Capítulo 25 - Sapucaí EXTRA

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PA

O Scooby é praticamente dono do Rio de Janeiro. Já estávamos nos encaminhando pra irmos pro hotel quando ele disse que teria um After com L7. Olhei pra Jade:

- Let's?

- Let's.

Eu precisava aproveitar todo o tempo que eu tivesse com ela enquanto nossas agendas estavam se cruzando. Depois daquela semana eu não fazia ideia de quando nós veríamos novamente.

Sair do camarote foi uma loucura. Chegamos no show do L7 já tinha começado. Avisaram a ele que tínhamos chegado ele nos chamou pro Palco. E mais uma vez um sonho virando realidade.

Irado pra caralho! Eu não tinha nem palavras.

Começou a parte do show em que ele manda as love songs e eu fui pra perto da Jade que estava com a Cíntia. A Jade tava "embrazadinha", mas nunca ia admitir.

Eu amava ver ela assim. Porque ela se soltava mais. Dançava mais, daquele jeito de quem engoliu um cabo de vassoura, mas dançava. Ela era linda de qualquer jeito.

Começou a tocar Geribá e eu abracei a Jade e cantei no ouvido dela:

"Ela não é o trem
Porque o trem sou eu, yeah
Que quando ela vem
Eu agradeço a Deus
Tem várias do meu lado
Eu quero tá do teu
É, que essa vida louca pra nós dois já deu
E linda, se você quiser
Eu também quero ter um tipo de vida igual
Nós dois viu na TV
Com casa, cachorro e gato, gata é você
Verdade mesmo é que ela é aula
E eu só quero aprender (aprender)

Lembro quando nós nem tava junto
Mas se falava direto
Geral dizendo que nós combina muito
Mesmo nós não tando perto
Olha pra mim, olha pra nós
Nem precisa dizer que deu certo
Claro que eu vim pensado em nós
Vivendo junto, claro que eu quero

Eu quero fazer tudo diferente
Tô pensando muito mais na gente
Olha como a vida é louca
Nós dois junto e pouca roupa
Se é que tu me entende
Quero fazer tudo diferente
Tô pensando muito mais na gente
Olha como a vida é louca
Doido pra beijar tua boca
E a culpa é da gente..."

Era muito a cara da gente essa letra. Quando fui beija-la, ela foi mais rápida.

Ela me beijou como poucas vezes tinha feito. Ela me beijou como se estivéssemos só nós dois num quarto. Ela mordeu meu lábio com força, passando a língua na sequência. Desceu a mão nas minhas costas passando as unhas e caralho, eu tava fodido. Afastei minha boca um pouco.

- Marrenta, é melhor a gente parar. Estamos do lado do palco. Todo mundo olhando pra gente o tempo todo.

Ela suspirou alto. Me deu um selinho e se afastou devagar, virando de costas pra mim. Depois dessa provocação a rata virou a bunda pra mim. A bunda.

Ela não era nem maluca de começar a me provocar. Me abaixei um pouco para abraçá-la por trás pra que ela sentisse o que fez comigo.

- Entendeu agora porque a gente precisava parar?

Ela se esfregou em mim. Caralho. A Jade hoje tava pro crime. E fez cara de paisagem olhando pro show como se nada tivesse acontecendo.

- Sua sorte Jade Picon é que tem milhões de celulares filmando a gente nesse momento e eu não posso vacilar de perceberem como eu tô. Mas o show tá acabando, a gente vai pro hotel e eu vou descontar essa sua provocação, como você merece.

Ela gargalhou e respondeu:

- Não vejo a hora.

Caralho. Eu tava muito fodido. Eu já disse isso? Então, eu tava muito. Pra caralho.

Depois do Fim - Jade e P.A.Onde histórias criam vida. Descubra agora