Algumas semanas haviam se passado desde que eu falei com o meu pai. Eu não o havia procurado e não pretendia o fazer.
— Podemos ver Velozes e furiosos. — Sugeriu Thomas mas Ava negou imediatamente.
— Me recuso a ver um filme onde caras pulam de prédio em prédio em carros e vão ao espaço EM CARROS! — Gritou a última parte deixando claro que achava um absurdo.
— Eu disse que era melhor eu escolher o filme, o vosso gosto cinematográfico e horivel!
— Não, músicas não são filmes. — Falei e Ava me encarou como se eu tivesse falado alguma barbaridade.
— Se Yummi escutasse você falar essa atrocidade ela ia te deserdar com certeza. — Ela estava certa, mas eu não estava dizendo que eu não gostava de musicais só que eu preferia ver musicais no teatro e não no cinema.
— Se você contar eu vou negar tudo. — Ela fez um gesto como se quisesse dizer meus lábios estão celados. Me inclinei levemente e uni nossos lábios.
— Alguém deveria estar fazendo as pipocas ou talvez devêssemos pedir alguma coisa. — Lembro Thomas.
— Eu posso fazer a pipoca peçam algo para comermos e escolham o filme. — Austun que durante todo esse tempo estava calado finalmente falou.
Ava o havia chamado para se juntar a nossa noite de cinema mesmo todos nós tendo certeza de que ele recusaria. Para nossa surpresa ele aceitou.
— Eu ajudo você. — Disse me levantando Ava me olhou apreensiva como se achasse que eu ficar com seu irmão em uma cozinha cheia de objetos pontiagudos e cortantes fosse arriscado demais, talvez fosse quero dizer nós já ganhamos a final então acho que não há mais nada o impedindo de acabar comigo.
— É legal você ter aceitado ficar no mesmo ambiente que nós. — Falei enquanto ele procurava o milho. — Ava está feliz.
— Eu sei. — Disse e me entregou o milho.
— Isso significa que está bom eu não diria aceitando mas talvez parando de tratar sua irmã como merda só porque ela está comigo? — Coloquei o pacote no microondas e o liguei.
— Eu não tratei minha irmã como merda. — Se encostou no balcão.
— Claro que não, você só a julgou a ignorou e disse que ela era burra demais para tomar suas próprias decisões. — Ava poderia ignorar tudo isso porque queria ter seu irmão de volta mas eu não ignoraria essa merda, ele a fez se sentir mal e eu faria questão de lembrá-lo disso.
— Eu não disse que ela era burra eu disse que ela era ingénua. — Tive de rir.
— Você a fez se sentir como se ela não fizesse oque você quer ela ia te perder.
— Ela nunca vai me perder. — Austin tirou alguns potes para que colocássemos as pipocas e colocou no balcão. — Diferente de você eu sempre estarei na vida dela, somos irmãos e isso nunca vai mudar. Nós nunca vai acabar.
Ele tinha uma certa razão eu tinha de adimitir eles tinham um laço muito forte oque era bom era bom Ava ter pessoas na sua vida que sempre estariam lá porém eu também tinha entrado na sua vida para ficar.
— Esta rogando praga no meu relacionamento Austin? — Provoquei.
— Não, na verdade não. Estou apenas dizendo o que vai acontecer sabe você vai terminar seu curso e jogar profissionalmente em menos de um ano Ava ainda terá três anos aqui bom alguns relacionamentos sobrevivem a distância — Ele abriu o microondas tirou o pacote que já estava inchado e colocou outro lá dentro — mas no vosso caso eu duvido muito sabe, não é só a distância terá a mídia Marias patins e bom talvez por um milagre vocês consigam manter esse "relacionamento" mas e quando ela terminar a faculdade... — Ele abriu o pacote e colocou a pipoca já pronta dentro do pote. — Ela quer viajar, você sabia disso? Ela quer conhecer o mundo ela não vai abrir mão disso nem mesmo por você então não preciso rogar praga para algo que mais cedo ou mais tarde eu sei que terá um fim não preciso nem ficar bravo sobre isso então não veja eu aqui como eu aceitando essa relação mas sim como eu me lembrando de que minha irmã vai precisar de mim quando ela deixar você — Tirou o outro pacote do microondas colocou em outro ponte e meteu outro pacote no microondas — Eu sei você não vai deixá-la mas acredite em mim ela vai essa relação a faz se sentir livre por agora mas é porque ela só tem dezoito anos quando mais ela crescer mais liberdade ela vai querer e você bom acho que já entendeu, você será um impecilio. — Ele pegou os potes já cheios e voltou para sala me deixando sozinho.
Esperei o que faltava e voltei para sala, Ava que agora estava sentada com seu irmão estava sorrindo enquanto James e Thomas pareciam estar irritados.
— Pedimos pizza! — Disse animada, James revirou os olhos.
— Garota Cullman você é um pé no saco, acabou escolhendo o filme e oque vamos comer isso não me parece justo! — Reclamou Thomas. Ela deu de ombros depois tirou um monte de pipoca do pote que estava com o imbecil do seu irmão e enfiou na boca. — Sério que vai nos fazer assistir uma linda mulher? — Ela assentiu. Ele jogou a cabeça para trás frustrado.
— Sem contar que na sua pizza só tem mato. Garota Cullman bem que você podia ser daquele tipo "eu não sou igual as outras garotas eu gosto de filmes de acção e de hambúrguer eu não gosto de salada e filmes de mulherzinhas bla, bla, bla..."
— Mas eu sou igual as outras garotas eu não gosto de filmes de acção, eu só como hambúrguer de carne vegetal, eu amo salada, e filmes de mulherezinhas... E pare de falar mal da minha pizza você nunca nem provou já disse a você que os vegetais são seus amigos.
— Não preciso provar merda para saber que é uma merda! — Tive de rir, me lembrava muito bem dela ter me dito aquilo uma vez.
— Pare de reclamar, não é como se a pizza dela fosse parar na sua boca. — Só de o ouvir eu ficava com raiva. Quando me lembrava que eu e Austin já nos demos bem e hoje em dia ele é um babaca e ouvir sua voz me dava vontade de socá-lo sério eu mal conseguia acreditar.
— O pau do Dylan também não vai parar na sua boca, só na dela e ainda assim você está aí putinho com Deus e mundo. — O encarei para mandá-lo calar a boca mas antes que eu fizesse isso Austin o acertou com o pote de pipocas.
Esse era o problema com Austin, ele era demais. Thomas não devia ficar falando aquelas merdas sobre a minha namorada e eu sempre o lembrava disso não só a ele mas também as outros. Nunca vou permitir que nenhum deles fique falando coisas que a deixem desconfortável mas isso não significava que eu ia ficar batendo em todo mundo.
— Austin, peça desculpa... — Ava falou calmamente.
— Porquê? — Seu irmão respondeu igual uma criança.
— Porque você bateu no seu amigo e isso é errado mas foi sem querer então peça desculpa. — Minha namorada tinha uma paciência invejável quando o assunto era o irmão pau no cu dela.
— Mas eu quis... — Deus esse cara era muito babaca.
— Cara faz logo oque ela pediu ou vai embora. — Falei irritado ele me encarou.
— Desculpa Thomas foi sem querer — James explodiu em gargalhada e Thomas apenas o mostrou o dedo do meio. Ava suspirou e levantou.
— Vou pegar algo para limpar essa bagunça. — Antes que ela podesse sair a segurei e coloquei sentada no meu colo.
— Ele sujou então ele vai limpar fique aqui quietinha vamos assistir seu filme favorito enquanto esperamos as pizzas se quiser fazer outra coisa faremos e ninguém vai reclamar tudo bem? — Ela concordou reprimindo um sorriso. Austin levantou para limpar a merda dele e depois que ele parou de falar merda até tivemos uma noite agradável.
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Amor e outros problemas
RomanceAva Beatriz Cullman uma caloura do curso de artes visuais em Harvard está aprendendo a viver essa nova fase de sua vida tentando provar para seus irmãos mais velhos de que ela era assim como eles uma pessoa adulta e capaz. No meio de tudo isso ela...