Capítulo 22

15.1K 1K 229
                                    


Terror ☠️

Coloquei a Laís na minha frente, e segurei ela pela cintura enquanto a gente saia do camarote pra procurar a Bruna e a irmã dela. Laís parava de andar algumas vezes, do nada, e eu esbarrava nela. Já tava achando que a mandada tava fazendo de propósito, porque nem tinha ninguém na frente dela pra parar.

Tinha uns engraçadão que olhavam a garota e já vinham pra cima, mas aí era só me ver que fingiam que nem era com eles.

A gente rodou uma parte do baile e não encontrou as duas. Aquilo ali tava lindo demais, eu tava orgulhoso pra caralho!

Levei a Laís pra perto do bar, minha garganta tava seca e eu tava implorando por uma cerveja gelada. Perguntei se ela queria beber, mas ela disse que não estava afim. Peguei a minha cerveja, e a gente saiu, pra procurar as duas mais uma vez.

A idiota fez aquele negócio de parar do nada na minha frente de novo, e eu mais uma vez bati com o meu corpo contra o dela.

Terror: Tu tá de sacanagem, né pilantra - perguntei, no ouvido dela. Apertando a minha mão envolta da cintura dela.

Laís: Eu? De sacanagem? - se fez de desentendida, me olhando.

Segurei o rosto dela com uma mão, apertando as bochechas e ela fez um biquinho. Ela virou de frente, e colocou a mão na minha barriga, por cima da blusa. Eu tinha a minha outra mão ocupada segurando a cerveja, então puxei o corpo dela com o meu braço, mais pra perto de mim. A garrafinha gelada entrou em contato com a pele quente e exposta da cintura dela, e ela deu um pulinho, fechando os olhos.

Encostei a minha testa na daquela feiticeira, desgraçada do caralho, e soltei o seu rosto, deixando que a minha mão fosse até o seu pescoço.

Eu podia levar um tiro. Podia perder um morro. Podia perder o meu irmão. Podia perder o meu pai do coração. Mas eu não ia perder a oportunidade de provar o gosto da boca da maldita.

Laís respirou fundo, abrindo a boca devagarinho e foi o suficiente pra eu mandar a calma que tava tendo pra puta que pariu, e beijar aquela boca gostosa.

Ela apertou as unhas na minha barriga e eu respirei fundo, apertando o corpo dela contra o meu. A mão que estava no seu pescoço, foi até o cabelo macio e cheiroso, depois desceu com ele até a bunda e se contentou em ficar ali, brincando com a barra do vestido.

Ela se afastou um pouco, depois de morder o meu lábio e eu me abaixei um pouco mais, beijando o seu pescoço. Laís tinha o tamanho de uma criança, e eu era bem alto, então mesmo ela usando salto alto, o negócio não tava igual.

Laís: Guilherme - gemeu no meu ouvido.

Aí mermo que eu fiquei doidão. Apertei a cintura dela com força demais e olhei em volta, mas não achei nenhum canto pra gente se enfiar. Voltei a encarar ela, com a maior expressão de dor na cara.

Terror: Vamo meter o pé daqui.

Laís: A gente não pode. Daqui a pouco vão te chamar!

Terror: Não tô nem aí - encostei minha cabeça no ombro dela, mordendo ali. Laís riu, mas me bateu - Por favor, pilantra, bora vazar daqui!

Laís: Depois que você fizer o que precisa, eu prometo que a gente sai daqui.

Esfreguei a mão no rosto e ajeitei o meu boné. Concordei com a cabeça, e ela me puxou pela mão pra gente voltar a andar, mas antes eu que puxei o braço dela, pra roubar mais um beijo. Dessa vez foi calmo e tranquilo, mas bom na mesma intensidade.

Andamos por mais um minuto, até encontrarmos a Bruna e a a Maria Eduarda. A Bruna ficou me gastando, dizendo que sabia que tava rolando alguma coisa entre a gente, mas eu neguei, e a Laís fez o mesmo. A gente meteu o pé pro camarote e a tal da Duda ficou toda xoxa quando viu o VH pegando outra. O DG tava fazendo o mesmo, então ficou tranquilhinho pra mim. Era só eu fazer minhas parada e meter o pé com a Laís daqui, que ninguém ia nem perceber.

Não usei lança e não cherei. Eu só fumei uns dois balão e bebi um pouco. Tava querendo ficar acordado.

A Laís não desgrudava da Bruna e nem da Duda, que tinha se animado um pouco quando o show começou e elas estavam cantando e dançando ali. Laís não conseguia nem dançar com aquele vestido, então ela tava se contentando em só cantar e balançar o corpo pra lá e pra cá.

Luana tinha largado o mano Junin e ficou no meu pé, mas eu chutei a maluca pra longe, então ela foi lá e pegou o VH.

Laís queria comer o irmão com os olhos, mas ele tava tão drogado que se pá nem sabia quem tava beijando.

Tinha mais umas maluca no meu pé, mas cada vez que uma delas chegava perto a doida lá me olhava esperando uma reação.

Eu tava solteiro, e a Laís também. Então foda-se.

Mas o bagulho mesmo era que hoje eu tava querendo ela, só ela, a todo custo. A beleza daquela mulher tava uma parada imoral.

O MC parou o show e a gente foi pro palco. DG fez as saudações, agradeceu a toda a comunidade por tudo, disse que o morro do Cantagalo e o Pavão e Pavãozinho não eram mais aliados, mas que estávamos lutando pra mudar isso. E por último ele anunciou que o Pavãozinho era meu e o Pavão era do Vitor. Eu falei uns bagulho por mim e por o meu irmão, que não tava nem se aguentando em pé, e não enrolei muito não.

O MC voltou pro palco e eu voltei pro camarote, procurando a Laís e ignorando todo mundo que vinha me dar parabéns.

Ela sorriu enquanto eu caminhei na sua direção. Tava nem ligando pra quem tava vendo. Seus braços envolveram o meu corpo em um abraço e eu retribui.

Laís: Parabéns pro novo dono do morro - sorriu.

Terror: Hoje eu só tô querendo mesmo é ser o dono da tua buceta - ela gargalhou e eu voltei a fazer cara de dor - Bora, Laís. Para de tortura.

Ela concordou com a cabeça e a gente vazou do baile rapidinho indo até a casa dela, onde não tinha ninguém, porque as crianças estavam dormindo no DG.

Não deixei nem ela sair da sala pra arrancar aquele vestido, que ia ficar impossível de usar de novo, porque eu tinha rasgado.

A mandada me mamou gostosinho ali mesmo e depois foi só sequência de vapo vapo a noite inteira.

Inabaláveis Onde histórias criam vida. Descubra agora