Cheguei na penitenciária, e desci. O nervosismo tomou conta do meu corpo, mas me veio várias lembranças na mente.
Doralice: Não vou demorar. - Ele assentiu.
Eu entrei na penitenciária, e eles me direcionaram até uma sala, mas um dos policiais disse que eu era problema dele.
Coutinho : Vou levar ela diretamente pra sala, é visita íntima. - Ele segurou meu braço, e piscou pra outro policial lá. - Calma, relaxa! Mulher do Mancini? - Assenti. - Então, a arma já ta reservada, assim que atirar, pode sair que o resto eu cuido. - Concordei. - Ninguém aqui gosta dele, então vai ser bem fácil de falar pra justiça. Traficante do tipo dele, a justiça não faz muita questão de ter julgamento. - Ele parou em frente a uma porta, e abriu. - Não amarela! - Me entregou a arma disfarçadamente, e eu coloquei dentro da bolsa.
Eu entrei na sala, e sentei na cama. Olhei os bolinhos que eu tinha trago, e ajeitei tudo.
Depois de uns 3 minutos, ouvi a porta se abrir e me virei.
Vi o KL parado, olhando fixamente pra mim, e ele não parecia surpreso.
Ele tá mais magro, mais cansado. Toda aquela marra dele, foi embora.
Olhei ele por inteiro, e ri fraca.
KL : Veio aqui pra rir de mim? - Sentou na cama, e eu saí de perto.
Doralice: É que você tá mais feio. - Ele negou, ficando sério.
KL : E você tá mais linda! - Assenti.
Doralice: Tô sendo bem tratada, muito bem tratada! - Ele assentiu. - Me disseram que ninguém aqui gosta de ti, então vim mostrar minha solidariedade e dizer que eu gosto. - Dei a cestinha com bolinhos pra ele. Os bolinhos que ele gostava.
KL : Ah, sério? Sério? - Deixou a cesta de lado. - Foi mal, eu não curto mais bolos. - Suspirei.
Doralice: Muita desfeita com meus bolos. - Ele me olhou.
KL : Filho da puta do Mancini me deixou sem pau. - Eu ri.
Doralice: Pelo menos fez alguma coisa de útil. - Ele me olhou. - Era pra ter te deixado aleijado. Mas sem o pinto também foi uma ótima idéia. Dessa eu não sabia. Meu marido sempre me surpreende. - Ele assentiu.
KL : Tu me desculpa? De verdade? - Eu concordei. - Porra, já tô aqui a quatro anos, e não paro de pensar nas merdas que te fiz. - Sentei do lado dele. - Filho da puta do
Doralice : Claro, desculpo. Aliás, temos que perdoar. - Ele pegou um dos bolinhos, e colocou na boca.
Observei cada movimento que ele fazia, até ver ele morder e meu coração palpitar de felicidade.
KL : Eu não sei porque tu agendou essa visita, mas queria agradecer real por ter vindo. - Olhei pra ele, e me afastei. - Aquele dia eu te deixei pra morrer.. - Ele começou a coçar a garganta. - Porra.. - A boca dele tinha começado a ressecar. - Doralice.. Me.. dá água. - Ele caiu no chão, e eu fiquei assistindo.
Doralice: Água? Eu te pedi água, lembra? Eu te pedi comida, te pedi que me deixasse ir embora! Mas não, você enfiou minha cabeça dentro de uma caixa de água. Quebrou duas costelas minhas, e fraturou um osso do meu pé. - Ele tava morrendo no chão, e eu olhava pra ele. A boca dele já estava começando a ficar com lesões, e ele ficava colocando a mão na garganta, e procurava o ar. - Me batia, me humilhava e me privou de ter uma vida feliz durante muito tempo. Mas esqueceu que você tava lidando com a Doralice, Doralice que não rendia fácil. Kyan, sinto muito.. Sinto de verdade, mas seu fim, chega aqui. - Puxei a arma, e eu vi ele agoniar no chão.
Doralice: Homem que bate em mulher na quebrada, não rola. Ainda mais, se a mulher for eu.
Eu queria que ele tivesse uma morte lenta e dolorosa, pra ele pagar todos os anos de sofrimento que ele causou.
Não pensei muito, e atirei. Atirei na cabeça dele, e vi sangue pra todo lado. Não sei como vão limpar isso, só quero que não caía sobre mim.
Bati leve na porta, e o tal Coutinho demorou um tempinho pra abrir.
Coutinho : Tudo certo? - Assenti. - Sai por ali.. - Apontou. - A barra já ta limpa. - Não dei muita moral pra ele, entreguei a arma e saí por onde ele falou.
Saí caminhando lentamente, pra não dar na cara. Avistei o carro longe, e fui correndo. Percebi que ele tinha se afastado um pouco da penitenciária, e os vidros estavam fechados.
Doralice: Vai, Maguin! Abre! - Entrei no carro, e me assustei quando vi o Mancini. - Amor? - Abracei ele forte, e abri um sorriso enorme. - Deu certo, deu certo! Tá queimando no inferno. Agora vaza daqui, vai. - Ele deu partida, e tirou a gente dali.
Mancini : Doralice, tu é maluca! Papo reto. - Eu contei tudo pra ele, que me ouvia atentamente. - Eu te amo, loirinha! Te amo mermo. - Me olhou. - Não precisa se preocupar com o corpo, já tá tudo esquematizado. - Concordei.
Doralice: Presta atenção no carro, agora! - Olhei pro banco de trás, e vi a sacola que tinha pedido pro Maguin comprar. - Aliás, cadê o Maguin? - Peguei a sacola, e ele continuava dirigindo.
Mancini : Eu tava preocupado, e arrisquei. Mandei ele fazer minha segurança, e depois vazar pro morro. - Assenti, e tirei duas caixinhas de madeira da sacola.
Doralice: Amor, para o carro.. - Ele riu.
Mancini: Parar o carro aqui, Doralice? Logo aqui? - Eu assenti.
Doralice: É a praia vermelha, não é? - Ele concordou. - Vem! - Abri a porta do carro, e ele ficou resmungando.
Mancini: Não posso ser visto aqui, maluca! - Puxei a mão dele, e tomos correndo, do mesmo jeito de quando tínhamos 9 anos.
Doralice : Isso te lembra algo? - Ele concodou.
Mancini: Nossa primeira vez aqui, nesse mesmo lugar. A diferença é que tava de noite, e agora tem um sol. - Eu ri.
Levei ele pro lado que o sol não focava muito na gente, e sentei na areia.
Doralice : Senta.. - Coloquei as duas caixinhas na areia.
Eu não ia contar pra ele agora, mas eu quis.. Eu quis contar que ele vai ser papai nesse exato momento.
Mancini : Que caixas são essas, Dora? - Riu, mostrando aquele sorriso lindo.
Doralice : Abre! - Ele fez o que eu pedi, e ele viu dois óculos. Um de armação azul, e outro de armação rosa. - Parabéns, papai! - Ele olhou pros óculos, e logo mirou os olhos em mim. Desceu o olhar pra barriga, e ficou em êxtase.
Mancini: Não ta brincando comigo não, pô? - Eu neguei, e uma lágrima escorreu pelo rosto dele. - Porra! Sério mermo? - Assenti. - Caralho, Dora! Tu me enche de orgulho, sempre. - Veio me beijar, e eu beijei ele. - Te amo, loira! Te amo!
Doralice: Eu te amo, nerd bobão! Eu te amo! - Beijei ele, e o fundo valorizou muito a gente.
O sol iluminando os olhos cor de mel, e o vento frio e calmo atingindo a gente. O som do mar, as aves voando, o céu azul, a areia favorável, minha companhia favorita e a nossa cria no forno.
Nossa história teve altos e baixos, mas o bem prevalece e o nosso amor só cresce.
Doralice : Eu te amo pra sempre, meu nerd bobão preferido! - Olhei pra ele, que ria.
Mancini : Eu te amo pra sempre, minha loirinha marrenta preferida! - Beijou minha testa.
Fim!
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Doralice. (CONCLUÍDO)
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