Ava Beatriz Cullman uma caloura do curso de artes visuais em Harvard está aprendendo a viver essa nova fase de sua vida tentando provar para seus irmãos mais velhos de que ela era assim como eles uma pessoa adulta e capaz.
No meio de tudo isso ela...
— Certo! — Espera oquê? — Oquê? — Ava estava me encarando emburada.
— Ah, agora você está me ouvindo não apenas dizendo certo, certo olhando para o nada!
— Me desculpa. — Ela me encarou um pouco mais e depois seu rosto suavizou.
— Oquê há de errado? — Porra havia tanta coisa errada. — Porquê está tão aéreo?
As merdas que o irmão babaca dela disse no outro dia haviam me afectado mais do que eu gostava de admitir. Eu não devia ligar para o que Austin dizia ele fez aquela merda de propósito eu sabia disso ele sabia disso ainda assim eu estava me vendo em uma situação onde eu não conseguia pensar em mais nada além das merdas dele.
— Não é nada demais...
— Sem mentiras Dyaln... — Me repreendeu. Ok, ok ela tinha razão se até ela que até um tempo atrás mentia mais do que tudo nunca mentiu para mim não era justo que eu o fizesse.
— Na noite que assistimos uma linda mulher seu irmão me falou algumas coisas quando estávamos na cozinha. — Ela se acomodou na minha cama e me encarou esperando que eu continuasse. — É verdade que tem planos de viajar, depois da faculdade quero dizer? — Ela riu e depois relaxou.
— É isso? Sério que está estranho por isso, amor eu este é o meu primeiro ano falta tanto e...
— Então é verdade? — Sim eu estava chateado queria que ela tivesse me contado não gostei do ar vitorioso de Austin quando percebeu que eu não sabia sobre isso, sendo algo tão importante para ela eu devia saber certo?
— Bom sim, é um dos meus sonhos viajar conhecer lugares exóticos formas de arte não convencionais tenho um plano sabe de abrir uma galeria mas não quero que seja mais do mesmo então tenho que sair da minha zona de conforto entende? — Falou animada.
— Porquê não me contou? — Ava fransiu o cenho.
— Não sei, eu... Sei lá Dylan falta tanto tempo para eu me formar nós nunca falamos sobre futuro não é como se eu estivesse escondendo algo de você só foi um tema que nunca abordamos.
— Vamos abordar então... — Ela desviou o olhar.
— Precisamos realmente disso? — Dei de ombros.
— Porquê não?
— Não precisamos fazer isso está tudo bem, eu sei que você vai se formar muito antes de mim que vai ser uma estrela do hóquei e que todas as garotas estarão aos seus pés, bem boa parte delas já está aos seus pés mas enfim não importa eu sei disso estou ciente de que daqui a algum tempo você vai querer viver essas experiências de festas loucas e tudo mais então não precisa me preparar para isso ou algo do tipo como disse estou ciente e não precisa se sentir culpado quando acontecer eu vou ficar... Humm eu..eu vou ficar bem.
Ciente de quê? Ela estava achando que essa conversa era um aviso? Ela estava achando que assim que eu me formasse nós íamos terminar? Ela só poderia estar maluca para achar que isso vai acabar porque não vai mesmo nem a pau.
— Seu irmão disse que você ia me largar quando eu deixar de representar liberdade na sua vida e começar a te fazer se sentir presa. — Ela estava me encarando como se estivesse me perguntando "oquê?" — É isso, diferente de você ele sabe que que nunca vou terminar com você mas deixou claro que tem certeza de que você irá terminar comigo pode não ser hoje ou amanhã ou daqui a um ano mas que em algum momento irá acontecer. E talvez você fique bem mas eu não vou não.
— Espera Austin disse isso? — Assenti. — Dylan eu te amo, te amo tanto que as vezes não consigo nem explicar e talvez eu realmente fique bem mas estar bem não chega nem perto de como me sinto quando estou com você. — Sorri e ela encarou a cama.
— Então não vai me deixar para viver um romance tórrido em cada país que for visitar? — Ela riu.
— Não, não vou você é meu romance tórrido.
— Certo, certo! E quanto a eu me tornar jogador profissional no próximo ano...
— Daremos um jeito, sempre que você poder você vem sempre que eu poder eu vou para onde você estiver faremos dar certo ok? — Disse chegando mais perto. — Não vou desistir de você. Nunca! — Me beijou.
— Isso é bom se não seria obrigado a te sequestrar e te trancar em um porão. — Ela riu.
— E quanto as minhas viagens bom faremos o mesmo. A minha ideia inicial era ficar três anos fora mas bom posso fazer isso com intervalos sabe ficar apenas algumas semanas e depois voltar sei lá apenas sei que daremos um jeito.
Sim daríamos um jeito porque nós dois queríamos que desse certo então não existem obstáculos duas pessoas que estão dando tudo de si para ficarem juntas então eu tinha certeza que aquela mulher seria uma artista incrível, a minha esposa, a mãe dos meus filhos e oque mais ela quisesse ser.
— Amor... Já que estamos humm falando sobre coisas eu, eu tenho uma coisa para te contar. — Arrequeei a sombrancelha. — O Adam estava em uma clínica de reabilitação por isso ele não te procurou de novo na verdade ele sai essa semana e humm e ele quer me ver não é nada demais é só uma conversa eu e ele.
Não era nada demais? Não era nada de mais minha bunda! Nem a pau que esse cara ia chegar perto dela de novo ela entrou em panico da última vez nem fodendo que eu ia deixar isso acontecer de novo pouco estava me importando que ele era o irmão dela. Eu sabia que ela não estava pedindo autorização e que minha resposta ia me fazer parecer um homem das cavernas eu sabia mas ainda assim eu não ia deixar ela chegar perto dele não mesmo.
— Não! — Ela me olhou sem entender. — É isso mesmo não! Não vou deixar você chegar perto desse cara esqueça.
— Dylan ele é meu irmão, e Antony disse que ele está bem que é seguro e que é importante para ele termos essa conversa e minha terapeuta disse que seria bom para mim também. — Não! Não! E não!
— Ele não está bem da cabeça. E ele vai fazer você chorar e eu vou acabar sendo preso por assacinato quer ter que me fazer visitas íntimas na prisão?
— Dylan não estou brincando! — Afirmou.
— Nem eu! — Deixei claro. — Se ele encostar em você eu vou matá-lo.
— Eu vou, está decidido você não vai me fazer mudar e opinião. — Aaah porquê tinha que ser tão teimosa.
— Sendo assim eu vou com você.
— Não! Isso é algo que eu preciso fazer sozinha você não vai não.
— Ok, ok onde vão se encontrar então? — Ela riu.
— Acha que vou dizer como se eu não te conhecesse se eu falar você irá. — Ela estava certa. — Eu vou ficar bem relaxa — Ela chegou perto ficando entre minhas pernas. — Ele é meu irmão e sei que se conheceram da pior forma possível mas garanto a você que ele não é ruim as drogas elas tornam ele ruim mas ele não é ele nunca me faria mal.
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