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Babi on

Meu sorriso morre assim que eu vejo o homem na porta. Não consigo identificar por conta do rosto coberto, mas tenho certeza que não é o meu Victor.

Eu não devia ter pego a mania do Victor de deixar a porta destrancada. Não costuma a ter vapores na nossa porta, eu optei por ter a vida mais normal possível.

Percebemos que foi que uma péssima escolha.

X: tem mais alguém em casa ? - nego.

Babi: o que você quer ?

Sei que isso não é um assalto . Ninguém em sã consciência assaltaria a casa do Victor. É suicídio.

Eu ainda estou imóvel em cima da cadeira sem saber o que fazer.

X: cadê o Coringa ?

Babi: trabalhando.

Me movo pra tentar descer da cadeira mas recuo quando tenho uma arma apontada na minha direção.

O homen alto e magro na minha frente pega o telefone no bolso e liga pra alguém, mas não para de mirar em mim.

X: ele não tá.... Não, só uma garota...- ele me encara - o trabalho era passar só ele .... Você... você .... entendi.... Três .

Eu não tô entendo porra nenhuma. Meu coração acelera quando ele engatilha a arma.

Babi: ei, calma aí. Eu não fiz nada.

X: foda- se.

Leva alguns segundos pra eu entender a gravidade da situação, só percebo que estou ferrada quando eu sinto a minha barriga arder e meu corpo cair da cadeira no impacto. A travessa caiu antes de mim, então quando caiu o chão está coberto de caco de vidros. O que me gera outros ferimentos.

Não tá doendo, só ardendo.

A adrenalina não deixa eu sentir o quão dolorido Ísis deve extra sendo.

X: nada contra, só fazendo o meu trabalho.

Há um segundo disparo contra o meu corpo, outra área da minha barriga começa a arder.

Eu sinto o meu corpo ficar quente e ensopado, acho que estou perdendo muito sangue. Não consigo erguer a cabeça pra olhar. Minha cabeça lateja.

O homem de máscara volta a apontar a arma pra mim.

X: eu prefira ter feito um trabalho limpo. Mas ordens são ordens- ele aponta a arma pra minha cabeça - tenho um recado - você devia ter ficado em Santa Catarina. Sua volta foi o começo do fim.

Eu não consigo prestar atenção nas palavras direito, sinto que minha boca tá se enchendo de sangue.

Quando foi que ficou tão difícil respirar ?

Observo a arma ainda apontada na minha direção. Fecho os olhos e me preparo pro pior.

O barulho de um tiro é a última coisa que escuto antes de apagar por completo.

                                            🌪

Coringa on

Não sei como cheguei aqui, só sei que estou em casa.

Acho que meus batimentos cardíacos nunca estiveram tão altos.

Assim que entro em casa vejo a luz da cozinha acesa, o lugar está em silêncio.

Lucca tá logo atrás de mim também armado.

Quando entro na cozinha meu corpo paralisa. Bárbara tá caída no chão e tem tanto sangue envolta do corpo dela, já tá virando um poça.

Lucca: porra ....

O que mais me chama atenção é o homem parando de joelhos do lado dela tentando estancar o sangramento com alguns panos de louça.

Ivan: acorda porra - ele grita comigo - vai pegar o carro.

Eu não consigo me mexer.

Lucca: eu pego - ele pega a chave da Bárbara em cima da mesa e corre pra rua.

Ivan: ela tem que ir pro asfalto. VICTOR- ele grita comigo - me ajuda, se você não quer que ela morra me ajuda-  concordo me aproximando- segura o pano, vou chamar a sua mãe pra ir com vocês, ela sabe os primeiros socorros.

Ele se afasta um pouco pra ligar.

Eu mantenho o pano em cima do sangramento, parece que foram dois tiros um perto do outro. Tem
tanto sangue que tá me deixando nervoso.

Perto do corpo da Bárbara tem um cara morto. Como Ivan chegou aqui?

Acontece tudo muito rápido, Helen chega desesperada e o Lucca me ajuda a por a Bárbara no carro.

Ivan: não posso ir com vocês - ele lembra.

Lucca tá no banco da frente, Helen, Bárbara e eu no de trás. Ela tá com cabeça deitada no meu colo e a minha mãe tá tentando estancar o sangramento.

Helen: acelera Lucca. Tem muito sangue, isso não é bom. Acho que perfurou o fígado.

Fico em silêncio observando a Bárbara.

Helen: Victor- ela me chama - você tá tremendo - ela pega o meu pulso - sua pulsação está muito alta, tenta se acalmar. Por favor.

Me acalmar ? Me acalmar?

Bárbara tá morrendo, essas balas eram pra mim. E agora estão nela.

A mulher que eu amo desde pivete  tá morrendo ...

Eu puxei briga na sexta.  A gente passou o final de semana todo brigado por estupidez minha e agora olha só onde estamos.

Coringa: escuta só Bárbara, você não pode me deixar. Isso é uma ordem,  você não pode me deixar....

Quando ela tava em Santa Catarina eu sabia que ela estava bem, não era mais minha, mas estava bem.

Mas isso aqui ? Isso é loucura. Perder  a Bárbara é o meu pior pesadelo.

Meu peito começa a doer e fica difícil puxar o ar.

Coringa: você não pode me deixar- sinto minha visão ficar embaçada- por favor Bárbara.

Helen: Victor, você está hiperventilando. Acho que você está quase tendo um ataque cardíaco. Por favor, tenta se acalmar.

                                         🌪

Vocês tem razão. Eu amo uma confusão😇😇

Amor  Bandido Onde histórias criam vida. Descubra agora