Capítulo 25 - Sapucaí - Parte 01

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PA

Quando chegamos à Sapucaí eu entendi o receio que a Jade estava. Foi uma loucura. Tantos celulares em nossa direção, as pessoas gritando nossos nomes, precisamos de logística com segurança pra podermos chegar ao camarote e lá também não foi diferente. Todo mundo querendo foto, uma multidão de gente falando comigo e eu não sabia como lidar.

Fomos conduzidos até onde o Scooby já estava com a Cíntia e só lá eu pude respirar um pouco. O Scooby:

- Caralho Moleque, você é o maior agora! Olha que loucura!

- Irmão, parece sonho! Achava que com o passar dos dias a ficha ia cair, mas até agora nada.

- A vida é irada, irmão! Vamos curtir!

A Jade parecia meio tensa. Eu sabia o que tava passando na cabeça dela, a preocupação sobre aparecermos juntos que ela já tinha explanado. Puxei ela mais pra perto e disse no seu ouvido.

- Tá tudo bem. Relaxa. Você ouviu o Scooby, vamos curtir!

Apesar de assustado, eu estava amarradão! Conhecendo pessoas de quem eu era fã e agora se diziam meus fãs. Era tudo muito irado!

O Scooby me levou pra conhecer algumas pessoas e a Jade me mandou ir e preferiu ficar com o pessoal. De longe fiquei observando ela, tão pequena naquela multidão de gente, mas o brilho dela a tornava gigante. Ela sorria e conversava, mas no fundo não relaxava.

Ainda estava cumprimentando algumas pessoas quando o Léo chegou, a Jade colou nele. Sabia que tinha algo de errado quando ela repetiu a mesma defesa da festa de encerramento, se agarrou ao Léo.

Pedi licença ao grupo que estava e voltei pra ela e pro nosso grupo. O Léo fez a maior resenha e senti que ela relaxou um pouco. Ele veio até mim de forma discreta:

- Cuida dela. Hoje, é o seu abraço que ela precisa.

Aquela frase construiu uma Abravalandia na minha cabeça.

Não sai mais do lado dela. Onde me chamavam eu puxava ela. Aos poucos ela foi relaxando e se soltando. Curtimos juntos por muito tempo até o Gabriel Davi nos convidar pra participarmos de um trecho do desfile da Beija-Flor com Scooby e Cíntia.

Ela mais uma vez, me falou pra ir sozinho. Eu não aguentei:

- Coé, Jade? Tá de brincadeira? Eu quero muito viver essa experiência, mas quero ao seu lado. Vamos, por favor. Por mim.

Ela consentiu.

- Tá bom, vamos lá!

Mais uma vez o caminho foi uma loucura. Coloquei Jade entre mim e o segurança para conseguirmos avançar. Quando paramos na ala que deveríamos ficar, eu entendi o que estava deixando a Jade tensa daquela forma. Um grupo que estava na grade começou a me chamar e tal, quando eu acenei começaram a falar que eu merecia coisa melhor. Que "essa aí" só estava comigo por interesse. Que ela não me queria e só passou a me querer quando viu que eu estava estourado. Quando olhei pra Jade pude ver o olho dela cheio de lágrima, mas ela seguia tentando sorrir. Caralho! Era esse tipo de coisa que ela tava ouvindo ou lendo?! Fez super sentido agora a conversa dela.

Fui até ela. Peguei no rosto dela. Levantei pra mim e disse:

- Só nós dois sabemos o que a gente tem. Eu nunca coloquei em dúvida o que você sente e espero que faça o mesmo quanto a mim. Eu te adoro, Jade. Muito. Pra caralho.

Não deixei ela responder e grudei a minha boca na dela com toda pressa do mundo, dizendo a ela pra mandarem essas pessoas se foderem! Estávamos juntos porque nós gostávamos e era isso que importava.

Ela abriu a boca pra receber a minha língua e sentir Jade daquele jeito, vulnerável mas entregue totalmente no beijo era como provar o céu. Trouxe o corpo dela e ficamos ali por alguns minutos quando fui acordado pelo barulho e clarão de flashes. Senti que ela ia parar o beijo, não deixei, continuei. Me afastei lentamente.

- Deixem que falem. O que importa é isso aqui. Eu e você. Paulo André e a Jade. E no que me consta, isso aqui é bom pra caralho!

Ela riu com aquele sorriso que só ela tinha. E meu mundo voltou ao eixo.

Depois do Fim - Jade e P.A.Onde histórias criam vida. Descubra agora