Ava Beatriz Cullman uma caloura do curso de artes visuais em Harvard está aprendendo a viver essa nova fase de sua vida tentando provar para seus irmãos mais velhos de que ela era assim como eles uma pessoa adulta e capaz.
No meio de tudo isso ela...
Meu dia tinha sido uma merda, está bem talvez eu estivesse exagerando!
A verdade era que o início do meu dia tinha realmente sido uma merda mas as coisas tinham melhorado, eu tinha tido aulas realmente interessantes o curso de artes visuais de Harvard era realmente do melhor apesar das pessoas esnobes que se achavam superiores por conta do número de dígitos existentes na sua conta bancária ou o peso de seu sobre nome, fora todas essas coisas eu estava amando a faculdade. Com certeza a melhor parte do meu dia foi a minha primeira festa eu era caloira e mesmo que no início eu não quisesse ir fiquei feliz por ter mudado de ideia, não achem que não gostava de festas porque eu gosto, é só que o dia tinha começado mal então não estava muito no clima de festejar mas convenhemos uma festa é muito melhor do que ficar em casa chorando e me lamentando.
A festa poderia estar sendo melhor se eu não tivesse que me esconder de Austin, se bem que para quem diz querer se esconder eu estava sendo controversa eu estava na casa dele era praticamente a festa dele. Por ser capitão do time de hóquei ele era bem popular o que é bom nesse momento várias pessoas queriam falar com ele estar com ele não o dando tempo para vir atrás de mim, mesmo assim eu estava "escondida" na cozinha bebendo uma lata de cerveja encostada na pia enquanto ouvia umas garotas meio estéricas porém divertidas fazerem uma lista de coisas sobre os caras com quem vale a pena ter uma noite de sexo.
— Então o vosso critério é que se ele tiver um cabelo e unhas higienizadas e um pênis no mínimo médio é o cara ideal para sexo casual? — Eu questionei pois realmente estava curiosa entendo a parte do pênis mas como unhas e cabelo podem ser relevantes quando se escolhe seu casinho de uma noite?
— A higiene das unhas e do cabelo de um homem dizem muito sobre ele — começou Sienna minha colega de quarto a única que eu realmente conhecia a mais de duas horas entre as garotas de fraternidade que estavam izoladas de todos bebendo ali comigo na cozinha — eu te garanto você não vai querer transar com um cara cujo cabelo cheira a rato morto ou com as unhas sujas como se ele tivesse acabado de brincar com terra.
— Exatamente! — Enfatizou Ella uma baixinha loira de olhos claros — se ele se importa em manter as unhas e o cabelo limpos quer dizer que existem mais probabilidades de que esteja limpo. — Acrescentou.
— É ciência Ava é pura ciência. — A de cabelo azul Abigail que me parecia estar muito bêbada continuou tentando me convencer de que aquilo fazia sentido, ela foi até a geladeira e tirou outra lata de cerveja de dentro.
Tenho de confessar elas estavam me convencendo.
— E se o cara for careca? Como eu vou saber que ele é a minha transa ideal para aquela noite? — Bebi da minha cerveja depois encaro Abigail com um ar sério como se realmente estivesse com dúvida sobre o assunto — serão as unhas e o pênis suficientes para a escolha da minha transa ocasional?
— Acho que aí teríamos de avaliar o corte de cabelo sabe, se ele está bonitnho ou se a cabeça está limpa sei lá você está complicando as coisas — tive de rir Abigail faz um movimento brusco e acaba derrubando cerveja em mim Abigail estava realmente bêbada. Minha diversão acaba quando o ouço gritar meu nome.
Merda, merda, merda...
Austin é impedido de vir até mim por dois caras grandes que o pararam para falar alguma coisa aproveito o momento para fugir até ao banheiro entro e encaro meu reflexo no espelho dando costas a porta, graças a Deus a maquiagem estava perfeita não dava para ver nada mas mesmo assim não podia conversar com ele pelo menos não hoje encaro minhas mãos estavam um pouco trémulas as lavo não sei porquê. Do nada sinto alguém passar os braços ao redor da minha cintura me assustei dei um grito e depois dei uma cotovelada no estranho.
— Que porah?! — O cara me soltou quase que de imediato.
— SEU TARADO! — Gritei e acertei um chute no meio das pernas ele se dobrou e eu sai correndo só que para o meu azar dou de cara com Austin assim que viro o corredor.
— Você está fugindo de mim! — Ele afirmou não perguntou porém para ganhar tempo ignorei esse pequeno detalhe.
— De você? Nãooo! — Ri de nervoso, minha fala tinha sido um pouco escorrida.
— Você está bêbada? — Eu não estava, bebi apenas duas ou três cervejas mas eu estava fedendo a cerveja porque Abigail derrubou sua bebida em mim. E bom se ele pensava que sim, que eu estava bêbada então eu podia usar isso ao meu favor assim ganharia tempo.
Eu ri mais um pouco, ele revirou os olhos como se suas suspeitas da minha suposta embriaguez tivessem acabado de se confirmar. Aperto suas bochechas e fico na ponta dos pés tentando beijar as mesmas ele não deixa, está visivelmente irritado.
— Não me oponho que você beba Ava mas conheça seus limites por favor, você sabe oque acontece com caloiras bêbadas em festas como estas? — Neguei com a cabeça forçando outro riso.
Decidi guardar o facto de ter sido agarrada no banheiro para mim, não quero que ele surte de vez.
Ele passou as mãos no cabelo e suspirou alto me puxa pela mão atravessamos a sala de estar puxei minha mão tentando me livrar dele acabo caindo em cima da mesa de beer-pong acabando assim com a diversão de vários universitários bêbados.
Ouvi Austin resmungar algumas pessoas me xingarem não os julgo eu havia arruinado seu jogo. Outros não se importaram muito e simplesmente riram se divertindo com o meu vexame.
— Ava! — Austin me repreendeu, ele me agarrou me e jogou no ombro como um saco de batatas, isso fez meu estômago revirar o gesto e o álcool me deixaram um pouco tonta tive uma leve vontade de gorfar.
Ele entrou no seu quarto, trancou a porta e me colocou sentada em sua cama o encarei minha visão estava meio turva fecho os olhos por alguns segundos e depois volto a abrir. Não, eu não estava bêbada só com um leve mal estar.
— Fique aqui, não se atreva a sair nesse estado. — Fechei os olhos novamente sentindo o meu estômago revirar e a vontade de vomitar aumentar. — Acinti abrindo os olhos novamente.
Ele se abaixou desmachou o cadarço da minha bota e a tirou do meu pé, repetiu o processo no outro pé e depois colocou meus pés em cima da cama. Eu não estava tão mal assim na verdade eu não estava mal, um pouco groge depois de algumas cerveja e ser carregada de cabeça para baixo bom sim mas eu estava bem porém nesse momento preferia que ele achasse que não, prefiro quando ele cuidava de mim não quando grita por eu ter feito algo que ele considera uma burrada.
— Quando amanhecer vai me contar porquê estava fugindo de mim, não pense que vai se safar assim tão fácil. — Ele cubriu meu corpo com um endredom, foi até ao banheiro e me deixou ali.
Tirei meu celular do bolso da minha calça e mando uma mensagem para Sienna avisando que estava bem e que ela podia ir embora sem mim tiro minhas lentes e as guardo, Sienna me enviou monte de emojis obscenos ri e coloquei o celular na mesinha de cabeceira. Não estava com sono então fico encarando o teto, a imagem dele me vem em mente velo sempre arruinava o meu dia, toda vez me fazia pensar em coisas que sempre escolho fingir esquecer mas eu havia arruinado sua vida para sempre então ter um dia da minha vida arruinado não era nada comparado com oque eu fiz com ele.
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