PA
Eu percebi que a minha pergunta incomodou a Jade e não era isso que eu queria. Eu só queria tirar qualquer dúvida sobre nós do ar. Levei a cadeira até ela, tirei o cabelo dela do rosto e fiz carinho nela dizendo:
- Ei, olha pra mim. Eu não queria te magoar com a minha pergunta. Eu só queria mesmo deixar tudo claro entre a gente, na casa nossa comunicação, pelo visto, falhou algumas vezes. Já que eu achava que tinha deixado claro o quanto eu tava amarradão em você. Aqui nós não temos câmeras nem microfones, não precisamos manter nossas broncas. Se a gente vai ficar junto, pra fazer isso dar certo a gente precisa conversar sobre tudo, Jade. Sobre tudo. Eu não devo temer te perguntar algo que está me incomodando e peço que faça o mesmo. Certo?
- Certo, mas eu preciso que você não acredite em tudo que lê na internet e confie em mim.
Ela fez um carinho no meu rosto e aí toda a saudade que eu tava dela falou mais alto. Segurei o rosto dela com minhas duas mãos e trouxe pra mim. Dei um selinho demorado e recuei pra olhar pra ela de novo, tão linda com aqueles olhos verdes.
- Eu acho que estou apaixonado por você, Marrentinha. Eu nunca senti isso antes, mas estou disposto a ver onde isso vai dar. Tô disposto a pular na bala por você.
A beijei como se minha vida dependesse disso. Não tínhamos tempo para começar devagar, o sol já estava nascendo e eu precisaria voltar em breve para o meu quarto para me arrumar e dar início ao compromissos do dia.
Jade sempre era receptiva aos meus beijos, na verdade o nosso beijo encaixou desde o primeiro segundo e isso me fez refletir sobre a nossa conexão. Nunca foi tão bom e fácil beijar alguém assim.
Ela abriu a boca para que a minha língua pudesse sentir a dela e naquele momento eu sabia que estava perdido. Não sairia dali nem sob ameaça. Nossas bocas se encaixavam como se tivessem sido feitas uma para a outra, nossas línguas dançavam a mesma melodia e sem perceber eu já estava deitado sobre ela na cama.
Depositei beijinhos na sua orelha e desci em uma trilha de beijos no seu pescoço, eu tinha observado cada reação da Jade enquanto nos beijávamos na casa e sabia exatamente como ela reagia a cada beijo.
Jade
O PA sabia como me desarmar. Ele tinha descoberto meu ponto fraco dentro da casa e apenas por conta das câmeras ele se controlava, aqui sem câmeras quem estava prestes a perder o controle era eu.
Eu não resistia aos beijos que ele me dava no pescoço e eu estava entregue a ele. Ele que ditava o ritmo das coisas e eu só sego seguia. Ele se encaixou nas minhas pernas e eu pude sentir toda excitação dele, mas ainda assim, ele não ultrapassou nenhum limite, apenas nos beijamos por mais um tempo até que ele resolveu parar. E deitou ao meu lado da cama.
Eu olhei pra ele com a pergunta: "por que parou?" estampada na minha testa e ele percebeu e respondeu:
- Eu tenho que estar no meu quarto em menos de uma hora. Sei que é tempo suficiente para nos satisfazermos, mas eu não quero transar com você e levantar na sequência, te deixando sozinha aqui. No momento Jade, que a gente der o próximo passo em nossa relação e que eu estiver dentro de você, eu quero que seja sem hora pra ir embora.
O que falar depois disso? Eu apenas o beijei novamente assentindo com o que ele disse me aninhei no seu peito e pela primeira vez desde que saí da casa, eu dormi em paz novamente.