Capítulo 25 - Sapucaí - Parte 02

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Jade

Eu estava com o coração inquieto com tudo que andava lendo nos últimos dias. Eu já estava acostumada a falarem de mim. Mas as críticas nunca foram sobre o que eu sentia por alguém. E desde que o PA saiu da casa e resolvemos estar juntos, todas as críticas feitas a mim eram no sentido de que eu estaria com ele por interesse, já que ele era além do homem mais lindo do país, o campeão do BBB. As pessoas me acusavam de estar aproveitando da fama dele e isso me doía em um lugar diferente.

Não consegui relaxar 100% e estava realmente pensando que seria melhor nos afastarmos publicamente para que ele não sofresse as consequências desse ódio todo que estavam destilando contra mim, mas o PA é 1,84 de puro amor e bondade. O coração dele é de ouro igual às medalhas que ele carrega junto ao peito.

Depois de ouvir tudo que ouviu no meio da Sapucaí, ele simplesmente veio até mim, me disse que não duvidava do meu sentimento por ele e me deu um beijo que fez minhas pernas derreterem. Eu simplesmente esqueci onde eu estava. O beijo do PA tinha dois efeitos, o efeito reparador, que me dizia para ficar tranquila e me acalmava, e o efeito incêndio, que colocaria fogo em qualquer lugar em que estivéssemos. Quando ouvi o barulho e as luzes dos flashes tentei pará-lo, mas foi em vão. Ele continuou me beijando por tempo suficiente pra me fazer esquecer o que tínhamos acabado de escutar. Ao se afastar de mim ele disse que o que importava era a gente e a gente era bom pra caralho!

Scooby veio até nós, nos abraçando e disse:

- Eu vi isso aqui nascer. Eu sei o quão puro e verdadeiro é. Fodam-se os outros, o que importa é o que vocês sentem um pelo outro. Não deixem que esse tipo de comentário afete a relação de vocês. Eu amo vocês. De verdade. PA, eu falo o tempo todo. Você é meu irmão. E você Jade, não esqueça. Você é minha irmã também. Eu te amo!

- Ai Pedro, assim eu vou chorar! Eu amo você. E sou muito grata por ter vivido essa experiência louca contigo.

A Cíntia se aproximou:

- Então, aproveitando o momento de troca de declarações de amor. Eu tô tom um problema, Jade. E só você pode me ajudar.

Eu fiquei assustada e fui logo pro lado dela.

- O que foi? Eu te ajudo, vamos!

- Calma. Não é nada ruim. É que o Pedro me arrumou mais um padrinho de casamento, mas eu não tenho par pra ele. Então eu acho que só você pode me salvar. - O Pedro abriu um sorrisão e falou:

- Deja, quer ser nossa madrinha junto com o PA?!

- MEU DEUS! SÉRIO?! Ai que honra! Claro que sim! Muito obrigada.

Os dois me abraçaram. Ai o PA:

- Agradeça a mim. Você só conseguiu graças a mim.

Dei um tapa nele obviamente. E ele riu. E naquele momento eu percebi que minha vida ao lado do PA seria assim. Sempre leve. Mesmo quando eu deixava me abater, ele me fazia rir. E me trazia de volta. Nossa Ala foi liberada e ali estava eu, aos 20 anos vivendo o melhor ano da minha vida, desfilando em uma escola de samba ao lado de pessoas incríveis. O Pedro tinha razão. A vida é irada!

Foi incrível desfilar numa escola de samba, mesmo que por pouco tempo. Retornamos ao camarote. Orochi já tinha começado o show e nós fomos surpreendidos por Matheus e Léo já é em outro patamar alcoólico fazendo mil planos sobre viagens e família.

- Jadoca! Vai todo mundo pra Cotia! Até o General Camilo vai ficar na Picon House! Mano, vai ser irado!

- Socorro, Deus! O que eu perdi aqui?!

A cunhada do PA riu e falou baixinho que era melhor eu não saber. O Matheus veio até mim, me deu um abraço e falou:

- Obrigada por não ser nada daquilo que algumas pessoas enxergam sobre você. Eu tive muito medo de você machucar meu irmão. Muito, mas desde o primeiro minuto que vi vocês dois juntos, eu sabia que era real. Obrigada!

Eu não sabia o que responder. Orochi começou a tocar "Amor de Fim de Noite". O Matheus me soltou do abraço e disse:

- Agora pode ir ficar com meu irmão curtindo a música da primeira noite de amor de vocês!

Naquela hora eu queria matar o PA. Então gritei:

- AFE PA QUE RIDÍCULO!

E ele sem entender:

- O que eu fiz dessa vez?

Ai foi o Léo que respondeu:

- Contou ao seu irmão a música da sua primeira vez com minha irmã.

O Léo me entregou. Sim, eu conto tudo a ele. Ai foi a vez do PA:

- AFE JADE QUE RIDÍCULA!

A felicidade as vezes era ridícula mesmo!

*RECADINHO PRA VOCÊS NO MURAL".

Depois do Fim - Jade e P.A.Onde histórias criam vida. Descubra agora