Capítulo 62

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Depois de uns minutos na estrada, eu avistei o tal galpão. O Medrado parou na frente, e deu sinal pra gente parar também.

Medrado : Soldados do KL, sacou? Vão ter que largar o aço nos quatro. - Dei os comandos pros dois soldados que tavam no carro. Eles saíram devagar, e eu acionei o radinho do Canhoto.

Disse pros outros dois que estavam na moto entrar em posição também. Pra não ter estresse com trocação de tiro.

Lilo deu a ré, e os 4 soldados mantiveram a posição.

Contei até 3, e eles atiraram. Minhas armas são todas silenciadas, justamente pra isso.

Mancini: Vai caralho, entra! - Eles entraram no carro. - São só esses? - Ele concordou. - Então vai na frente, só por garantia. - Ele assentiu.

Ele ligou a moto, e arrastou pra perto do galpão.

Mancini: Espera, espera.. Não vai agora! - Parei as 4 motos, e o outro carro que tava atrás. - Deixa ele ir na frente.

Fiquei observando ele chegar perto do galpão, e descer da moto. Esperei mais uns dois minutos, e ele deu sinal pra gente encostar.

Mancini: Vai. - Lilo ligou o carro, e nós chegamos perto.

Só era matagal, bem distante mesmo!

Desci do carro, checando se eles estavam mortos.

Mancini: Abre logo esse caralho, porra! - Medrado procurou a chave no bolso de um deles, até achar.

Me afastei do portão, e deixei só o Medrado abrir. Vai que tem mais soldados lá dentro.

Mancini: Posição, porra! Posição! - Destravei minha peça, e fiquei na posição. - Pode abrir, Medrado! - O Medrado abriu o portão.

Canhoto : Tá limpo, Mancini. - Fez sinal, e nós entramos.

Entrei no galpão, e é grande pra caralho. Escuro e bem sujo.

Mancini: Cadê ela, porra? - Procurei ela, e não achei.

Medrado: Por aqui.. - Me levou pra um lugar afastado, onde tinha muita água.

Mancini: Filho da puta deixou ela largada nesse lugar igual animal? - Ele assentiu.

Medrado : Só relaxa quando ver ela. - Neguei.

Medrado : Ta aí. - Vi umas tábuas na frente, e uma caixa de água. Me aproximei, e vi a cena que eu jamais queria ter visto..

Dorinha praticamos nua, desacordada, os cabelos enormes picotados, o olho inchado, e com muitos ferimentos pelo corpo. A boca ressecada e suja de sangue.

Mancini: Porra, loira.. O que fizeram contigo? - Cheguei perto dela, segurando ela no colo. - Não tem água por aqui não? - Ele assentiu. - Então pega, porra! Vai. - Gritei, e ele foi pegar.

Canhoto : Que filho da puta! - Veio pra perto, olhando com pena pra ela.

Mancini: Machucaram minha loirinha, e eu não tava por perto. Prometi que ia cuidar dela sempre... - Segurei o choro, junto com a vontade de chegar lá e encher o KL de bala.

Minha hora vai chegar, e vou fazer pior.

Mancini: Os batimentos dela estão fracos. Fraco pra caralho! Tem que levar ela pro hospital. - O Medrado trouxe a água, e eu dei pra ela aos poucos. Ela tava respirando bem fraquinho, e isso me causou muito medo.

Medrado: Minha ex mulher é amiga dela, tem a ficha limpa e pode levar ela pro hospital.

Mancini: Liga pra ela, caralho! Diz pra preparar tudo, que a gente chega lá em 20 minutos. - Ele foi fazer a ligação, e o Canhoto me ajudou a levar ela com cuidado pra dentro do carro.


Doralice. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora