Capítulo 08

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Nós nos encontramos no alto do morro, como de costume e eles já estavam lá.

Marina: Dora! - Veio pra me abraçar, e eu não retribui.

Doralice: Oi. - Ri fraco, ainda com os braços ereto.

Drigo : Aí, Gabi tá sem bike. - Olhei pra ela, que tava encostada na pedra junto com o Kelvin.

Eu queria tanto ter a aparência de garotinha doce e meiga igual a ela. Mas eu não consigo, e nem tenho.

Gabi : Eu posso ir com o Yan, a bike dele tem garupa. - Saltei da minha bicicleta num pulo.

Doralice: Não, pode ir na minha. Eu vou com o Yan. - Ele ficou me olhando sem entender nada.

Gabi: Ta bom, já que você faz tanta questão.. - Dei minha bicicleta pra ela, e subi na garupa do Yan.

Kelvin : Me sigam, crianças! - Brincou, e todo mundo riu.

Yan : Dora, eu não confio em te levar. Tenho medo de te derrubar. Me leva, e na volta eu te trago. - Concordei.

Eu levantei da garupa, e ele me passou a bicicleta. Subi na mesma, e ele sentou na garupa.

Comecei a pedalar, acompanhando os outros e eu senti a mão dele tocar na minha cintura.

Yan : Você se incomoda? - Demorei um pouco pra raciocinar, e eu neguei.

Ele foi colocando a mão aos poucos. O caminho inteiro até a praia, foi deles rindo e zoando com tudo.

Apesar da recepção ter sido um horror, eles me passaram uma confiança enorme, menos a Gabi.

É bom ter "amigos", sabe? Ainda mais quando eles não ficam te zoando pela aparência ou o jeito de se vestir. Quando te aceitam do jeito que você é.

Depois de uns minutos pedalando, rindo e zoando com tudo, nós chegamos até a praia.

A praia vermelha não fica tão distante, 4 à 5 minutos no máximo.

Eu e o Yan fomos rindo, de nós mesmos. Lembramos das nossas aventuras, das palhaçadas e das vergonhas que passamos juntos.

Drigo : Qual foi, gata? Compartilha as aventuras com nós. - Falou comigo, assim que nós chegamos na praia.

Doralice: Ah, não era nada. - Ri fraco. - Era só algumas lembranças com o Yan.

Caio : Vocês são melhores amigos, ou existe algo a mais entre vocês? - Olhei pro Yan, e eu ri.

Doralice: Somos melhores amigos! - Ele concordou, arrumado o óculos com vergonha.

Quando o Yan ta com vergonha, ele fica arrumando o óculos todo desajeitado.

Eles foram indo pra praia, e eu fiquei com o Yan colocando a bicicleta no lugar.

Yan : Você tá bem? - Senti a mão dele no meu ombro, e eu assenti.

Doralice: E você? Tá sentindo mais nada? - Negou. - Boa, então vamos! - Ele segurou na minha mão, e nós fomos correndo pra praia.

A areia pesava a cada passo que eu dava, e o Yan ria com a minha dificuldade pra andar.

Doralice : Do que você ta rindo, bobalhão? - Ele fez o sonso.

Vimos todo mundo tirar a roupa. As meninas com biquínis, e os meninos ficaram de calção.

Eu fiquei olhando pra elas vestidas de biquínis, e eu fiquei triste. Queria me sentir confortável pra vestir biquíni igual elas.

O Yan permanecia de mãos dadas comigo, e ele percebeu que eu tinha ficado triste.

Yan : Você ta.. ta linda. - Olhei pra ele. - Não fica assim. - Assenti. - Vamo banhar, vai. - Concordei.

Nós fomos correndo pra dentro da água, e logo nos juntamos com o resto do pessoal.

Nós brincamos, jogamos água um no outro, rimos e nos divertimos.

Nunca vivi essa sensação antes, com mais pessoas além do Yan. Confesso que é muito bom!

Depois de alguns minutos banhando, eu sai um pouco. Água fria, gelada me causa calafrios.

Sentei na areia, e esqueci de trazer uma toalha. Mas isso não afetou muito.

Olhei pro resto do pessoal banhando, e depois prestei atenção na lua.

Nossa, mas olhar a lua da praia traz uma paz imensa. Melhor do que a visão do morro.

Yan : Tá com frio? - Concordei. - Me abraça que passa. - Sentou do meu lado, e me trouxe pra perto dele.

Doralice: Você ta tirando casquinha disso, isso sim. - Ele riu. - Aproveitador.

Yan : Quer ficar no frio, maluca? Eu te deixo. - Neguei.

Doralice: Não, fica aí. - Ele negou, e foi me abraçando.

Ele ta mais molhado que eu, mas mesmo assim, encontrei uma quentura ali no abraço dele.

Observei mais um pouco eles banhando, e eu me afastei do abraço do Yan.

Yan : O que foi? Fiz alguma coisa? - Não respondi ele, só mantive meus olhos fixados nos dele, me aproximei, encostando minha boca na dele e fechei os olhos igual nas novelas.

Eu não fazia a mínima idéia de como fazia isso, mas eu queria.

Eu beijei ele devagar, mas não sabia o que fazer. Então eu apenas encostei.

Me afastei dele e abri os olhos, vendo que ele nem tinha fechado.

Doralice: O que foi? - Resmunguei.

Yan : Achei que você nem tinha gostado. - Bufei.

Doralice: Mas.. mas eu gostei e quis fazer de novo. - Ele riu.

Yan : Tu é maluca, Doralice! Maluca!

Doralice. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora