Capítulo 20

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Subi na boca, e abri a porta. Vi geral reunido, só estavam me esperando. Meu padrasto tava lá, ele me ajudava a gerenciar, junto com o maluco que já tava aqui a mais tempo que eu. Macaco velho nos bagulhos.

Cumprimentei geral, mas sem dar muita abertura.

Brown : Achei que não ia subir mais. - Riu.

Mancini: Tava admirando uma gatinha que eu achei lá em baixo. - Olhei rapidamente pro KL, que em um olhar rápido, me olhou. - De quem é a dona? - Abri um sorrisinho de canto, e eu vi o ódio no olhar dele.

KL : Qual foi, irmão? Vai ficar secando a mulher dos outros mermo? Falta de respeito isso aí. - Eu ri fraco, e ele permanecia sério.

Mancini : O que era o assunto mermo? - Desviei do assunto.

Medina : Maluco quer fechar parceira com tu, sacou? Disse que o movimento tá fraco. Em troca disso, te dá suporte sempre que precisar, passa o contato dos milicianos filha da puta e tá tudo certo. - Sentei na cadeia da boca, e fiquei girando a caneta em torno do meu dedo.

Mancini : Pensando bem, até que a gente precisa de uns milicianos mermo, sacou? - Bati a caneta na cadeira, fazendo eles se assustarem. - Mas não tô fazendo isso só por ti não.
Tô fazendo porque tu tem uma fiel muito gata. - Ele veio pra cima de mim, mas o Brown e o Medina seguraram ele. - Calma aí, amigão! Fazendo feio no primeiro dia? Não se faz isso com os sócios não, valeu?

KL : Respeito tu, demorou? Mas não fala da minha mulher na minha frente. - Encostei na cadeira, observando ele ficar irritado.

Mancini : Não acha legal os outros dizerem que tu tem uma fiel gata? Isso quer dizer que tu tem bom gosto, cachorro! Fica esperto. - Cheguei com a cadeira pra perto da mesa, e peguei uns papéis. - Assina aqui. - Apontei, e ele sentou na cadeira de frente pra mim, olhando nos meus olhos. - Nada de passar a perna. A gente vai cobrar o dinheiro certo todo mês. Nada de bancar o malandrão, porque malandro demais vira bicho. - Permaneci encarando ele, que me olhava firmemente.

KL : Tu tá falando com homem, demorou irmão? Aqui tem palavra, se eu falo um bagulho, eu cumpro. Muita paz, e muita fé. - Assinou rapidão, jogou a caneta em cima do papel e levantou.

Mancini : Ah, tem que participar dos bailes. - Ele me olhou. - Traz teus irmãos, pra geral se conhecer. - Ele assentiu, e foi saindo. - Não fica puto não, geral aqui é aliado. Ninguém pega fiel de ninguém, é lei da quebrada. - Ele deu dois toques na porta, e saiu.

Respirei fundo, e o Brown ficou me olhando.

Brown : É a mina que tu falava desde quando chegou aqui? - Olhei pra ele, concordando. - Percebi, irmão! Tu não trata ninguém assim.

Mancini : Não consegui me segurar, sacou? Não consegui. Maluco tirou praticamente tudo que eu tinha. - Levantei da cadeira, indo pra laje e vendo ela subir na garupa dele.

Fiquei observando eles dois irem embora, e depois saí de lá.

Medina : Fica firme! - Pegou no meu ombro, e eu ri fraco.

Mancini: Não fode! Foi por culpa tua que eu tive que sair de lá. - Tirei a mão suja dele de mim com força.

Doralice. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora