Eram quase duas da manhã, vimos o filme e ficamos conversando e nos beijando e porra eu não queria voltar não queria que acabasse.
Dylan desceu do carro e abriu a porta para que eu saísse.
— Obrigada! — Agradeci meio sonolenta. — Foi o melhor encontro da minha vida. — ele sorriu e selou nossos lábios, pela primeira vez não me importei se alguém podesse nos ver ou não envolvo meus braços no seu pescoço e o beijei pela milionésima vez aquela noite, ainda assim não me parecia o suficiente.
— Então é por isso que não me atende irmãzinha, está ocupada demais dando para caras da faculdade. — Congelei. Não, não, não, não.
— Antony? — Dylan perguntou confuso.
— Adam, o irmão gêmeo do mal. — Merda, merda, merda.
Dylan havia bloqueado minha visão com seu corpo eu não podia ver meu irmão nem ele a mim.
— Vim atrás do que pedi a você, seja uma boa garota e me dê logo poupe nós três dessa situação desgastente. — Eu não o daria, não mais porque se eu o fizesse era como se estivesse o ajudando a se arruinar.
— Adam por favor — Finalmente saiu de trás de Dylan. Sujo, magro, cabelo e barba por fazer não dava para ver mais nada estava escuro e Dylan envolveu o braço na minha cintura não me permitindo que eu me aproximamsse mais. — Já falei que aquela era a última vez, não te darei mais nada.
— Sua pequena vadizi...
— Se terminar quebro sua cara. — Ele riu.
— Arrumou esse garoto para te defender, será que ele sabe o tipo de merdinha que você é?— Não, não, não. Não aqui não naquele momento não com Dylan ali.
— Adam pare por favor. — Senti lágrimas descerem pelo meu pescoço as lentes de contacto ficam embaçadas. As tirei e joguei no chão irritada.
— Ele não sabe não é? Ele não sabe que você a tirou de nós pequena criação do capeta.
Dylan não falou nada ele simplesmente se manteve em posição de alerta e me segurou perto de si.
— Fale para ele porque estou assim, é culpa sua e você sabe adimita para o seu namoradinho. — Me soltei de Dyaln ele tentou me segurar para que não cheguesse perto do meu irmão mais não deixei.
— Ligarei para você amanhã e te darei a quantia que precisa, agora vai embora. — Ele sorriu.
— Se não cumprir estarei aqui amanhã, e depois, e depois... — Ele chegou perto e o cheiro que vinha dele me fez ter vontade de vomitar. — Está igualzinha a ela, linda pena que seja só por fora não é? — Ele tocou nas minhas bochechas com as luvas rasgadas e eu fechei os olhos com força, mas o toque durou apenas alguns segundos pois quando abri os olhos ele está no chão e Dylan entre mim e ele.
— Não toque nela se tem amor pela sua vida de merda. Estou avisando. Se é dinheiro que quer me diga quanto e eu pago mas não chegue perto dela cara estou pouco me fodendo que é o irmão dela se chegar perto dela de novo se falar esse monte de merda para ela de novo se a fizer chorar eu vou te mandar para a merda de um caixão me escutou?— Cuspiu com raiva. Dylan me segurou pelo braço sem me machucar fomos até o carro ele escreveu alguma coisa em um papel depois jogou para Adam. — Ligue para mim, não chegue perto dela se o fizer vou atrás de você.
— Claro cunhadinho farei exatamente oque pediu. — E assim como apareceu no meio a escuridão foi em bora.
Soltei meu braço e subi até meu quarto com pressa, Dylan veio atrás de mim e quando tentei fechar a porta com ele do lado de fora ele não deixou. E entrou a revelia.
— Não devia ter dado a ele seu número ele não vai te deixar em paz — deu de ombros.
— Mas vai te deixar em paz é o suficiente para mim.
— Ele não me faria mal algum é meu irmão. — Dylan riu.
— Esqueceu de que vi Austin brigar com você por conta da porra de ematoma que você tinha no rosto Ava? Sei que tem haver com ele — Sim eu havia esquecido daquilo.
Deus obrigada por Sienna não ter voltado.
— Ele não me bateu, estávamos discutindo eu estava com a visão embaçada de tanto chorar quando queria sair do beco onde nos encontramos acabei dando de cara com uma janela. — Eu estava falando a verdade, Adam nunca me machucou fisicamente, não de propósito e isso foi a muito tempo atrás. — Não estou mentindo — o assegurei — não mentiria para você. — Fiquei aliviada pois ele pareceu acreditar.
— Não me importa, não quero ele perto de você ele pode não ter de machucado fisicamente mais emocionalmente, ele machucou olhe seu estado. — Minha maquiagem provavelmente estava borada, e meu vestido manchado com as lágrimas que escorriam até meus seios.
— Ele é meu irmão, tenho o dever de ama-lo e de estar lá para ele goste eu ou não. — Ele riu incrédulo.
— Você não tem dever de ama-lo Deus como pode achar que alguém que te trata daquela maneira é digna do seu amor? — Um soluço escapou da minha garganta. — Estou apaixonado por você Ava, e ver você se machucando acaba comigo. Ver você mendigando afecto estando disposto a te dar tudo de mim acaba comigo. — Não consegui respirar, busquei ar e nada.
Minha visão embaçou mais ainda dobrei meu corpo ao segurar nos meus próprios joelhos buscando equilíbrio, Dylan me segurou e me colocou sentada na minha cama e ficou em pé me carando. Conto até sei lá quanto tentando regular minha respiração, ajudou mas não sei se foi o suficiente.
— Não repita mais isso Dylan por favor. — Eu disse com dificuldade, por conta da falta de ar, do choro, do peso das suas palavras.
— Oquê que estou apaixonado por você? Que te amo com todo meu coração? Isso te pegou tão desprevenida assim, achei que já soubesse pois sempre deixei bem claro oque sinto por você. Eu te amo Ava te amo tanto que chega a doer te amo tanto que estou a beira de um colapso porque está chorando, te amo tanto que nesse momento a única coisa que me impede de ir matar aquele filho da puta que você chama de irmão é porque não sou fisicamente capaz de sair daqui com você nesse estado.
— Va embora, eu quero que vá embora. — ele negou.
— Eu não vou. — Se abaixou tirando minhas botas, depois o casaco abriu o meu vestido me deixando completamente nua me segurou no seu colo sem nenhuma dificuldade e e trou embaixo do chuveiro quente comigo. Não o impedi em nenhum momento duvido que teria forças para o fazer duvido que eu o quisesse fazer.
Não sei quanto tempo passou, não sei o quanto chorei, mas em algum momento parei de chorar, em algum momento Dylan me pegou no colo novamente não se importando de estar com as roupas encharcadas, me vestiu com um pijama e ficou sentado no chão me encarando até que em algum momento eu simplesmente apaguei.
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Amor e outros problemas
RomanceAva Beatriz Cullman uma caloura do curso de artes visuais em Harvard está aprendendo a viver essa nova fase de sua vida tentando provar para seus irmãos mais velhos de que ela era assim como eles uma pessoa adulta e capaz. No meio de tudo isso ela...