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Babi on

Ah, ele veio me ver de novo.

Só que dessa vez trouxe uma caixa de pizza e açaí. Me ganhou pelo estômago.

Lucca: eu não entendi o conceito da série. Eu tô me sentindo mais burro que o normal- isso me tira uma risada.

Babi: eu também não, mas não consigo simplesmente abandonar.

Lucca: doida.- ele se ajeita no sofá - olha, mão vou mentir na primeira oportunidade que você me der eu vou bancar o atacante, mas se você não der a gente pode continuar na amizade . Tudo bem pra você ? Tô curtindo isso aqui.

Babi: claro. Agora assiste pra não ficar reclamando que não entendeu nada .- ele sorri e volta atenção pra Tv.

Lucca foi uma companhia agradável durante a noite, ele chegou as 19:00 e foi embora as 21:30. Ele assistiu e conversou sem dar em cima de mim nenhuma vez. Eu super aceitaria ter uma amizade com ele, desde que seja só isso. Quando ele quer consegue ser agradável.

Foi só ele sair da minha casa que a Tainá surgiu do chão me enchendo de perguntas.  Falei pra ela sobre o Lucca e sobre o que aconteceu quando eu estava fechando o escritório.

Dizer que ela surtou é desnecessário.

Tainá: isso foi claramente uma ameaça - ela murmura futucando a minha geladeira.

Tainá se acha a dona da minha casa, ela já chega mexendo na geladeira e ainda reclama se não tiver o que ela quer comer.

Babi: inacreditável...

Tainá: só pra você é inacreditável, eu super acredito que essa  vaca jogou baixo- eles pega o doce de leite e vai até a gaveta pegando uma colher- Você precisa contar pro Victor, ele que de um jeito na cadela dele e no cachorro da cadela dele.

Babi: não. Isso só ia piorar, correr pro Victor não é uma opção. - já tô com fama de amante, não quero a de de protegida.

Tainá: ou ele dá um jeito ou eu vou dar. Vou socar tanto aquela ariranha que ela vai se arrepender de ter se metido no seu caminho.

Babi: vai fazer o que bater nela ?- Cruzo os braços.

Tainá: ah, que lindo. Você me conhece tão bem, vou até fazer um daqueles tacos  de the walking dead, cheio de arrame farpado. Vou destituir aquela piranha.

Babi: você não faria isso - ela me encara - tá bom, você super faria.

Tainá: alguém tem que por aquela piranha no lugar dela. Ai Babi, eu tô só pelo dia que você vai jogar na cara dela que tem o Victor na palma da sua mão, que você é quem ele deseja, que ele é só usou ela de tapa buraco. Nossa, fico até excitada com o pensamento de você humilhando ela.

Babi: você realmente acha que em algum momento eu vou fazer algo do tipo ? Humilhar e bater na minha própria irmã?

Tainá: uma hora  sua paciência vai acabar e você vai explodir.  Você não vai conseguir fingir que ela não é uma filha da puta.

Babi: então tá né.

Tainá: olha, eu ainda acho que seria sensato contar pro Victor. Sei lá o que a doida e aquele  podem fazer. Ah, e compra um doce de leite melhor, esse é ruim.

Babi: garota folgada.

                                          🌪

Coringa on

Ok. Essa situação é muito desconfortável.

Helen: Babi me disse sobre a teoria dela.

Coringa: ela tem uma forma diferente de analisar os fatos.

Helen: então não acredita na possibilidade? Não acredita que eu eu possa ser sua mãe?

Coringa: você acha que eu posso ser seu filho?

Helen: é difícil pra mim. Ao mesmo tempo que eu quero que você seja, que eu não tenha perdido meu menino e ele esteja vivo e bem aqui na minha frente, eu não quero acreditar que matearam você escondido de mim, que me privaram de vê-lo crescer.

Coringa: o seu filho... ela era do Ivan ?

Helen: era.

Coringa: meu pai disse que minha mãe me abandou logo que eu nasci.

Helen: eu fui embora logo depois do meu parto. Foi complicado, meu bebê morreu e minha mãe descobriu quem era o pai dele. Não deu muito certo pra mim.

Coringa: não consigo imaginar você e ele. São tão diferentes.

Helen: seu pai- ele dá um sorriso triste - ele fingia ser alguém que não era, me fazia falsas promessas, declarações falsas. Não conseguimos controlar o coração querido, nos apaixonamos por quem menos esperamos. E acho que você entende o que eu estou dizendo.

Coringa: você quer um exame ? Quer fazer o DNA ?

Helen: não posso força-lo, a escolha é sua, mas eu adoraria acabar com essa dúvida. Gostaria de saber se você é o meu bebê.

Coringa: dois exames de DNA em menos de um mês....

Helen: sinto muito pela situação com a Bárbara, nem posso imaginar o quão difícil deve estar sendo pra você.

Coringa: é uma merda - ela concorda- um exame que pode foder com a minha vida.

Helen: eu tenho fé que vai dar negativo - ela da um sorriso reconfortante- o destino não seria capaz de fazer isso com vocês. Um amor tão bonito não pode ser destruído.

Coringa: espero que dê tudo certo, e o resultado de negativo. Isso tá me deixando ansioso pra caralho.

Helen: eu sou terapeuta também, se precisar pode me procurar. O que for dito vai ficar entre nós, não vou dizer pra ninguém nem para a Bárbara. Pode confiar.

Coringa: valeu, mas prefiro manter pra mim.

Helen: claro.

Coringa: eu faço o exame - os olhos dela até brilham de empolgação - mas não fique com muita expectativa.

Helen: acho que já é tarde demais pra isso querido.

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