Capítulo 11

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Terror ☠️

Luana: Quando você vai assumir o nosso lance, love? - perguntou arrastando a unha devagarinho pelas minhas costas.

Tava fumando um na maior paz, e a garota já veio apertar a minha mente com o mesmo papinho de sempre.

Terror: E por que eu assumiria? - perguntei, sem olhar pra ela - Tem nem lógica um bagulho desses.

Luana: Logo tu vai assumir o comando, Terror, todo mundo já sabe. Não se fala em outra coisa pelo morro.

Terror: Povo fofoqueiro - bufei.

Luana: E vai precisar de uma fiel.

Eu ri, ajeitando o meu boné na cabeça.

Terror: Vou, é? - ela assentiu - E pra que?

A loira deu de ombros.

Luana: Sei lá, todo chefe tem... pra sair exibindo por aí.

Foi a minha vez de concordar, mas o sorriso ainda não tinha sumido do meu rosto. Era engraçadona a maluca.

Terror: E pra que eu vou exibir uma mina que todo mundo já teve? - encarei ela pela primeira vez, vendo  seu rosto ficar sério e depois se transformar em uma careta. Soltei a fumaça depois de tragar - Menti?

Luana: Vai se foder, Terror! - ela mostrou o dedo.

Fiquei quieto, vendo ela se arrumar correndo e me encarando de vez em quando. Continuei sentado na cama, sem nem me mexer.

Não fazia diferença na real. Luana era uma aproveitadora do caralho, só queria a gente por status e por dinheiro, e era o que os mano rendia pra ela. Agora vir cobrar papo de fidelidade... aí já é papo de marola.

Ela catou tudo o que tinha, e estendeu a mão na minha direção, antes de sair.

Neguei com a cabeça.

A filha da puta podia sair igual um cão, mas não saia de mão vazia.

Tirei trezentos da carteira e estendi pra ela, que nem me olhou e saiu batendo a porta.

Terminei o meu cigarro e depois catei meu celular, querendo saber se o Junin ou o Nando tinham mandado alguma mensagem sobre a doida da Laís, mas o aparelho estava sem bateria. Então só me joguei de volta na cama, fechando os olhos e quase dormindo por ali mesmo, até ouvir o radinho tocar, e a voz do mano LK gritando que precisava de mim.

Voei encima da minha moto até a salinha, onde a porta estava aberta, e tinha uns três mano lá dentro.

Terror: O que que tá rolando aqui? - perguntei entrando na sala.

Eles me olharam assustados, e eu vi que no chão quem tava era o VH. Bagulho ruinzão me atingiu na hora, fazendo eu me jogar no chão do lado dele pra ver se tava vivo.

LK: Ele tá vivo, irmão. A gente entrou quando ouviu o barulho dele caindo aí, mas já tava desmaiando.

Terror: Ta sangrando? - perguntei, tocando atrás da cabeça dele.

LK: Não. Tá sangrando não. O maluco tá se drogando desde que entrou aqui, perdeu a linha legal.

Terror: Drogado de merda - xinguei, querendo que ele estivesse acordado pra ouvir - Cadê o Nando?

LK: Ele e o Junin tão atrás da irmã do VH. Foram ajudar a mulher a mudar as coisas de casa, essas parada - falou - Quer levar o VH pra casa? Ou pro posto?

Terror: O carro tá na atividade aí? - ele concordou - Só me ajuda a botar o mano dentro do carro. Depois eu me viro.

Ele me olhou desconfiado, e eu já tava ficando puto.

Terror: Preciso repetir?

LK: Não senhor.

Os três trataram de me ajudar a arrumar o Vitor no carro e eu peguei a chave, assumindo a direção.

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