Cap 51 - O capítulo da minha grande primeira vez

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- Você não vem? Não tinha pipoca em casa, improvisei com bolinhos de chuva. Você gosta?

- Adoro! Espera só um pouquinho. Vou colocar uma roupa mais confortável. Não dê play ainda... - Gritou-me desde o quarto, enquanto eu já estava esparramada no sofá e selecionando o idioma da legenda do filme. Alguns minutos depois, me olhou por detrás do móvel e cruzou os braços. -

- Pelo visto não há lugar para mim, por aí... Então o jeito é eu ficar em cima... - Ela então se jogou em cima de mim, colocando todo o peso de seu corpo. E eu? Eu resmunguei, queixando-me de alguma dor, pra falar a verdade, mais por causa do susto do que por dor física. -

- Oh, eu já comi alguns bolinhos e quase os coloquei para fora... ugh!

- Me desculpe, não seja por isso... - Então me virou e me colocou sobre ela, que sorria afastando meus cabelos do rosto. - Melhor agora?

- Eu preferiria ver o filme sentada ao seu lado, descansando meu corpo no seu...

- Mas quem disse que a deixarei ver o filme todo?

- O que você está pensando em fazer? - Ela então me virou novamente, deixando-me por baixo dela, porém essa vez se apoiou em seus braços e pernas. -

- Tem certeza de que não sabe? - Olhei sua boca mordendo meu lábio inferior. Ela se aproximava do meu pescoço e me fez arrepiar dos pés a cabeça com um beijo no local. -

- Eu sei que sabe... - Sussurrou. - Sei que adora... e que por mais que se faça de desentendida ou diga que eu devo me controlar... você me quer colada a você... assim como eu quero você grudada em mim...

- Oh... - Ela sabia que a mescla do tom de sua voz grave sussurrado desta maneira e de seus beijos espalhados pelo meu pescoço iriam, no mínimo, me deixar louca. -

- Você já amou de uma forma em que você sinta essa necessidade em fundir seu corpo com o de outra pessoa? - Eu assenti com a cabeça enquanto meu corpo estava em transe. -Eu simplesmente não consigo ficar longe de você... do seu cheiro... do seu gosto... da sua voz dizendo que me ama...

- Eu te amo... - Sussurrei. -

- Isso, diga-me uma vez mais... - Ela parou o que estava fazendo para me ouvir mais uma vez. -

- Eu te amo, eu te amo...

- Oh, eu também, eu te amo muito... - Ela acariciou meu rosto e me beijou os lábios com fome, mas de forma lenta, como se quisesse saboreá-los devagar. Nossas línguas dançavam juntas na união de nossas bocas explorando cada lugar. Nos separamos apenas para tomar ar e logo voltamos a nos unir, agora de forma mais quente, com paixão. Assim como ela estava me deixando louca, eu a queria levar a loucura também... mesmo que fosse apenas para bater à porta deste lugar. Movimentei minha língua no canto da boca dela para frente e para trás, lentamente e ela não fez nenhum tipo de movimento, apenas manteve sua boca aperta enquanto aproveitava as sensações que eu estava proporcionando a ela. -

- Camila, meu Deus... - Baixou seus beijos até meu pescoço, chupando minha pele com delicadeza. Seus lábios desceram até meus seios e eu suspirei profundamente. -

- Eu acho que não deveríamos... alguém poderia nos ver e... - Ela continuou beijando-me e mordendo-me, agora próximo ao meu umbigo. -

- Eu não vou demorar...

- Mas podem chegar e ... ooh... - Ela me beijou a cintura, desabotoando o short branco que eu levava no corpo. -

- Eu só quero provar você Camz... mas... - Ela levantou seu rosto na mesma altura do meu. - Eu posso parar se você achar imprudente...

- Eu acho imprudente, mas você deveria continuar... - Eu não tinha forças para me render a este momento. Eu precisava tê-la ali para mim. Ela sorriu e voltou a percorrer seu caminho em meu corpo com beijos, que já sofria com os espasmos de desejo de ter ela comigo. Tirou meu short com delicadeza, restando apenas minha fina calcinha. Beijou-me os lábios novamente enquanto seus dedos acariciavam minha região íntima por cima da única peça que sobrara ali. Eu gemia em sua boca fazendo com que seus movimentos aumentassem, até voltar a diminuir a velocidade e acalmar meus sentidos. -

- Agora eu quero você, meu amor... - Depositou um último beijo em meus lábios e voltou a se aproximar da minha intimidade. Retirou a peça restante e passou os dedos levemente por cima. Fechei os olhos para disfrutar o momento até sentir sua língua queimando minha pele, me fazendo contorcer em seus braços. Agarrei a almofada fofinha do sofá com força tentando controlar minha vontade de empurrar sua língua mais para dentro de mim. -

- Isso Lo... uh, bem assim... - Aí então ela começou a alternar os movimentos, ora para cima e para baixo, ora circulares, lentamente com a ponta de sua língua habilmente pelo meu clitóris. Quando ela percebeu que eu estava quase chegando ao momento máximo do prazer, aumentou o ritmo com agilidade. Sussurrei seu nome quando cheguei ao ápice, ainda com a respiração entrecortada, sem ousar abrir meus olhos. Ela voltou a apoiar seu corpo no meu quando me beijou apaixonadamente.

- Eu te amo... - Disse ainda com seus lábios colados aos meus. -

- Eu te amo... - Ela sorriu me dando outro beijo estalado na boca. - Lo, porque minha bochecha está molhada? - Passei a mão no local e não o senti úmido, porém tinha a sensação de que sim estava molhada. Aii... senti uma dor no pulso e...

Abri os olhos, ofegante e eca, travesseiro todo babado, isso sem contar... hey, bom dia! Olhei para baixo da cama e meu ursinho de pelúcia de todas as noites estava esparramado pelo chão. Obviamente me lembrei de "E pra matar a tristeza, só mesa de bar, quero tomar todas, vou me embriagar, e se eu pegar no sono, me deite no chão". Desculpe-me querido Ted, foi-se o tempo em que eu não tinha sonhos deste naipe e meu único amor e consolo (calma, ele não é nenhum brinquedinho erótico e nem fala safadezas, nem tem vida própria, nem se droga. Beber eu já não sei mais, né? Ele tá caído aqui...) era você. Lauren, cada vez que o vê, fica com ciúmes, porque eu o beijo e aperto e a ela não. É a coisa mais linda ela, né?

E, wow, como eu já esperava, uma noite daquelas com a Lauren e sem ela saber. Isso não é ilegal, né? Eu devo ser a única pessoa que se sente mal em não dar prazer a outra, mesmo que essa outra pessoa não aceite momentos de passividade. É como se eu a estivesse deixado na mão. Mas eu sei que ela gosta quando eu me rebelo. Eu literalmente não sigo os demais. Me sentindo a própria Mia Colucci.

Acho que meu inconsciente está pensando demais na minha primeira vez (e na segunda, terceira, quarta, quinta... octagésima nona, centésima quadragésima sétima...), porque esses sonhos estão cada vez mais constantes. Eu me sinto estranha por isso. Ela, toda um mulherão falando da primeira vez dela com um ex namorado do colégio, que não doeu e bababí, bababá e eu, que a única coisa que posso citar de uma primeira vez é uma mulher estar correndo atrás de mim pela casa com um líquido meio gosmento e ainda dizendo "Venha Mila, prove, você vai gostar", até ela me prender na cama e me fazer tomá-lo a força. Essa mulher era minha mãe e esse líquido gosmento era leite condensado. Ou seja... se eu engordei hoje, a culpa é dela por ter me forçado a apresentação de tal iguaria maravilhosa.

Eu realmente preciso da Lauren aqui comigo, ou eu lá com ela... falando nisso, já tem mensagem pra mim.

[09:42] Lauren Jauregui: Bom dia minha linda!

[10:04] Camila Cabello: Bom dia meu amor!

[10:05] Lauren Jauregui: Minha dorminhoca, dormiu bem?

[10:05] Camila Cabello: Maravilhosamente... e você? - Hoje você botou pra quebrar amor, fez valer o tempo frustrante que eu passei por você ter me deixado a meio or... então. Sim amor, dormi bem... -

[10:06] Lauren Jauregui: Mmm, que bom, sonhou comigo é? Dormi sim!! - Relevarei a parte em que sonhei com ela, senão já viu hahaha. -

[10:07] Camila Cabello: hahahaha, que bom amor.

[10:08] Lauren Jauregui: Meu amor, me desculpe. Eu estava, sinceramente, planejando ir até Boston antes do final do ano, mas infelizmente aconteceu esse lance com a minha mãe...- Então ela estava planejando me ver? Então não sou só eu fazendo esse esforço? -

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