Capítulo 45

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Terror ☠️

Deixei a maluca da Luana pra trás e corri pra quadra, indo pra perto da Laís que estava conversando com a Duda. Ela tinha vindo direto do trabalho pra cá, mas nem tinha me avisado nada.

Abracei ela pelas costas, juntando o meu corpo no dela, e beijando a sua cabeça. Laís virou na minha direção, empurrando o meu corpo pra longe e eu já nem consegui segurar o sorriso ao ver que ela tinha ativado o modo surtada.

Laís: Ta me agarrando por que? Você não tem blusa?

Terror: Porque tu é minha agora. Posso te agarrar quando eu quiser, gata. E tá calor demais pra ficar andando de roupa por aí.

Laís: Pra começo de conversa, eu sou sua um caralho - ouvi a risada da Maria Eduarda, mas continuei olhando pra doida, sem dar a menor credibilidade pro que ela falava - Você me prometeu, cara!

Terror: Surta mermo. Adoro te ver surtando!

Laís: Tu fica colocando lenha na fogueira e depois fica puto quando eu falo alguma coisa que você não gosta - bufou - Se você sabe que não vai conseguir cumprir o que me prometeu, é bem melhor ficar quieto.

Eu cruzei os braços, tentando lembrar o que eu tinha prometido. Mas nada me veio na cabeça.

Terror: O que eu te prometi?

Laís: Ta vendo? - gritou - Tu nem lembra! Imoral um negócio desses!

Me aproximei, agarrando ela pela cintura e puxando o rosto dela pro meu, pra conseguir roubar um beijo. Laís reclamou pra caralho, e depois que eu consegui o que eu queria ela limpou a boca com uma mão, me encarando puta.

Terror: Ta limpando meu beijo por que?

Laís: Não sei por onde você andou com essa boca - resmungou.

Terror: Chatona, pô. O que eu te prometi?

Ela me encarou boladissíma. E aí eu percebi que já nem era mais uma brincadeira, e que o bagulho tava feio de verdade.

Laís: Você prometeu que não ia me enganar, que não ia ficar com outras. Eu não estava brincando!

Terror: E eu tô brincando? - perguntei - Para de ser maluca, eu disse que tu podia confiar em mim.

Laís: Uhum. E não esperou nem dois dias pra ir dar trela pra Luana de novo - me empurrou mais uma vez, saindo do meu abraço, e sentou na arquibancada.

Maria Eduarda só olhava a gente, mas estava quieta no canto dela.

Terror: Não dei trela pra ninguém, Laís. Te dei a minha palavra e é nela que tu tem que confiar - me sentei do lado dela, mas a maldita só ficou olhando pra quadra - Luana me chamou porque tinha uns bagulho pra resolver.

Laís: Não quero ouvir nada que venha de você - sussurrou, sem me olhar.

Terror: Olha pra mim - pedi, colocando minha mão na coxa dela.

Laís: Não quero, Guilherme. Por favor, me deixa quietinha.

Vi que o olho dela estava ficando vermelho, assim como a pontinha do nariz.

Me deu o maior bagulho ruim no peito.

Terror: Olha pra mim, morena - puxei o queixo dela com a minha mão - Eu não sou o Neguinho, tá?

Laís: Não fala nada - pediu, tentando afastar a minha mão do seu rosto, mas eu nem deixei.

Terror: Falo mermo e deu. Tô contigo e quero continuar contigo. Se um dia a parada mudar nós senta, se resolve e fé pra tudo. Agora não tem nem por onde tu ficar sofrendo pelas merda que o outro aprontou - ela fungou o ar e eu sorri fraquinho - O papo agora é tu e eu.

Laís escondeu o rosto no meu pescoço, fazendo com que a minha mão saísse do rosto dela.

Laís: Desculpa. Surtei atoa - murmurou.

Terror: Até gosto quando tu surta, mas não gosto quando tu perde a tua razão vindo com esses caô pra cima do cara.

Laís: Eu sei. Foi mal.

Terror: Foi mal uma porra, vou te cobrar.

Laís: Credo, eu tenho medo de você.

Terror: Tem que ter mermo - me afastei dela - Vai lá, gostosa. Chama os pivete e vai se arrumar, bora dar um peão na pista.

Ela estreitou os olhos.

Laís: Por que?

Terror: Porque eu quero - dei de ombros - Não tá com fome?

Laís: Tô. Muita!

Terror: Então, bora. A gente come algum bagulho e depois da um rolêzão.

Laís: Eu, você e as crianças?

Terror: Se tu quiser não precisa ir. Vou sozinho com meus crias.

Ela fez careta e me bateu.

Laís: Você vai pedir a minha mão em casamento pros meus filhos?

Terror: Sai fora, doida. Não sei nem se eu te aguento por mais dois dias, imagina o resto da vida.

Recebi aquele maldito sorriso debochado e chutei a perna dela, de leve.

Laís se levantou e saiu correndo atrás dos pivetinho dela, arrastando eles pra casa.

Fiquei de longe vendo meu mano VH perdidão olhando pra Maria Eduarda, que ou estava se fazendo de maluca, ou realmente não tinha percebido que ele tava olhando.

Neguei com a cabeça e fui sentar do lado do cara. A gente rendeu um papo maneiro e eu até convidei ele pra sair, mas o Vitor negou, dizendo que ia querer ir pra boca colocar as coisas em ordem e voltar de vez pro trabalho.

Depois disso eu fui pra minha casa tomar um banho e me arrumar pra sair com o trio do barulho.

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