Capítulo 21

15K 1K 42
                                    


Laís ❤️‍🔥

Deixei meus pequeninhos na cama do quarto de hóspedes na casa do meu pai. Nós havíamos decidido que seria melhor se a mãe do Nando cuidasse deles por aqui mesmo. Fiquei agarrada neles até a senhora chegar, parecia um anjo de tão calma. Expliquei tudo pra ela sobre as crianças, mas ele não tinham o hábito de acordar de madrugada e a minha intenção era voltar cedo pra dormir com eles.

Ela me pediu pra aproveitar. Disse que me entendia, porque eu era muito nova, e mãe solteira de duas crianças, então era difícil "desligar", mas que eu merecia um momento só pra mim. Entreguei meu número a ela, fazendo me prometer que me ligaria se eles chorassem.

Vitor chegou no quarto, todo emburrado, me chamando pra ir. Me despedi das crianças rapidinho e da Dona Suzana também.

Laís: Que carinha é essa? - perguntei, beijando o rosto dele enquanto a gente descia as escadas.

VH: Vou me estressar hoje, tô vendo tudo. Tu só tem essa roupa, filha da puta?

Laís: Nenhuma me deixa tão gostosa como essa - respondi com deboche - A mãe tá on e roteando, bebê.

VH: Deixa de ser feia - resmungou, puxando o meu cabelo.

Vi que já não tinha mais ninguém ali.

Laís: Cadê o povo?

VH: Tá só o pai e o Terror lá fora, esperando a gente. Os outros já se mandaram.

Assenti e caminhei ao seu lado até a frente da casa, onde o meu pai estava dirigindo. VH mandou o Terror sentar na frente, e me mandou abaixar o vestido, mas eu provoquei, dobrando um pouquinho mais da lateral dele, que já era curta o bastante. Senti o olho do Terror queimar em mim, através do retrovisor, e eu soltei uma risadinha, vendo ele coçar a nuca.

Desviei o olhar para a janela, pro Vitor não vir encher a minha mente com baboseira.

As ruas estavam vazias, mas em compensação a rua onde o evento aconteceria estava impossível de entrar. Só conseguimos passar mesmo quando o meu pai abaixou o vidro, e todo mundo viu de quem se tratava, abrindo espaço.

Depois de estacionar, nós descemos do carro, entrando juntos no baile. Terror na minha frente, Vitor atrás de mim, e o meu pai logo atrás do meu irmão. Tinha uns seguranças ao nosso redor, mas eu nem vi muito sentido naquilo, ninguém ia ser louco de ousar encostar em um deles.

Quando chegamos no camarote os seguranças sumiram, e eu pistolei na hora. Tinham várias garotas ali encima, mas eu não me importei, só que quando vi a Luana ali, meu sangue ferveu. Ela estava abraçando o Junin, e me encarou da cabeça as pés com deboche.

Terror: Se controla - sussurrou no meu ouvido.

Senti meu corpo arrepiar, mas ignorei aquilo.

Laís: Controla o seu love - respondi, olhando diretamente pra ele.

Guilherme riu e se afastou, indo cumprimentar os outros caras. Meu pai saiu, fazendo a mesma coisa.

VH: Vem comigo - me chamou.

Laís: Não quero. Me deixa ir procurar a Duda e a Bruna - pedi - Posso trazer elas aqui pra cima, né?

VH: Tu pode trazer quem quiser aqui pra cima. Mas tu não vai sair assim daqui não, eu não tô maluco ainda - olhou em volta do camarote e puxou o meu braço pra perto do Nando, que conversava com o Índio, o Terror e o LK - Nando!

Nando: Eu - falou com o meu irmão, sem nem me olhar. Em compensação o Índio só faltou me comer viva.

VH: Tu pode descer com a Laís pra procurar a Bruna e a Maria Eduarda?

Nando: Claro - respondeu, me olhando pela primeira vez. Mas me encarou nos olhos e nem desviou.

Índio: As irmãs são minhas, eu posso ir também.

LK: Se o Nando não quiser, eu vou.

VH: Ah vai se foder! - xingou e eu segurei a risada.

Terror: Eu vou mano, relaxa - falou me encarando, e apertando o ombro do meu irmão.

VH: Nem sei mas se eu posso confiar em você também, pô.

Terror: Eu nunca te disse que podia, né. Senta aí e acende um balão pra relaxar.

VH: Acho que vou precisar de uns cinco - resmungou mas se jogou no sofazinho que tinha ali.

Eu nem tinha pisado pra fora do camarote e ele já estava fumando e com uma mulher no colo. Sínico demais!

Inabaláveis Onde histórias criam vida. Descubra agora