Capítulo 46

17.8K 1.2K 41
                                    

Segurei no braço dela, ajudando ela a caminhar. Abri a porta, e o Yan ainda permanecia ali de braços cruzados e a feição de bravo.

Mancini: Dora, a gente pode conversar? - Ignorei o fato dele estar ali, e fui descendo as escadas com a minha avó.

Doralice: Muito cuidado com os degraus. - Prestei atenção nela descendo, e o Yan descendo logo atrás.

Mancini: Doralice, não se faz de surda. - Pegou no meu braço. - Não tá vendo que a minha mãe fez isso de propósito?

Doralice: E você tá vendo que eu tô ajudando minha avó? Em? - Me soltei dele, que me olhou puto.

Dalva : Tô empatando? - Olhou pra nós dois, já na parte inferior da casa.

Mancini: A senhora pode deixar a gente conversar uns minutinhos? - Eu ia negar, quando minha avó respondeu que "sim", na velocidade da luz. - Obrigado! - Ajeitei ela no sofá, e ele me puxou pra parte de trás da casa.

Doralice: Seja breve! Preciso voltar pra casa. O KL vai mandar os soldados dele atrás de mim. - Não consegui olhar nos olhos dele.

Mancini : Pau no cu do KL. - Segurou em mim, me fazendo olhar pra ele. - Tá assim por conta da Gabi? - Riu fraco. - Foi armação da minha mãe, mané. - Eu assenti.

Doralice: Ué, eu falei algo? Não lembro de ter dito nada. - Ele riu debochando.

Mancini: É preciso falar? Porra, tua cara de mongolóide entrega tudo. Esqueceu que éramos melhores amigos? - Eu neguei. - Então, faixa! Acredita, vai. - Eu assenti, com um quilo de ódio no peito. - De verdade? - Eu concordei.

Doralice: Posso ir agora? - Ele assentiu. - Obrigada! - Fui saindo, quando ele puxou meu braço de novo.

Mancini: Vai me negar um beijo? - Eu ri, colada no corpo dele.

Doralice: Vou. - Ele negou. - Sou fiel, e casada! - Mostrei um anel falso pra ele, que nem significava nada.

Fiz isso de birra, até porque eu não me considerava casada, e muito menos fiel ao KL.

Mancini: Quer me foder, me beija pô. Inventa mentira não, Doralice! Tá engraçada hoje. Tá na cara que tu não considera esse pau no cu como marido. - Me soltou rápido, e eu vi que ele tinha ficado puto. - É sério?

Doralice : Sim, sou casada! - Ele concordou.

Mancini: Muito bem! Pois vai se foder tu e ele. - Saiu do local, me deixando sozinha.

Doralice: Yan, me leva em casa? - Fui atrás dele, que entrou em vários cômodos diferentes. Me perdi pela casa, e senti uma mão me puxar.

Era um beco escuro, e não me recusei a dizer que não conhecia aquelas mãos.

Ele segurou na minha cintura, e me trouxe pra pertinho dele.

Mancini : No escurinho é mais gostoso. - Olhei nos olhos dele, e depois pra boca. - Posso? - Eu assenti, já com vontade de meter o beijo. Ele encostou pra perto de mim, e eu fiz o mesmo. - Tu não disse que era casada e fiel? - Fingiu que ia me beijar, e voltou. Saiu do beco, e me deixou de novo.

Doralice: Filho da puta! - Resmunguei.

Mancini : O que era mesmo? Ah, se eu posso ir te deixar? - Fui atrás dele, que voltou pra sala onde minha avó se encontrava. - Claro, porra. Te deixo sim! - Tirou a camisa, atravessado a bandoleira junto com o fuzil. Ele me olhou rindo, portando o radinho na cintura. - Bora?

Desgraçado! Uma casa enorme dessas, o arrombado fez um percurso inteiro só pra me puxar pra um canto escuro, me deixar na vontade e depois debochar de mim, usando minhas próprias palavras.

Matei o Yan só com meu olhar, e ele Continuava rindo de canto, como se tivesse concluído uma missão. Debochado pra caralho!

Mancini: Vai babar no meu corpo até quando? Teu maridão fiel já vai meter o louco pa cima de mim. - Desmanchou o sorriso, e eu vi minha avó aparecer com a ajuda da Marta. Fui até a mesma, e abracei.

Doralice. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora