Capítulo 30

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Medrado : Fica na paz, Dora! Me aciona qualquer coisa. - Eu assenti, e a minha avó me esperava na porta.

O Medrado arrancou com a moto dali, e eu fui caminhando até o encontro dela, ainda com dores no pescoço.

Dalva : O que foi isso, Doralice? - Me olhou preocupada, e eu neguei.

Doralice: Vamo entrar, vó. - Ela segurou na minha mão, e me levou pra dentro.

Dalva : Ele te agrediu? - Foi até a cozinha, pegando um copo de água. - Filha, não precisava ter ido até lá. - Me entregou o copo, e eu neguei. - São coisas materiais, eu conseguia comprar algumas coisas depois. - Olhou a redor, vendo o estrago.

Doralice: Tá tudo bem. Não se preocupa. - Minha voz saiu desanimada, e só conseguia lembrar que mais tarde, eu teria que voltar pro cativeiro onde o KL me colocou.

Respirei fundo, e a coitada da minha avó parecia cansada.

***

Acordei no outro dia, com forte dores de cabeça e eu percebi que tinha dormido no sofá. Mas a minha vó me confortou aqui por inteira.

Levantei cambaleando, com as mãos na cabeça e fui até a cozinha. Procurei uma caixinha de remédios, onde ficava todos esses medicamentos.

Achei uma dipirona em comprimido, e engoli rápido.

Droga! Fui pra frente do espelho, e observei bem as marcas no pescoço. Sumiu um pouco, mas ainda estava bem visível.

Dalva : Bom dia, princesa da vó! - Vi ela surgir do quarto dela, com um sorriso no rosto, e eu dei um beijo na testa dela. - Joguei o resto das coisas fora. - Colocou as mãos na cintura, e respirou fundo como se tivesse cansada. - KL vai pagar.

Ouvi baterem na porta, e eu fui abrir. Me deparei com o Medrado, e mais dois vapores.

Medrado : KL tá te chamando. Disse que é pa tu colar na boca, que depois ele vai te levar pra casa. - Ia fechar a porta, sem nem responder, e ele colocou a mão no meio. - Tu sabe o que vai acontecer se tu não brotar lá, não é? - Me olhou meio desapontado, e eu assenti.

Doralice: Posso me despedir da minha avó? - Ele concordou, e eu fechei a porta mesmo assim.

Dalva : O que é isso, Dora? - Colocou a mão no peito, como se tivesse preocupada. - Tu não vai voltar com ele. Não vai! - Foi pra frente da porta, e com o coração apertado e eu abracei a mesma.

Doralice: Tô fazendo pela senhora, tá bom? - Senti umas lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Doralice. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora