Cap 39 - O capítulo do agente 0001 é do Parental Control?

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[20:59] Camila Cabello: É surpresa! Mari vai gravar e eu te mando logo que chegar em casa, ok?

[21:01] Lauren Jauregui: Não amor, me fala, por favor?

[21:02] Camila Cabello: Não não, dona curiosa, vai ser uma surpresa!

[21:03] Lauren Jauregui: Decime, mi amor, por favor? - Ela sabe que me deixa louca quando fala espanhol. Droga! Lauren, porque faz isso? -

[21:05] Camila Cabello: Bela tentativa! Mas eu prefiro que seja uma surpresa... fica tranquila vida, você já já vai saber, ok?

[21:10] Lauren Jauregui: Qualquer que seja essa música... eu sei que você vai cantar incrivelmente bem!

Como não amar uma mulher dessa? Ela não poupa elogios, sabe? Ela diz que ama até aquilo que eu não gosto em mim. Aquele sinal horrível que eu tenho nas costas, a mancha que eu tenho na perna e até um dente que eu tenho que é desproporcional aos demais e ela nem sente vontade de arrumá-lo. Olha que pra uma dentista esse tipo de coisas devem ser um prato cheio. Lauren não tem nem uma imperfeição no corpo pra eu dizer que amo. Bom, tá certo que quando a gente ama alguém de verdade ficamos cegos aos defeitos da pessoa, mas eu nunca consegui enxergá-los. Isso me faz pensar que só faltava colocar cor e forma à pessoa que fazia tanto mistério via mensagens para eu me apaixonar. No mínimo estranho, no máximo incrível!

Eu estava sofrendo de nervoso. Acho que, por mais que eu queira, jamais seria cantora profissional. Estaria a beira de uma síncope ou um colapso cada vez que subisse em um palco (isso se eu conseguisse subir). Medo mesmo eu tenho é de começar a rir no meio da música. Ain, isso é tão eu. Ter crises de risos nas horas mais impróprias. Funerais, apresentação de trabalhos, meio de uma conversa sobre sexo com sua mãe (não me façam lembrar disso), o meio de um beijo (oh, isso também foi horrível. Eu me senti tão culpada) e até no meio da madrugada quando Lauren descobriu que eu sabia, ainda, toda a música do Hamtaro e me fez cantar. Bom, ela tentou né, porque eu não conseguia parar de rir. Ela ficou louca da vida, só faltou me matar por isso. Pedi mil desculpas, enquanto ela dizia que estava tudo bem. Eu odeio quando ela faz isso, pensa na voz dela dizendo "não, tá tudo bem amor..." em si menor, e eu me sentindo tão culpada quanto alguém que matou 5 caras na Etiópia. E o que é pior, a minha vontade de puxá-la contra o meu corpo e beijá-la, em meio a "te amo's" e pedidos de desculpas me deixa fora de controle.

A batata frita que havíamos pedido chegou e eu sinceramente estava sem fome, ou talvez, nervosa demais pra comer alguma coisa. Uma coisa é cantar em casa com as amigas... outra é cantar na frente de um bando de gente e pensando no amor da minha vida. Pensa no quanto isso é assustador.

- Mila, porque você ainda não acabou com metade do prato de batatas? - Nossa, que fama de Magali que eu tenho. Céus! -

- Eu realmente estou nervosa. - Disse com sinceridade. -

- Mas não tem porquê, olha, você canta super bem e todos vão adorar te ouvir cantar, ok? Eles tem que deixar de ouvir quando eu cantar junto, isso sim! - Sandra parecia super ansiosa, mas essa ansiedade era contrária a da irmã, que ainda tentava me convencer a cantar uma música brega... -

- Mila, Vou de Taxi, que tal?

- Ok, vou pedir a conta para o garçom e nós vamos...

- Boba! Tá, o que você acha de "Vamos Pular"?

- Tô meio cansada hoje...

- Mala! - Espero que ela canse antes de sugerir "Sabão cracrá". -

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