Capítulo 24

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Terror ☠️

O Vitor tava feliz pra caralho comemorando o sucesso que tinha sido o nosso baile. Nós estávamos na salinha, junto com o Índio e o LK, e os caras já tinham contabilizado o quanto a gente tinha ganho com o baile... e o melhor de tudo é que ainda tinha o de hoje e o de amanhã meio dia.

Segundo as contas do Nando, a gente tinha conseguido tirar cento e quinze mil de lucro, tirando todas as despesas que a gente teve na primeira noite.

Terror: É isso, porra. É isso! - abracei o meu irmão.

VH: O primeiro de muitos que virão hein - ele olhou pros caras que estavam ali - E o esquenta hoje?

Índio: Na tua casa, né mano - sorriu de lado.

VH: Acho que não. Nem pisei lá ainda. Mas o velho já deu o papo que hoje não vai, então ele nem vai se pilhar pra fazer esquenta.

LK: Nem pisei lá ainda - debochou - Dormiu onde, caralho?

Índio: Eu bem vi tu pegando a Luana.

Eu ri e neguei.

Terror: Vocês são uns filho da puta fofoqueiro. Deixa o irmão na paz.

O Índio riu.

Índio: Tu tá é com medo da conversa chegar em ti. Tem nada pra jogar na roda, patrão?

Terror: Nada.

O VH me olhou sem entender.

LK: Aham. Todo mundo viu, Terror.

Terror: Vocês não tem nada pra fazer? - perguntei fechando a cara.

VH: Viu o que? Eu não vi nada.

Índio: O Terror e a Laís no maior climão. Depois ainda sumiram juntos do baile.

O Vitor me olhou, mas eu continuei encarando o Índio.

VH: Tu pegou a minha irmã, maluco? - olhei pra ele, que me olhava sem entender nada - Ou, abre o bico aí, Terror.

Terror: Ah, vai tomar no cu, VH. Me deixa.

VH: Anda, pô. Eu quero saber.

Perdi a paciência.

Terror: Eu peguei. Peguei sim. Peguei a tua irmã ontem. Pronto?

Ele xingou baixinho e nem deu pra entender, mas cruzou os braços e ficou negando com a cabeça.

VH: Eu tava ligado que tinha alguma coisa rolando. Porra, Laís tem dedo podre pra macho né - bufou, boladão.

Terror: Vai se foder!

Indio: Achei que ia rolar sangue - fez careta - Vocês são estranhos, na moral.

LK: Ta mas e aí - apontou com a cabeça pra mim - É tua mermo ou foi bagulho de uma noite só?

Encarei ele, sério. Tava nem entendendo onde aquele maluco queria chegar.

A uns dias atrás tava reclamando que a Laís era folgadona e que só tava arrumando problema, agora tava interessado na garota.

VH: Tu tá querendo também, doido? Qual foi?

LK: Eu não - negou com a cabeça, rapidinho.

Índio: É o cachorro dele que quer saber - gastou e o VH riu.

Terror: Eu tô ligado que até tu tá querendo saber, Índio - cutuquei.

VH: Agora até eu fiquei curioso - falou, me olhando.

Terror: Ih, me olha assim não, hein. Tô na paz!

VH: Desembucha, porra.

Eu dei de ombros sentando na cadeira.

Terror: A garota é dela mesma. Deixa ela lá.

Eles se olharam, sem entender nada.

Indio: Então tá liberado pegar?

Eu tirei a arma que tava na cintura, colocando encima da mesa, sem intenção nenhuma, ela só tava incomodando mesmo.

Terror: Tenta a sorte.

O Indio e o LK riram. E eu continuei de cara fechada. O VH negou, me encarando com deboche.

Mesma cara de deboche que a irmã tinha.

VH: E coitado de quem tentar né.

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