Capítulo 59

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Mancini 🥇

3 dias depois...

3 dias que eu ligo pra Doralice e ela não atende. Ela não me passou os horários dos remédios, não veio mais ver a avó dela e isso me deixou preocupado.

Porra, esse filho da puta deve ter proibido ela de vir aqui.

Canhoto : Tá faltando só tu, irmão. Bora! - Entrou na salinha, e eu peguei minhas coisas.

Desci da salinha, e fui de encontro com o Canhoto.

Canhoto : Se ele não te pagar, é bala nele! - Eu assenti.

Mancini: Não tô indo por ele, sacou? Só quero saber da Doralice. - Ele ligou a moto.

Canhoto: Conhecendo o movimento, coisa boa ele não fez. - Ele arrastou a moto dali.

Minha cabeça já passou mil parada, já bolei mil planos. Se tem uma coisa que eu aprendi com meu envolvimento no crime, é saber me defender. É ter sempre um plano B, mas quase nunca usar, porque o A sempre funciona. E uma coisa que eu sei, é lidar com gente filha da puta.

Dou valor estourar miolo de gente assim, tá ligado? Meu cemitério ta lotado de neguin desse tipo, e já fazem dias que eu não renovo os mortos da minha lista.

[...]

Canhoto entrou na Babilônia, e foi em direção a boca. O KL já devia me esperar, e eu tô com o sangue quente.

Mancini : Manda os irmãos ficarem na ativa, sacou? Medina, Brown.. Todos! - Ele concordou, parando na frente da boca.

Medrado : Pode entrar, pô! KL tá esperando. - Afastou um pouco, e eu entrei. Cumprimentei ele, e subi.

Me arrumei, meti a postura e entrei na salinha. Ele tava na cadeira executiva, contando dinheiro e anotando no caderninho.

KL : Boa tarde! - Me olhou cínico, e eu não rendi.

Mancini : Sem massagem! Meu dinheiro, cadê? - Cheguei perto, me apoiando na mesa.

KL : Toma! - Pegou uma bolsa, e colocou na mesa. - Acaba aqui nosso trato. Enfia teus milicianos no cu, demorou? - Levantou, me olhando firme.

Abri a bolsa, e vasculhei ela por inteira. Não contei tudo, mas tava tudo ali.

KL : Sou homem de palavra. - Olhei pra trás, e ele tava me olhando. - Eu sei que tu não veio aqui por dinheiro, tô certo? - Ri fraco, cruzando os braços. - Tem um assunto, e esse assunto tem nome : Doralice. - Continuei olhando pra ele. - Yan, correto? - Avancei nele, segurando na gola da camisa dele. - Afasta aí, irmão. Tá maluco? - Continuei segurando na gola dele. - Me solta! - Me empurrou. - Eu sei quem tu é, se ligou? Amor de infância da Doralice. Eu lembro de tu, eu lembro... - Foi até a mesa, e puxou um whisky.

Mancini : Cadê a Doralice? Em?  - Ele botou um pouco no copo, e me ofereceu. - Responde, xará! Quê que tu fez? - Ele negava, tomando o whisky bem calmo.

KL : Doralice tá em casa, em casa! - Me olhou. - Ela me contou o que tu fez com ela. - Riu. - Abusou da mina, irmão? Deixou minha loira cheia dos traumas, nem quis mais ir te visitar. - Levantou.

Mancini : Tá louco? Chapou? Abusar dela? - Olhei pra ele. - Ela não me ligou mais. A avó dela tá internada, porque não tomou o medicamento no horário certo. Só ela sabia tudo. - Ele negou.

KL : Quer ouvir o recado que ela mandou? - Olhei pra ele.

Ele puxou o celular do bolso, e começou a reproduzir um áudio.

🔊 Doralice: Oi Mancini.. É, eu quero que você me esqueça, não me ligue, nem me procure. O que você fez comigo, foi o cúmulo. - Choro. - Eu não consigo mais sair de casa, sinto vergonha.. - Mais choros. - Eu.. eu am..amo meu marido, e vou ser leal somente a ele agora. - Engoliu seco. - Kyan vai buscar a minha avó, e trazer ela pra mim. Por favor, fica distante, e obrigada pela ajuda. Foi de grande utilidade!

KL : Tá satisfeito agora? - Guardou o celular com um sorriso enorme no rosto, e eu fui pra cima dele.

Soquei a cara dele, e o mesmo levantou rindo.

Mancini: Vou descobrir o que rolou com a Doralice, e vou te caçar até no inferno. - Peguei a bolsa de dinheiro, e ele limpava o canto da boca cheio de sangue. Toma cuidado! Malandro demais, vira bicho!

Doralice. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora