Capítulo 65

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Capítulo final

Terror ☠️

Meses depois

O meu caçula tinha chego no mundo. Maior parada maluca. Nunca tinha sentido nada parecido. Coração saindo pela boca, mão soada, e eu só queria chorar.

Foda, pô. Bandido nem chora!

Laís tinha tirado ele do meu colo, pra dar de mamar, mas eu já tava malucão pra empurrar ela pra longe e pegar meu neném nos braços mais uma vez.

Meu Dgzinho.

Todo pequeno, mal cabia num braço, mas tinha um significado tão grande pra mim.

Vitória: Pai, deixa eu ver ele - pediu, ficando na pontinha dos pés, pra ver o irmão na cama.

Segurei ela pela cintura, colocando ela sentada no cantinho da cama onde a mãe estava deitada, com o mais novo integrante da nossa família.

O Pedro já era mais alto, então ele conseguia ver o irmão do chão mesmo, e tava todo babão, fazendo vários planos.

Laís: Ele parece com você - fez careta, olhando pra mim.

Terror: Gatão. Rei delas.

Pedro: É nada. Eu que sou.

Laís: Meu Deus, não fala isso perto da sua mãe, cara!

Peguei meu celular, tirando uma foto da cria e mandando no grupo da família.

Família.

Se me contassem que eu teria um grupo de família com o Neguinho, Luana e Maria Eduarda eu ia rir pra caralho, mas o papo era real.

VH conseguiu convencer a Duda a ir morar com ele, e finalmente eles criaram um pouco de vergonha na cara deles pra se assumirem.

Luana virou amiga da Laís. Amiga. É. Isso mesmo. Elas tinham uma relação maneira, que foi construída encima de uma reclamando mais que a outra sobre a gravidez, os enjoos e as dores no corpo. Ah, elas também tinham mais uma coisa em comum. Falar mal dos maridos.

Papo reto, coisa mais chatona.

Claro que eu nunca ia falar isso pra elas. Se a minha mulher era malucona da cabeça, a Luana era mais. Eu tinha muita pena do Neguinho. Mas acho que isso foi importante pra ele se manter na linha dentro de casa.

Eles tiveram um molequinho também. Gabriel. Tinha umas duas semanas o moleque, e era feio igual o pai, tadinho.

Mas tava tudo mec. Era mais um pra vigiar a Vitória quando ela crescesse.

📱

-  Dgzinho naqueles pique esperando vocês brotar

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-  Dgzinho naqueles pique esperando vocês brotar.

Duda: Iticoisamailindadetiatia 🥰

VH: Moleque enjoadoooo
A cara do dindo

- Teu cu 
Meu pivete é a minha cara    

Luana chata: Tua cara nada. Ele é lindo!

Neguinho feio pra carai: já tá pronto pra ir pro baile. Todo no kit né papai.

📱

Bloqueei meu celular e guardei no bolso, quando eu vi a Laís me olhando de cara feia.

Terror: Tô falando com mulher não, se liga.

Laís: Eu sei que não. Você não estaria mais aqui se eu pensasse nisso.

Terror: Vocês tão vendo, né? - chamei as cria - A mãe de vocês me ameaçando.

Pedro: Tô vendo nada - ele escondeu os olhos com a mão.

Terror: Ih, trairagem!

Laís negou com a cabeça, e estendeu o Douglas pra eu pegar no colo. Já fui logo com um sorrisão na cara né, parecendo que tinha ganhado brinquedo novo. Ela se ajeitou ali, e eu me sentei na ponta da cama, do lado do Pedro, e de frente pra Vitória.

Minha mulher beijou o meu ombro, encostando a cabeça ali, e olhando pro bebê que dormia na maior paz, no meu colo.

Laís: Amo você - sussurrou baixinho no meu ouvido - Tá feliz?

Terror: Como que eu não vou ficar? Tô aqui com vocês. Tudo que eu preciso tá aqui, pô - virei o rosto, esbarrado a minha boca na dela - Te amo pra caralho, linda.

Naquela hora, a minha vida valeu a pena.

Toda a minha vida, tudo o que eu era, tudo o que eu tinha passado de bom e de ruim pra chegar ali valia a pena.

Não tinha mais nada que eu pudesse pedir. Meu peito tava apertado de alegria e a minha vontade era de sair dando tiro pro alto, nos quatro cantos do mundo, gritando o quanto eu era sortudo por ter os meus filhos.

E mais do que isso.

Sortudo pra caralho de ter a melhor do mundo do meu lado.

Minha mulher. A mais mimada e pilantra que eu já tinha conhecido... mas eu amava demais. Não trocaria por nada no mundo.

Nem ela, nem as cria.

Pedro beijou a cabeça do irmão, e foi abraçar a Laís, que abraçou ele de um lado e continuou agarrada com o meu ombro do outro lado. Totoya sentou no meu colo, colocando o dedinho da mão do Douglas, que já fez questão de agarrar o dedo da irmã, e começar a balançar.

Laís olhava pra eles com um sorriso no rosto.

Na moral, eu queria morar naquele momento.

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