Capítulo 37

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Doralice.

Fechei a porta da casa da minha avó, me encostei na parede e deixei toda a dor invadir meu peito.

Sentei no chão, jogando a cabeça pra trás e chorando muito.

É tão bom saber que ele tá tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe. É doloroso saber que ele está de volta, e eu não posso ficar com ele.

Deixei as lágrimas escorrerem, e a dor arder no meu peito. Pelo menos ele vai "cuidar" da minha avó por um tempo, e só assim, eu fico em paz.

A porta se abriu, e bateu no meu pé.

Doralice: Aí, caralho! - Passei a mão pelo mesmo, e eu vi a Marina entrar.

Marina : Desculpa, amiga! Eu vi a porta encostada e só abri. - Agachou no chão, me vendo chorar. - Quê que foi, minha loira? - Me abraçou.

Doralice: O Yan voltou. - Ela permaneceu abraçada comigo, e não disse nada. - Ele voltou! - Me separei do abraço, olhando pra mesma, que engolia seco.

Marina : Na verdade, ele nunca sumiu. - Abaixou a cabeça, falando bem baixinho. Ela mexeu nas unhas, como se tivesse apreensiva.

Doralice: Como assim? Como assim ele nunca sumiu? - Minha voz ficou alterada, e ela me olhou.

Marina : Amiga.. - Ela parecia nervosa.

Doralice: Fala, Mari! Tu sabe de alguma coisa que eu não sei? - Eu olhava pra ela, querendo respostas. - Eu já tô ficando indignada com essa situação! Fala, garota! - Estalei os dedos, e ela assentiu.

Marina : Ele nunca sumiu. Eu sempre soube que ele tava aqui, que ele era dono da Babilônia. - Meu coração apertou. - Mas eu não podia falar. A Gabi era minha melhor amiga, ela ameaçou minha filha, tendeu? Minha filha! Ele veio até mim também, pediu segredo. - Ela queria chorar, e eu fiquei desapontada.

Doralice : Nossa! - Levantei do chão, puta com tudo.

Enxuguei minhas lágrimas, e me apoiei no sofá.

Doralice : Nem judas! - Bati forte no encosto do sofá. - Como tu fez isso, Mari? Eu sempre te ajudei em tudo, tu sabia de como eu sentia a falta do Yan, de como ele poderia me ajudar a fugir disso tudo. Eu achava que tu era minha amiga. - Fiz gestos com as mãos, e olhei pra ela.

Marina : Dora, me entende também, poxa! - Levantou do chão, e tentou me abraçar. - Eu não fiz por mal. - Eu saí de perto dela.

Doralice: Vai embora! - Fui até a porta, e abri a mesma. - Vaza! - Ela me olhou com cara de choro. - Vai, gata! - Apontei pra porta.

Marina : Medrado pediu pra dizer que o KL tá te esperando na casa de vocês. - Assenti. - Ele disse pra tu levar tuas coisas. - Ela  saiu, mas ficou parada na porta, esperando que eu falasse algo, mas eu não falei e só fechei a mesma com força.

Doralice. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora