Jade
Eu sabia que o PA queria muito ir pra Maldivas, mas sabia também como estava difícil encaixar uma viagem longa dessa nesse primeiro mês pós BBB.
O empresário dele estava ficando louco tentando conciliar tudo, mas ele perderia algumas oportunidades se viajasse agora. Vendo o impasse sugeri uma segunda opção, mas sem deixar a viagem para Maldivas de lado, já que era um sonho do PA e eu amaria realizar junto com ele.
Assim que chegasse em São Paulo conversaria com o Léo e ajustaria com o David uma viagem pra Maldivas, não ia deixar o PA frustrado. Ia fazer dar certo.
Chegamos ao aeroporto e nossos voos tinham diferença de minutos um pro outro. O meu saia primeiro então eu tive que embarcar antes.
- Então, é isso. Tenho que ir, PA.
- Marrentinha, vou sentir muito a sua falta.
- Eu também, muito. Vou fazer de tudo que estiver ao meu alcance para as nossas agendas se alinharem. E vai dar tudo certo com a campanha da Approve e nossa viagem vai sair e vai ser ainda melhor, porque não vai ser a trabalho. Seremos só nós dois. Te prometo que vai acontecer.
- Eu acredito em você. Vou tentar voltar a São Paulo o mais rápido possível também, tem muita coisa por aqui, então, espero que não precise demorar tanto para estarmos no mesmo CEP de novo.
- Tá. Se cuida, tá? Se alimenta, não adoece e aproveita sua família e o Peazinho.
- Você também. Para de almoçar só milho. E segura a onda na bebida.
Ficamos os dois inventando o que falar de frente um pro outro sem ter coragem de nos afastarmos. Até que o PA me puxou pra um abraço.
- Vem cá, linda. Fica bem, tá? A gente vai se falar todo dia. E o tempo vai passar rápido, já já estaremos juntos novamente. Não esquece que eu te adoro.
- Eu também, PA.
Ele então me beijou e o beijo era triste. Pela primeira vez desde o selinho que nos despedimos da casa, nosso beijo era triste. Não soltei ele quando o beijo acabou, porque não consegui segurar a emoção que o beijo causou em mim e chorei. O PA beijou a minha cabeça e falou com a voz meio embargada:
- Vai lá, Marrenta. Já já a gente se encontra.
Quando me afastei pra olhar pra ele, ele se assustou com meu choro e me abraçou de novo.
- Ah, não, Jade. Não faz isso comigo. Caralho. Como te digo tchau assim? Olha pra mim. Por favor, olha pra mim.
Eu olhei pra ele.
- Eu te prometo que na primeira folga de mais de 24 horas eu estarei em São Paulo. Certo?
- Certo.
- Agora vai.
Ele me deu mais um beijo e me soltou. Despedi do Basílio e segui pro portão de embarque. Não olhei pra trás porque doeria mais ainda. Quando me acomodei, o David segurou minha mão e disse:
- Tô aqui, tá? Pra te apoiar em qualquer decisão.
- Obrigada.
PA
Caralho, despedir da Jade doeu tanto quanto ela saiu do programa. Que sensação louca a de não saber quando estaríamos juntos novamente. Segui pro meu portão de embarque em silêncio. O Basílio então tentou quebrar o gelo quando sentamos nos nossos lugares:
- Acho que a ideia da Jade vai funcionar. Consigo uma data pra vocês viajarem em junho. Maio tá muito apertado. Fica bem, vai dar tudo certo.
- Valeu.
Eu realmente não tava muito a fim de conversar. Coloquei o fone e abri o Instagram. O story quem a Jade postou ainda era o maior acontecimento da internet. Ao invés de repostar, preferi postar uma dela que eu tinha tirado em uma das nossas primeiras noites juntos.
Escolhi a música e como legenda coloquei "Minha Marrentinha. 🤍"
Na sequência mandei uma mensagem no WhatsApp e ela já não recebeu. Ela só veria quando chegasse em casa.
Eu esperei 50 dias para estar com a Jade novamente e agora precisava me acostumar com a ausência depois de ter me acostumado com a presença. Tava foda.
O trecho do story:
"Minha faixa rosa, minha Berenice
Vamos viver no pique cidade de Deus
Diz que malandro não para e eu tô parando
Diz que malandro não gosta e eu tô gostando..."