Capítulo 62

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Luana 💅🏻

Dia lindo lá fora.

Sabadão, sol brilhando no céu, e o Flávio dormindo no sofá.

"Ah, Luana, você não ficou com peso na consciência de deixar o Neguinho dormir no sofá na primeira noite dele fora da cadeia?"

Eu não, hein. Não mandei vacilar comigo.

Coloquei meu biquíni, bem plena e feliz e fui pra área da piscina, fazendo questão de fazer barulho mesmo, pra ele acordar.

Flávio não estava na Disney e tinha que começar a se mexer pra agradar a mulher maravilhosa que ele estava a um fio de perder.

Vi pelo canto do olho, ele se mexer e abrir os olhos, me encarando. Aí mesmo que eu desfilei lentamente pela sala de casa, indo até a espreguiçadeira que já estava prontinha pra ser usada.

Passei meu bronzeador, e liguei um sonzinho gostoso, deixando o clima maravilhoso.

Fiquei uns quinze minutos na paz, de olhos fechados, sentindo o sol queimar a minha pele. E como tudo na minha vida, a minha alegria acabou rapidinho, quando o Flávio se colocou na minha frente, fazendo sombra.

Já abri os olhos furiosa com ele.

Neguinho: Bom dia, gostosa - ele se inclinou pra me beijar, mas eu fui mais rápida e virei o rosto pro lado, fazendo com que sua boca só acertasse a minha bochecha.

Luana: Dormiu bem? - perguntei, com deboche.

Neguinho: Não - resmungou - Quero dormir contigo.

Luana: Tivesse pensando nisso antes de fazer merda, né.

Ele sentou do meu lado, na minha espreguiçadeira, e eu me afastei um pouquinho, impedindo que nossos corpos se tocassem.

Neguinho: Vi que tu tinha preparado a casa ontem, pra me receber - falou sem me olhar - Não foi da forma que a gente queria, mas eu me amarrei na tua ideia.

Luana: Pede pra alguém limpar, tá? Ou você mesmo usa a sua mãozinha pra limpar a casa. Não quero me incomodar em desfazer a surpresa que eu montei detalhe por detalhe e tu arruinou.

Neguinho: Desculpa, amor. Não queria ter feito isso - falou, colocando a mão na minha coxa.

Luana: Mas fez - bati na mão dele, afastando do meu corpo - Tô enjoada de te ver. Pode se afastar um pouquinho, por favor?

Neguinho: Ta de caô, Luana? - pistolou, fechando a cara.

Luana: Tô. Tu não tinha coisa pra resolver? Já falou com a Laís e com o Terror?

Neguinho: Depois eu vou - ele deitou na espreguiçadeira, com a cabeça na minha barriga, e eu continuei parada sem fazer nada - Faz um cafuné no teu preto ai, namoralzinha.

Luana: Sai. Tá calor - empurrei ele, ficando de pé.

Neguinho: Tu não quer ir comigo lá? Aí já conhece os meus filhos oficialmente. Se pá a gente até sai junto pra comer em algum lugar.

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