Capítulo 33

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Eu saí da sala com uma dor no coração, e de cabeça baixa.

Desci as escadas rápido, e vi o Medrado ainda como soldado na entrada da boca.

Doralice: Me dá uma caneta e um papel, rápido. - Ele se assustou, e apontou o fuzil pra mim. - Vai se foder! Tira essa merda da minha cara.

Medrado: Porra, Doralice! Faz isso não, irmão! - Tirou o fuzil, e ficou bolado. - Que caralho eu ia fazer com caneta e papel na minha mão? Aprender a escrever? - Os moleques que estavam como soldados, começaram a rir, e eu fingi dar risada.

Doralice: Ta engraçadão hoje. Comeu o quê? Carne de palhaço? Idiota!

Xxx : Toma! - Um homem que eu nunca tinha visto aqui, me deu uma caneta vermelha e um pedaço de papel.

Doralice: Tá vendo, bando de idiotas? Andem preparados. - Peguei a caneta, e o papel. - Obrigado, moço! - Ele permaneceu com a cara fechada, e eu fui até a parede da boca, apoiando o papel e comecei a escrever um pedido de ajuda pro Mancini.

O papel era pequeno, não tinha muito o que escrever.

"Me ajuda, por favor!
Ass : Doralice."

Coloquei isso no papel, e esperei o Canhoto descer.

Devolvi a caneta pro moço, e fiquei um pouco afastada da boca, pro KL pensar que eu já tinha saído.

Esse moleque é um lixo, me arrependo de não ter feito um estrago naquele barriga de bosta dele. Deveria ter tirado todas tripas dele, e ter jogado pros cachorrinhos abandonados aqui do morro.

Aposto que seria capaz dos bichinhos morrerem de intoxicação.

Saí dos pensamentos, vendo o Canhoto descer armado da boca, como de costume. Eu me levantei do banco que tinha próximo, e fui pra perto da boca.

Doralice: Canhoto? - Chamei ele disfarçadamente, sem sair muito o som da mim voz.

Ele subiu na moto, mas me viu parada olhando pra ele, e eu observei os lados, vendo se ninguém tava me olhando.

Chamei ele com as mãos, e o mesmo veio até mim.

O Medrado ficou observando a gente de longe, mas ficou quietinho.

Canhoto: E aí, princesa! - Fez toque comigo. - Ta tudo em paz? Vi teus olhos vermelhos, parecia que queria chorar. - Cruzou os braços, enquanto ainda tava sentado na moto.

Doralice : Não, não ta nada em paz! - Olhei nos olhos dele. - Entrega isso pro Mancini, por favor. - Entreguei o papel discretamente pra ele, e o mesmo pegou, guardando no bolso. - Agora vai, antes que o KL apareça. - Ele concordou.

Canhoto : Muita paz, garota! Tu vai sair dessa. - Eu assenti, e ele arrastou com a moto.

Doralice. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora