Jade
Entramos no Lollipop e a sensação de não pertencer mais aquele quarto que eu lutei com unhas e dentes para salvar, era muito louca. Tenho um carinho enorme por todas aquelas pessoas que dividiram momentos tão especiais comigo, mas quase nenhuma ali se deu por mim por inteiro, como eu me dei por elas. E apesar, de não ter mágoa, já que era um jogo, eu prezo pela reciprocidade nas minhas relações, então a partir de agora eu as manteria em um lugar muito especial na minha vida, com muito carinho, mas eu não pertencia mais aquele grupo.
Rimos das nossas cenas hilárias e da nossa própria miséria, lembrando bons e maus momentos, foi muito divertido. Quando o clima parecia que ia aquecer entre Eli e Larissa, sim, ela ainda o culpava por ter saído do programa, ou talvez ainda precisava desse enredo, a voz chamou todos para sala.
PA
Quando o pessoal foi pro Lollipop, resolvemos ir pro Grunge também, mas na real, amizade verdadeira ali, eu só tinha com o Scooby e com o DG. Talvez uns rolês com o Gustavo, mas já com Arthur, eu sabia que não seríamos amigos como eu imaginei que seríamos. O comportamento dele nas últimas semanas do programa deixou muito claro que a nossa relação era muito frágil. Não explanei, mas por diversas vezes a voz da Jade vinha na minha cabeça. Ela enxergou a vibe dele antes de todo mundo.
Fomos chamados para a sala em meio às brincadeiras bobas e gostosas com a Lina que eu deixei claro que fui mal interpretado na cena que ela se sentiu magoada.
Quando cheguei na sala, a Jade tava em pé rodando como sempre ficava. Sentei no braço do sofá e olhei pra ela indicando o banquinho ao lado pra ela sentar.
Ela veio e trouxe o banquinho pra mais perto de mim. E fez um carinho na minha mão. Eu tava muito fudido. Qualquer toque dela, era como se eu fosse explodir. Hoje de manhã foi foda me controlar e parar onde estávamos, mas eu realmente não queria que nada acontecesse com pressa. O meu "devagar e sempre" tava dando certo até aqui.
O Tadeu apareceu na tela e iniciou a dinâmica do Dia 101.
Ele cumprimentou todo mundo e me parabenizou perguntando como eu estudava me sentindo:
- Valeu, valeu. Mano, é surreal, tá ligado? Sério. Eu não sei o que tô sentindo ainda. É muita emoção. Ontem desde que eu sai por aquela porta eu não parei de agradecer a Deus, por essa vitória. Meu coração é só gratidão, Tadeu. Na verdade é isso. Eu estou muito grato. Não vi quase nada, conversei com minha família, vi o Peazinho, fiquei grudado nele o máximo que eu pude, então basicamente é isso. Algumas coisas eu soube por alto, mas na real, só quero saber do que é bom. Se tem alguma coisa que falaram de mim, que não foi bom. Mil a zero. Pra mim, ficou pra trás. Agora eu quero realizar sonhos e voltar as pistas.
- Isso ai, meu campeão. Mas eu quero saber, so conversou com sua família, é? Não conversou com nenhum ex-participante com você divide os buckets?
O Pedro tinha que fazer graça:
- Comigo né, Tadeu?!
Todo mundo riu.
- Então, conversei sim. Tudo esclarecido.
- Sim, esclarecido como? A gente não tem mais câmera e microfone para ver e ouvir as conversas de vocês, compartilhem com a gente. Vai Jadeeee!
Ela respondeu:
- Ai, Tadeu! Então, resumindo nossa conversa longe das câmeras é que a gente agora deixou um pouco as nossas broncas de lado e vamos ver no que vai dar.
Ela me olhou e deu uma piscadinha. Todo mundo riu e a dinâmica seguiu.