Doralice.
Já são dois dias sem ver a minha avó, e hoje eu vou visitar ela. O Yan, digo.. Mancini; me passou a localização e tudo certinho.
O KL tá em paz comigo esses dias. Sei que é temporário, e sei mais ainda que ele tá cheirando muito pó pra ficar tão bem assim.
As coisas na comunidade estão indo bem. Mais um motivo pro KL me deixar em paz.
Me olhava no espelho, enquanto colocava um brinco. Reparei na minha barriga, e passei a mão por ela.
KL : Ta afim? - Vi ele no espelho, atrás de mim. Ele olhou pra minha barriga, e dei uma risadinha.
Doralice: Deus me livre! - Peguei minha bolsa, saindo da frente do espelho.
KL : Até quando essa greve de sexo vai durar? - Tampou minha passagem, e eu revirei os olhos.
Doralice : Entenda que não é greve sexo. Realmente eu não vou mais transar com você. - Fui pra sair, e ele segurou no meu queixo.
KL : Essa tua marra me deixa excitado. - Me encurralou na parede. - Já tem dias que tu não me beija, que tu não me toca. Tá me mandando dormir no sofá, e quando eu recuso, tu troca de quarto. - Foi beijando meu pescoço, enquanto eu tentava empurrar ele pra longe. - Eu sou homem, Doralice! Eu preciso disso. Nenhum homem aguenta tanto tempo sem uma mulher. - Eu me debatia, mas ele não recuava. - Tudo bem, eu até entendo tu não querer ter uma cria comigo, mas porra.. negar sexo?
Doralice: Me solta, Kyan! - Consegui desprender minhas mãos, e empurrei o mesmo. - Que droga! Procura suas garotas, faça o que quiser. Não ligo para os comentários da comunidade. Só me deixa em paz, me deixa ficar sossegada. - Ele passava a mão pela cabeça impaciente.
KL : Tu vai pra onde? - Saí do quarto quase correndo, e ele veio atrás.
Doralice: Vou ver minha avó. - Abri a porta da sala, e sai sem me despedir.
Respirei fundo, e abri o portão. Vi o Canhoto do outro lado da rua, e acenei pro mesmo.
Arrumei meu cabelo, e fui até o encontro dele.
Doralice : Oi.. - Ri simpática, e dei um abraço fraco nele. - Nossa, que linda essa moto em! - Ele riu satisfeito, e eu subi na mesma.
Canhoto : Mancini me deu de presente. - Olhei pro portão, e vi o KL olhando pra nós dois. O ódio no olhar dele era nítido.
Doralice: Sério? Ele é um grande homem! - Falei ainda mantendo meus olhos concentrados no KL. - Canhoto, vai.. - Ele viu pra onde eu tava olhando, e acelerou a moto.
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Doralice. (CONCLUÍDO)
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