Capítulo 45

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Mancini : Tu beija aí, molha aqui. - Eu dei risada, e saí do abraço dele.

Doralice: Descarado! - Ele negou, ainda com um sorrisinho bobo no rosto. Ele colocou uma mecha do meu cabelo pra trás, e me trouxe pra perto dele. Fiquei dividindo meu olhar entre os olhos dele, e a boca.

Mancini: Eu senti tua falta! - Falou pertinho de mim, e eu senti a respiração ofegante dele. - Pode passar o tempo que for, eu sempre vou te achar a mais gata desse mundo. Agora mata minha saudade do teu beijo! - Encarei a boca dele, e quando me inclinei pra iniciar o beijo, escuto a voz da mãe dele no fundo.

Lisete: Yan, a Gabi tá te esperando lá em baixo. - Vi a sombra dela na escada, e me separei rápido dele.

Doralice: Gabi? - Olhei decepcionada pra ele. - Tá! Vai lá falar com ela, que vou me despedir da minha avó.  - Peguei minha bolsa, entrei no quarto e tranquei a porta.

Mancini : Dora, abre a porta! - Eu não sei porque ela ta aqui. - Bateu na porta, e eu ouvi a voz dele através dela.

Ouvi mais alguns passos, e a voz da Gabi ecoou pelo local.

Mancini: Porra, vou ter que fazer o que pre tu entender que não é mais pra tu brotar aqui? - Encostei meu ouvido na porta, ouvindo a conversa dos dois. - Vou ter que te cancelar? Sei lá, te mandar pra puta que pariu?

Gabi : Calma, gato! Tá estressado assim porquê? Tua mãe disse que tu tava com visita? Doralice? - Falou minha voz em um tom mais alto. - Ela ta aqui?

Mancini : Se toca, garota! Te devo satisfação desde quando? - Um barulho na parede forte surgiu, e eu fiquei assustada.

Gabi: Agressivo assim? Saudades! - Ouvi ela rir, e a minha avó acordar.

Dalva : Filha? Que barulho foi esse? - Saí da porta, não ouvindo mais a discussão deles dois.

Doralice: Oi vó, eu não sei. Deve ser o Yan, sei lá. - Fui até ela, ajudando a mesma a sair da cama. - Amanhã nós vamos fazer um passeio, ta bom? - Ri fraca, limpando as lágrimas.

Dalva : Passeio? Dominic vai? - Demorei um pouco pra responder, mas logo eu assenti. - Ele vive trabalhando, precisa passear também, não é? - Concordei, pegando na mão dela.

Doralice: Hoje eu não vou poder dormir aqui, mas logo nós vamos estar juntinhas novamente, tá? - Dei um beijo na testa dela.

Dalva : Não mente pra vovó.. - Me olhou firme com aqueles olhinhos miúdos. - Se o KL te atacar novamente, mata ele! Homem não vai te bater pela segunda vez, se tu matar ele na primeira. - Eu dei risada, e ela continuava me olhando. - Tô falando, Dora! Meu primeiro marido levantou a mão pra mim uma única vez. - Levantou o dedo indicador, e falou com indignação. - E eu cortei o dedo mindinho dele. Nunca mais ele nem sequer gritou comigo. - Me olhou. - Seja assim! - Pegou na minha mão, e bateu leve.

Doralice: Eu te amo, dona Dalva! - Beijei a testa dela, e a mesma riu fraca.

Dalva : Orgulho da vovó, minha loirinha marrenta! - Eu ri, e a vontade que eu tinha era de chorar.

Doralice. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora