Capítulo 13

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Terror ☠️

A Laís era um bicho estranho demais pra se tentar entender, papo reto. Garota era mimadona, chata pra caralho e parecia uma criança em vários bagulho, mas quando se tratava dos filhos, ou da família, ela virava outra pessoa. Tava só vendo ela abraçada com o meu mano, e trocando maior ideia com os menorzinho que eu tinha colocado pra vigiar a garota.

Mandei eles meterem o pé. Tava sem paciência pra palco.

Ela continuava ali, abraçada com ele, dando uns beijo no rosto e de vez enquanto mexia a mão no cabelo dele. Parecia uma mãe cuidando de um filho.

Sentei na cadeira que tinha ali, ajeitando o boné e apoiando minha cabeça nas mãos.

Laís: O que aconteceu com ele? - perguntou sem nem desviar o olho do cara - O rosto está um pouco machucado.

Terror: Usou droga demais.

Laís: E o rosto?

Terror: Não sei, os cara encontraram ele caído. Se pá, foi na hora da queda.

Vi o VH se mexer, e a Laís teve que se afastar um pouco, pra dar espaço pra ele.

Laís: Se você tivesse me deixado falar com ele aquela hora isso poderia ter sido evitado - falou com raiva, me encarando.

Terror: Não vou me estressar mais contigo hoje, Laís.

Laís: Não vai porque sabe que eu estou certa - deu de ombros - Me ajuda a levar ele pro chuveiro.

Fiquei de pé, e ela se afastou, deixando que eu puxasse o VH pra cima. Quando consegui fazer o mano ficar de pé, a Laís se meteu do outro lado dele, me ajudando a carregar o fodido pro banheiro.

Tava boladão, VH ia ouvir pra caralho quando acordasse.

Laís conseguiu ligar o chuveiro com a água gelada, e entrou no box, de roupa mesmo. Empurrei o VH pra dentro, mas eu continuei do lado de fora.

Não demorou muito pro Vitor acordar com o choque da água gelada, mas a garota tava perto demais na hora errada, segurando as mãos dele. Ele se soltou e empurrou ela com força, que foi parar com as costas na parede do outro lado do banheiro, mas não caiu.

Abri a porta do box, esticando uma toalha pra Laís.

Terror: Sai daí - falei pra ela.

VH: Qual foi, mano? Tá maluco? - perguntou, tentando passar por mim pra sair do chuveiro.

A morena continuou parada, só encarando a gente. Entrei na porra do chuveiro, boladão, depois de ter arrancado a camisa do corpo. E empurrei o VH pra baixo da água de novo, usando a minha força. Laís ficou paradinha ali, e nem disse nada.

Terror: Vai se foder, porra. Fica fazendo merda aí e amanhã vai ficar se desculpando! - ele ficou me encarando, parecia que estava mais acordado agora - Quer se matar? Eu dou um tiro no teu cu, tem problema não. Tô a uma cota com vontade de fazer isso.

Ele riu, mas eu continuei sério. Tava muito puto pra render gracinha pra qualquer um.

A Laís passou por nós dois, se espremendo no canto do chuveiro e saiu, abraçando o corpo na toalha. Só vi de canto de olho, mas o VH já tava encarando a irmã e eu percebi que o arrependimento já tinha batido.

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