Só aparece gente pra atrapalhar, é incrível!
Lavei meu rosto, e depois troquei de roupa. Coloquei algumas na bolsa, e peguei as chaves da casa.
Fechei a porta do lugar, e respirei fundo. Mochila nas costas, celular na mão fone no ouvido e fui caminhando em direção a "nossa" casa.
É tanta informação, é tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. Minha mente fica a milhão.
Será se a minha avó ta bem? Será se ela já comeu? Será se ele ta tratando ela bem?
São tantas perguntas, e nenhuma resposta.
Quando esse pesadelo vai acabar? Quando eu vou ser livre de novo? Quando?
KL : Ta voando? - Tirei os fones do ouvido, e vi o KL na minha frente. - Tô indo pra casa, sobe aí. - Subi na moto com ele, e coloquei os fones novamente.
Se ele falou comigo, eu não ouvi. Nem fiz questão de ouvir.
A casa não ficava tão distante da boca, onde foi o local que ele me viu.
Avistei nossa casa, e logo ele parou a moto. Desci da mesma, sem nem esperar ele.
Os vapores estavam na porta, liberaram pra eu entrar e assim eu fiz.
KL : Dora, espera! - Entrei na casa, e subi direto pro quarto.
Abri a porta do quarto, joguei o celular na cama e tirei o moletom que eu tava usando.
KL : Qual foi? Te fiz alguma coisa? - Fui pra laje do quarto, olhando a paisagem e senti as mãos dele tocarem meu ombro.
Doralice: Já fez muita coisa só de nascer. - Tirei as mãos dele de mim. - Não me toca!
KL : Tô com saudade de ti, porra. - Falou mansinho no meu ouvido, e eu me arrepiei. - Saudades de transar contigo. - Eu virei pra ele. - Vamo transar sem camisinha, vai? - Eu ri.
Doralice : Sem camisinha? Tá maluco? Pra eu engravidar, você me abandonar e eu ficar com esse bebê sozinha? Sai fora, nem fodendo. - Saí de perto dele, tirando minha roupa e indo pro banheiro.
KL : Uma rapidinha? - Entrou no box junto comigo.
Doralice : Kyan, desiste! Eu não vou transar com você. Aliás, já tem mais de meses que não rola isso. Eu não quero! Vai atrás das suas garotas.
KL : Sinto falta de tu, caralho! É da tua buceta que eu gosto? - Tirou a roupa, pra banhar comigo.
Doralice : Da minha? Falta? Para, né! Com esse tanto de buceta que tem por aí? Caô! - Entrei na banheira.
KL : Tu é estranha pra caralho, sacou? Não sente ciúmes, me deixa a vontade. Parece que nem gosta de mim. - Eu ri mais ainda.
Doralice: Não tá óbvio? Eu não gosto mesmo. - Ele coçou a cabeça.
Kyan : Eu já disse que te amo. Já disse que não vou forçar mais nada. Eu só queria que tu demonstrasse um pouco de amor, se é que isso existe aí dentro de tu, demorou? - Neguei.
Doralice: Não, amor! Por você eu só coleciono ódio mesmo. Se tu quer me manter em cativeiro, que seja sem relações, sem afeto e sem carinho. - Ele bateu no box, e saiu do mesmo. - Minha avó foi morar no Cantagalo. - Ele voltou pro box, ajeitando a toalha na cintura. - Eu vou ficar visitando ela.
Kyan : Sozinha? - Cruzou os braços.
Doralice: Sim, algum problema? - Ele negou. - Ah, achei que tivesse. Aliás, você mesmo disse que ia confiar em mim. - Debochei da cara dele, que saiu do banheiro sem falar mais nada.
Se ele quer que eu fiquei aqui, é aqui que eu vou ficar.
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Doralice. (CONCLUÍDO)
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