Capítulo 42

14.1K 958 57
                                    


Laís ❤️‍🔥

Acordei na quarta-feira de manhã, com o meu corpo doendo pra caralho. Guilherme não tinha me poupado nenhum pouco noite passada, e pra ajudar, quando acordei ele nem estava mais ali.

A minha sorte é que só teria que me preocupar com as crianças depois da aula delas, porque haviam dormido com o Flávio e ele tinha ficado responsável por deixar elas na escola.

Mandei mensagem pro celular que o Pedro tinha ganhado, e ele logo me respondeu me dando um bom dia e desejando bom trabalho.

Ajeitei a casa correndo, enquanto passava o café e me arrumava pro trabalho.

Ouvi as batidas na porta, e como de costume quando abri dei de cara com o Junin. Ele sempre vinha cedo, Nando ficava com o turno da noite.

Junin: Tudo certo, patroa? - eu rolei os olhos e deixei a porta aberta, pra ele entrar, enquanto corria pra cozinha.

Laís: Tudo certo - estendi a xícara de café pra ele que aceitou, mas cheirou antes de beber - Que foi?

Junin: Tu nem reclamou porque eu te chamei de patroa e me deu comida sem eu precisar implorar. Tu tá com febre, patroa?

Laís: Para de me chamar assim, que saco - bati no ombro dele - Vou mandar o Nando costurar a tua boca!

Junin: Tô com medo - debochou - Cadê meus filhos?

Laís: Nossa, Junin. A cada dia você me irrita mais... impressionante.

Junin: É meu dom, patroa - piscou pra mim.

A porta foi aberta de vez, e eu estiquei o meu pescoço pra ver quem era.

O Vitor estava ali, nos encarando, de cabelo molhado, chinelo de dedo, blusa de time e bermuda. Parecia normal, e sem resquícios de que tinha se drogado.

VH: Eu tô limpo - falou antes de qualquer coisa, me fazendo ter vontade de chorar e correr pra abraçar ele.

Eu avancei dois passos em sua direção, mas o Junin segurou o meu corpo, me mantendo na cozinha.

Laís: Me solta!

Junin: Foi mal, eu não posso.

VH: Qual foi, Junin? Eu falei que tô sóbrio, cara.

O Junin deu de ombros.

Junin: Só tô seguindo ordens, cara.

Laís: Ninguém vai me proibir de falar com o meu irmão - me debati, tentando sair do aperto do Junin - Eu me entendo com o Terror depois!

Junin: Não posso, Laís. Foi mal mesmo.

Laís: Foi mal mesmo o caralho! Tá pra nascer o homem que vai mandar em mim! - gritei, me debatendo no braço dele. O Vitor só olhava tudo parado, com a maior cara de perdido.

Vi o Guilherme entrando pela porta de casa, com comida em uma sacola.

Terror: Bom dia, família. Tô vendo que tá tudo ótimo por aqui, né?

Inabaláveis Onde histórias criam vida. Descubra agora