Capítulo 23

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Voltei pro baile, e vi que o KL já tava lá. Mas ele tava sozinho.

Porra, não trouxe a Doralice?

Mancini : Sócio. - Ri de canto, e ele ficou posturado. Estendi minha mão, e ele pegou na mesma. Depois cumprimentei os 3 vapores que ele tinha trago.

Canhoto : Não trouxe a fiel? - Riu, olhando pro KL.

KL : Não. Mulher minha não sai pra baile sem ser dentro da minha comunidade não, demorou? - Foi curto e grosso, e eu saquei que tinha bagulho rolando.

Mancini : A fiel é tua, irmão. Faz o que quiser. - Por dentro, eu queria socar a cara do KL até desconfigurar ele por completo.

Que moleque filha da puta! Doralice se presta a esse papel? Cadê a marrenta que eu conhecia? Porra, essa não é ela.

Mancini : Vamo geral entrar? - Eles assentiram.

Olhei com ódio pro Canhoto, e ele sacou.

KL foi na frente, e nós entramos. Comecei a ouvir o pancadão, e logo as "garotas" começaram a render.

Uma delas passou por mim, e pegou no meu pau. Dei risadinha, e vi que era a Lia. Maluca não desiste.

Lia : Coração grande pra caralho. - Sussurrou no meu ouvido.

Mancini: Esse coração aqui cabe todo mundo, menos tu. - Peguei no mesmo, e apertei. Ela acompanhou com os olhos, e mordeu o lábio inferior. Cheguei perto da boca dela, e susurrei contra a mesma. - Rala, minha puta. - Saí de perto dela, e olhei pra trás disfarçadamente, vendo ela ainda me olhar, mas com muito desejo.

Levei o KL e os cachorrinhos dele pra parte superior, e de lá nós observamos o movimento. Aqui tinha puta das boas, só as selecionadas.

KL : Aí, rala. Tenho fiel. - Mostrou a aliança, e eu fiquei observando.

Fiel? Tomar no cu.

Mancini : Canhoto. - Chamei ele, que já tava armado na escada da quadra, protegendo a passagem. - Traz aquela bebida de derrubar boi pa mim. - Olhava firme pro KL, que conversava com um tal de Medrado, enquanto olhava o baile. O olhar dele julgava a favela em todas línguas, e isso eu percebia.

Ele podia falar que tinha fiel, mas a postura e olhar dele, entregava tudo.

Fiel? Fiel sou eu. O último romântico.

Canhoto : Forte mermo? - Concordei, e ele saiu.

Quando eu queria ficar louco, sem usar droga. Eu bebia essa cachaça. Derruba qualquer um. É uma mistura de várias bebidas, e no final eu colocava Licor Companheira fino de Jabuticaba. Mostrava até o lado que eu não queria. Sentei na cadeira que era reservada pra mim, e nem precisou da bebida pra ele começar a se mostrar.

Uma das garotas que eram contratadas pra dançar, começou a se esfregar nele. Puxei um Gim, e só observei.

Porra Doralice, onde tu foi se meter?

Nem demorou muito, e o Canhoto chegou com a bebida. Ofereceu pro KL, que ficou cheirando e receoso.

Hora de agir. Cheirei minha carreira de pó rapidão, e levantei. Minha pressão caiu, mas logo voltou. Fiquei parado uns segundos, e fui até ele limpando meu nariz.

Mancini : Relaxa, faixa! É a melhor que a gente tem. - Bati no ombro dele, e me encostei na grade. Avistei a Gabi, e ela me chamava. - Experimenta. - Ignorei a Gabi, e olhei ele bebendo.

KL : Aí, irmão.. Tu não contar pa minha fiel que eu tô assim não, né? - Ri.

Mancini: Quê que eu tenho haver com a tua vida, mermão? Curte esse caralho ai, e fica na moral.

Pau no cu do caralho!

Ele bebeu a bebida, e fez uma careta feia.

KL : Essa é das boas! - Bebeu mais uma vez, e fechou os olhos.

Isso mermo, bebe tudo, filha da puta! Só não ligo pra Doralice, porque não tenho contato.

Doralice. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora