Laís ❤️🔥Cheguei na lanchonete que o Terror tinha me indicado, e haviam algumas pessoas conhecidas por ali. Acenei pra Bruna, irmã do Índio, que estava sentada com a Maria Eduarda... ou Duda. As meninas acenaram de volta, mas não pude falar nada, porque as crianças já estavam gritando para a senhora que estava no caixa, que queriam sorvete de chocolate.
Fiz os pedidos, mas não pedi nada pra mim. Estava sem fome, por estar muito ansiosa.
Totoya: Mamãe, vamos no parquinho?
Pedro: É, mãe. Por favor! Quero jogar futebol!
Bruna: E aí, mana - se aproximou, com a irmã do lado. A Duda ficava toda envergonhada do meu lado, eu não entendia muito o motivo, mas apostava que tinha algo a ver com o meu irmão, por ela ter chamado ele pelo nome, e não pelo vulgo - E esses pequeninhos aqui?
Laís: Oi, Bruna - sorri - Meus filhos. Totoya e Pedrinho.
Totoya: O meu cabelo é igual o seu, titia - ela apontou pra Duda, que sorriu, se abaixando pra ficar na altura dela.
As duas estavam usando os cabelos soltos, diferente da Bruna, que usava tranças.
Vitória por um tempo foi bem noiada com o cabelo dela, porque vivia dizendo que queria um cabelo igual ao meu e que o cabelo dela era feio. Isso me enchia de preocupação, e eu sempre tentei mostrar pra ela o quanto o seu cabelo era maravilhoso e que ela pudesse fazer com ele o que quisesse.
Laís: E você viu como o cabelo dela é lindo? - perguntei para a minha filha que sorriu assentindo. Duda me olhou agradecida - Vocês querem ir no parque com a gente?
Duda: Claro, vai ser legal.
A Bruna começou a me perguntar sobre como estava a mudança, e eu fui comentando com ela como era a minha vida antes, e como eu estava adaptando ela pro agora. Duda ouvia tudo, mas ficava mais calada do que a irmã. Acho que ela tinha medo de mim.
As crianças pegaram os sorvetinhos e fomos caminhando em direção ao parquinho. Nós três atrás e os meu filhos a alguns passos à frente.
Foi quando a gente foi virar a esquina que toda a merda aconteceu e nem deu tempo de eu reagir.
Pedrinho brincou que ia pegar o sorvete da irmã e a minha filha correu, esbarrando em uma garota loira que descia em direção à rua. O sorvete da Vitória caiu na perna da garota, e ela gritou com o susto.
Luana: Que merda!
Bruna: Tava bom demais pra ser verdade - resmungou.
A Totoya me olhava como quem pedia ajuda, e eu apressei passo, chegando perto dela, e puxando-a pra perto de mim.
Laís: Moça, me desculpa mesmo, ela não viu.
Luana: Você é quem? - me olhou de cima a baixo.
Eu semicerrei os olhos e estufei o peito, empinando o nariz na direção da fulana.
Laís: Sou a mãe dela.
Vitória: Foi ser querer, tia. Eu não te vi.
A loira de farmácia fez careta pra minha filha.
Luana: E agora? Como eu fico? - perguntou - Prende esses pestinhas antes de sair com eles por aí, mona. Ou vai procurar um óculos pra essa garota!
Duda: Ô Luana, porque você não vai pra merda? - se aproximou - São crianças, garota. Se toca!
Luana: Quem te chamou na conversa, mal amada?
Eu respirei fundo, tirando a mão da Vitória da minha perna, e esticando o braço dela pro Pedro pegar. Eles deram as mãos e ficaram um pouco atrás de mim. Cruzei os braços encarando a gatinha que queria palco.
Bruna: Tu não vai chamar a minha irmã de mal amada e pensa que vai ficar por isso mesmo, né?
A garota riu. E eu já fechei o punho.
Luana: Tua irmã tá se achando só porque deu pro Terrorzinho. Não consegue o VH e tenta pegar os amigos.
Minha cabeça deu um estralo. É óbvio que eu estava certa, a Duda era caidinha pelo Vitor, e pelo o que a piranha tinha falado, tinha pegado o Terror.
A Maria tentou partir pra cima, mas a Bruna segurou o braço da irmã.
Bruna: Fazer o que, se nem pra segurar o teu "love" você serve, né gata. Terror deve estar insatisfeito já que tá procurando outras.
Fiz careta. Aquela loira ali tinha algo com o Terror também?
Meu Deus, moleque rodado!
Luana: Você sabe com quem você está falando, Bruna?
A Bruna sorriu, mas negou, querendo ver onde a garota ia chegar.
Bruna: Conta pra mim, Luaninha.
Luana: Eu sou a futura patroa desse morro. Não sei se você já ouviu falar... mas o VH, que a Dudinha tanto ama, vai assumir o morro do Pavão, porque ele é mais fraquinho né. E o meu love vai assumir esse morro que você está pisando no momento, lindinha. Ou seja, você está falando com a futura patroa do Pavãozinho! Ah, e digo mais... quando o Terror assumir de vez, você é a primeira que eu faço questão que ele demita!
Eu ri alto. Muito alto. Não tava nem aguentando com a graça daquela garota.
LK: Que que tá rolando aqui, hein? - perguntou, parando com a moto ao nosso lado.
Nem encarei o cara. Continuei olhando pra bonitinha.
Laís: E você sabe com quem VOCÊ está falando, amor? - perguntei me aproximando dela - Se você vai ser a futura patroa, e o caralho a quatro, eu não sei e pouco me importa. Mas se tem uma mulher que pode ser considera a patroa nesse morro por enquanto sou eu, tá bom?
LK: O que que tá rolando, vocês estão surdas?
Laís: Cala a boca, garoto - ele me olhou puto, mas não fez nada. Provavelmente ciente de que se encostasse um dedo em mim ele iria ficar sem dedo. Encarei a garota de novo - E se você abrir a boca pra falar alguma coisa da minha família mais uma vez, eu arranco a sua língua fora!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Inabaláveis
RomanceNa vida você só tem uma escolha. Lutar até o fim pelo certo e pelo que é seu, mesmo que custe a sua vida. Deixar se abalar nunca foi uma opção!