Inabaláveis

Capítulo 63

Terror ☠️

Eu estava na minha casa, com a minha família, na maior paz quando fui acionado no radinho. Acho que fiquei uns cinco minutos parado, olhando a Laís dormir, enquanto tomava coragem pra acordar a fera e chamar ela biqueira.

Laís: Tira a mão de mim - resmungou, quando eu encostei a mão no ombro dela - Eu quero dormir.

Terror: Ta achando que tá na Disney, né? - ela abriu os olhos, me encarando bolada - Teu admirador secreto tá esperando lá na biqueira pra falar contigo.

Vi o rosto dela se transformar em uma careta, e prendi o riso. Até porque eu já tava boladão em ter que ver a cada daquele merda mais uma vez.

Laís: Ai, que saco. Manda o Neguinho ir pra merda.

Terror: Queria mermo era mandar pra vala - bufei, me levantando.

Ela reclamou mais um pouco, e depois levantou, indo se arrumar junto comigo.

Deixamos as crianças com o Vitor e com a Duda, porque o assunto era sério, e não gostava muito de quando eles ficavam lá.

Estacionei a nave na viela, e a Laís desceu do carro, junto comigo. Neguinho estava ali junto com a Luana, que só mexia nas unhas e conversava com o Indio.

O filho da puta me olhou por meio segundo, porque depois disso ele olhou pra Laís, e não desviou mais o olhar.

Meu Deus, eu queria tanto matar aquele homem.

Neguinho: Vim conversar contigo - apontou com a cabeça pra ela.

Laís: Bora entrar na salinha, não quero plateia.

Ela segurou a minha mão, me puxando pra entrar na sala junto com eles. Mas na moral, se ela não tivesse me puxado eu tinha ido da mesma forma. Não tava maluco ainda.

Neguinho: Vem, Luana?

Luana: Não - ela jogou os cabelos encima do ombro - Vou procurar minha amiga Maria Eduarda porque tô com saudade dela. Depois você me acha. Beijos!

Neguinho: Cuida hein - ele puxou ela pela cintura, roubando um selinho.

Luana empurrou ele e se afastou.

Luana: Cuida você, macho!

Fiz sinal pra o Indio seguir ela. E o Neguinho me olhou, quase agradecendo, mas não falou nada.

A gente entrou na salinha. Flávio sentou em um dos sofás rasgados que tinha ali. Laís sentou na minha cadeira. Eu fiquei de pé, perto da porta, com os braços cruzados.

Neguinho: Tô pra te pedir desculpa por ontem. Causei e nem precisava, né?

Laís: Você sempre foi um pouco dramático mesmo.

Ele riu e negou com a cabeça.

Bolei legal.

Quem ele era pra ficar dando risada no mesmo cômodo que a minha mina?