrenalina subir pelo meu corpo.
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Oi docinhos, como estão?
Esse capítulo ficou bem menor que os últimos que venho postando, mas se prepararem pro próximo, pois ele vai ser bem grandinho. Me contem o que estão achando e votinhos são otimos feedback.
Beijinhos na bunda até segunda.
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Daddy Kink | KNJ
FanfictionKristen precisa de um emprego. Namjoon precisa parar de dormir com as suas secretárias. A solução para ambos aparece em um site não muito convencional na internet. Daddy kink é um fetiche onde principalmente durante o sexo a pessoa dominada será cha...