Cap 64 - O capítulo do pra que atirar o pau no gato?

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Essas fichas cadastrais de site são um saco.

Nome: Karla Camilla Cabello

Idade: 20 e poucos

Sexo: Por enquanto só com o dedo e em sonhos. Cadê essa opção?

Profissão: Repórter, com Caco Barcellos

Nome de usuário: Camila_Cabello


Outra rede social para tentar me comunicar com a Lauren. Incrível que os dias passam e eu fico mais idiota. Eu me sinto realmente uma idiota, mas uma idiota apaixonada que faz tudo pra que ela continue sabendo da minha existência e que ela pense que eu continuo do mesmo jeito que ela deixou, sentadinha no cantinho da disciplina pensando no que eu fiz de errado. O problema é que até agora eu não sei o que fiz. Já posso sair?

Já se faziam alguns dias que Ally e eu... eu e Ally... mmm, nós havíamos tido momentos legais no cinema. Foi bom, não posso negar. Fazia muito tempo que não acontecia nada do tipo beijos em minha vida. Eu achei que tinha desaprendido a beijar, mas pelo visto seja como aprender a andar de bicicleta, que uma vez que aprendes, não desaprende mais. Que bom, porque imagina o fiasco que seria.

Não deixamos de nos falar por facebook e acabei convencendo-a de baixar o Whatsapp. É difícil ver o nome da Lauren, a foto dela toda maravilhosa sorrindo dentro do carro e falar com outra pessoa. Confesso que fico controlando os horários que ela entra e ela está passando muito mais tempo ali do que quando namorávamos. Ofensivo. Mas ok, com a Ally tava tudo bem. Não nos vimos mais porque ela só tem aula no mesmo horário que eu hoje. Eu trabalho, ela também e nossos horários não batem... só... hoje. Claro que combinamos de nos encontrar meia hora antes da aula para mmm... conversar, né?

- Hey! Oi, tudo bem? - A cumprimentei com um beijo no rosto enquanto ela me aguardava em frente a sala. Ela sorria colocando o livro que estava lendo dentro da bolsa "Por que devo colocar glacê?". Literatura gastronômica me pareceu interessante agora. -

- Tudo e você? Carinha de sono... - Sorri meio sem jeito. -

- Também. Demorei pra pegar no sono ontem. Sabe como é, né?

- Desculpe-me por ter te tirado tão cedo da cama.

- Você não tem porque se desculpar. - Olhei para os lados tentando ver se vinha alguém por perto. Ela olhou também e me deu um rápido selinho molhado que me fez sorrir. - Vem, conheço uma sala que está sempre aberta e ninguém usa...

A levei para o terceiro andar do prédio da universidade. Uma sala escondida, que acredito ter sido esquecida. Abri a porta, liguei a luz no interruptor que estava quase ao lado e a deixei passar. Ela observava tudo como se estivesse entrando naquela igreja incrível de Barcelona. Não que eu já tivesse entrado alguma vez na vida, mas dizem que é incrível e suntuosa. Entrei na sala e fechei a porta. Rapidamente a envolvi pela cintura e a encostei na parede, abrindo seus lábios com os meus, colando meu corpo ao seu e apagando a luz. A beijei com vontade, ainda que fizesse movimentos lentos. Ela se assustou no primeiro momento, mas logo cedeu espaço a minha língua, que entrou em sua boca fazendo movimentos ondulares. Acariciava suas costas enquanto ela mantinha seus braços sobre meus ombros, envolvendo meu pescoço por eles. A ouvi suspirar quando desencostou seus lábios dos meus para respirar.

- Aqui é seguro mesmo?

- Se alguém vier aqui, fingimos estar estudando... simples! - Disse rindo. -

- Então vamos aproveitar... - Ela me puxou pela nuca e voltou a beijar-me a boca. Apertava sua cintura contra a minha e fazia um carinho em sua pele com meus dedos. A enchi de selinhos e ela então me abraçou encostando sua cabeça em meu ombro.

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