III.Termos

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Maraisa

-Você não vai me bater com uma maldita pá...-Falo seria e arqueio a sobrancelha para ela que me encara de uma maneira divertida e até mesmo prepotente.

-Não vou? então quer dizer que você aceita?-Ela retruca me olhando nos olhos parecendo gostar de me ver desconcertada.

-Você é uma sociopata...-Falo baixinho e balanço a cabeça notando que deixei esse pensamento me escapar.

-Talvez eu seja...mais quem não tem um pouco de loucura dentro de si?-A senhora mendonça cruza os braços se apoiando no balcão ainda me fitando...ela estava perto...perto de mais.

-Isso...você não acha suas medidas...um pouco retros não? tipo machistas...e bem...bem intensas...eu não sei...não sei se é a palavra que eu usaria para descrever esse delírio aqui...-Falo balanço o contrato que parecia mais pesado do que nunca, agora que sei exatamente o que esta nele.

-Meus advogados fantasiaram um puco na escrita e você...bem você teve uma reação fofa quando leu todos os termos...é fofo...-Ela fala ainda me olhando casualmente.

-Você fala serio mesmo? você realmente espera que alguém aceite?-Pergunto a olhando.

-Não alguém...você...-Ela disse ainda me olhando curiosamente, mordo meus lábios e reviro os olhos para a resposta.

-Não...não...não revire os olhos para mim...-Ela fala rouca me encarando enquanto aperta suas mãos com força.

-Se não o que?-Pergunto e ela ri balançando a cabeça...O seu riso não era normal como alguém que apenas ri de uma piada mais eu noto a malicia clara nele e olha que eu não sou a pessoa mais atenta do mundo.

-Se não...te coloco de quatro sobre meus joelhos e bato na sua linda bundinha...-Ela fala dando de ombros e eu a olho mordendo meus lábios com força sentindo algo se remexer dentro de mim, o que essa mulher faz comigo?

Engulo em seco e balanço a cabeça.

-Você...é...-Tento falar mais logo desisto balançando a cabeça.

-Não,pretendo cumprir metade do que esta escrito para ser sincera baby...é uma precaução eu iria já que eu não sou a pessoa mais previsível do mundo...mais acredito que faça parte do meu charme, você quer fazer faculdade não é?-Ela  fala de maneira calma e eu assenti hesitando.

-Eu não me colocaria no meio da sua carreira por exemplo...eu não seria escrota o bastante para te espancar...não baby eu não faria isso...você vai me pedir...vai pedir para sentir minhas mãos sobre você e quando eu te der umas palmadas você vai gostar...e vai se sentir mais exitada do que esta agora!-Ela fala rouca enquanto se aproxima perigosamente desconhecendo o que seria um espaço pessoal principalmente depois de uma leitura e uma proposta dessas.

-Eu não estou!-Retruco cruzando meus braços não controlando o meu revirar de olhos por não gostar da maneira como ela aprece calma, ou sou só eu que me sinto histérica?

-Ja disse para não revirar os olhos para mim baby!-Ela fala seria passando sua mão esquerda pela minha nuca a arranhando suavemente e puxando meu cabelo de uma maneira firme enquanto mordisca minha orelha suavemente.

-É isso que você quer baby? que eu toque em você? que eu bata...até você me pedir para toca-lá?-Ela pergunto baixinho em meu ouvido de uma maneira quase doce e eu suspiro mordendo meus lábios com força sentindo a tensão querer me consumir.

Me calo por que eu simplesmente não consigo confiar no tom da minha voz e muito menos nas palavras indiscretas que provavelmente me escapariam.

-Cuidado baby...Desejo se torna rendição e rendição se torna poder!-Ela fala e eu respiro fundo assentindo entendendo o ponto de vista dela.

-Vamos...negociar baby...vá para casa tome um banho...mandarei comida para você uma comida descente e ai você lê de novo...com carinho e depois jante comigo amanhã...vamos redefinir os termos!-Ela fala suavemente e eu a olho nervosamente.

-Eu não sou uma prostituta!-Falo seria e ela ri ainda acariciando minha nuca.

-Eu sei...você é você...e eu estive procurando alguém como você a muito tempo...-Ela fala rouca contra meu ouvido.

-Por que eu?-Pergunto confusa e ela me olha.

-Você pode ter quem quiser e por que eu?-Pergunto confusa e ela me olha.

-Por que não seria você baby?-Ela me pergunta rouca e eu assenti me afastando.

-Eu...lerei...de novo...mais isso...isso não significa que eu ainda não te ache uma sociopata...-Falo colocando o contrato na pasta novamente.

-Fique atenta...te mandarei alguma coisa...-Ela fala quando me viro para sair.

-Tchau senhora mendonça...-Falo baixinho querendo sair dali o mais rápido possível.

Por que diabos essa mulher me confundia? 

Por que me propor uma maluquice dessas?

-Maiara?-Ouço alguém a minha frente falar como se estivesse surpreso.

-Não moço...eu sou a maraisa!-Falo sem dar muita importância e me adiantando para entrar no elevador.

My Sweet Baby GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora