Capítulo 47

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Me despedi dela, e logo saí da casa com ele.

Mancini : Igão, vou deixar a dona ali na Babilônia, já volto. Fica pelas ordens, e se eu não voltar em 50 minutos, manda ir atrás. Não confio em uns faixas ali não. - Me olhou cínico. - Demorou? - O tal do Igão assentiu, e ele tirou a moto da garagem.

Doralice : Vai sem camisa? - Ele olhou pro corpo dele, procurando algum defeito.

Mancini: Tô gordo, feio? - Neguei, olhando pro físico desse gostoso filho da puta. - Qual foi? Vai me comer com os olhos? É bom, não é? Brincar com a cara dos faixas. - Abriu o portão, e eu saí sem nem responder. - Brinca comigo não, sacou? - Fingiu que ia me beijar, e eu voltei com a cabeça. - É, brinca não! Gostou? Em? Pelo visto, sim. - Ri de canto, com ódio.

Subi na moto, e não quis segurar na cintura dele.

Mancini : Pode pegar no físico do pai, eu deixo. Relaxa, tu é a única. - Deu risada, dando partida na moto.

Doralice: A única em quê? A subir na moto? Porque nesse corpo aí, pode ter certeza que não.

Mancini: Me guardei pro nosso casamento! - Arrastou da favela, e o maluco foi sem camisa, apenas armado.

[...]

Mancini: Tá entregue. - Desci da moto, tirando o capacete e entregando pra ele. - Vai levar tua avó no hospital amanhã? - Assenti. - É isso aí, pô. Qualquer parada, me liga. - Piscou pra mim.

Doralice: Uma pena eu não poder te dar um beijo, porque meu marido tá olhando. - Debochei dele, e Apontei disfarçadamente pra boca, onde o KL fumava um, sem notar nossa presença.

Mancini: Diz pra ele que vou roubar a esposa dele. - Me olhou por inteira, dando uma mordida de leve nos lábios. - Uma puta gostosa! - Gritou alto, e eu coloquei minha mão na boca dele, fazendo com que ele fizesse silêncio.

Doralice: Pau no cu! - Ri alto, e tirei a mão da boca do mesmo.

Mancini: Passa a mão aqui, ó. - Pegou minha mão, e tentou levar até a barriga dele. - Se falar que não sou gostoso, tá mentindo.

Doralice: Sim, um gostoso. Agora vai embora! - Dei de costas, e sai com vergonha. Senti os olhos dele pesarem sobre mim, e a voz dele ecoar.

Mancini : Doralice.. - Me chamou, e eu parei, olhando pra ele devagar. - Tu ainda vai ser minha Rapunzel! Minha, só minha. - Repetiu o "só minha" baixinho, e arrastou a moto dali.

Esse moleque tem meu coração em níveis absurdos

Doralice. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora