Capitulo 52

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[...]

Medrado me deixou em casa, e por incrível que pareça, o KL tá aqui. Achei estranho, pois ele tinha dito que ia passar o dia todo na boca.

Vi a mesa quebrada, mas deduzi ter sido o cachorro. Pó no chão, whisky aberto. Que caralho o KL fez aqui?

Doralice : Que merda rolou lá em baixo? - Perguntei assim que vi.

KL : Trouxe umas colegas pa cá, sacou? - Secou o cabelo, enquanto saía do banheiro.

Doralice: Descarado pra um caralho, irmão. - Não quis debater sobre quem ele trouxe, não dou a mínima. Passei a mão pelo cabelo, caminhando inquieta.

KL : Qual foi, Dora? - Vi ele se aproximar de mim, com os olhos meios vermelhos, mas eu não liguei pra isso. Me sentei na cama meio abatida.

Doralice: Minha avó.. - Tirei minha blusa, ficando só de sutiã. - Minha avó tá doente. - Ele passou a mão pelo meu ombro.

KL : Porra, sério? - Concordei. - E agora? Quê que tu vai fazer? - Sentou na cama.

Doralice: Eu vou cuidar dela.. - Ele concordou.

KL : É o certo, não é, pô? - Se apoiou na cama, mantendo os olhos concentrados nos meus seios.

Doralice: Vou cuidar dela na casa do Mancini. - Ele tirou os olhos dos meus seios, concentrando nos meus agora.

KL : Ixi, Doralice. Qual foi? Que idéia de maluco é essa? Tá fora da casinha, caralho? - Levantou da cama, meio puto.

Doralice: Qual foi? Qual foi que eu vou cuidar dela sim. Você querendo ou não. - Fui até ele, que tava na laje de costas pra mim. - Tu tá me devendo essa. Confia em mim ou não? - Ele permanecia em silêncio, olhando pra favela. - Tá me ouvindo?

KL : Tô. Tô ouvindo sim! - Me olhou bravo, e eu toquei nele com dificuldade.

É necessário ganhar a confiança desse otário primeiro. Mas que ele tá estranho, ele tá.

Doralice. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora