Tive que impedir Sienna de quebrar o vidro do carro de Conner e riscar escrevendo mentiroso. Todos ao meu redor estavam reagindo menos eu, eu estava assustada aguardando uma catástrofe, ódio fora do normal nas redes sociais, graças a Deus não aconteceu.
A #avabocadeveludo não teve nem um terço da repercussão da #avaintocavel nunca pensei que estaria tão feliz por isso mas estou, e tudo graças a Sienna, Austin e Dylan. Sienna faz parte de uma fraternidade ela pediu que as meninas a ajudassem a desmentir essa merda toda e elas e outras afernidades ajudaram a denunciar qualquer postagem sobre o assunto e evitar que as pessoas partilhassem cada vez mais essa história, assim como todo o time de hóquei e como Conner acabou postando algumas coisas dizendo que era brincadeira, e que não aconteceu nada as coisas não estavam tão ruins assim haviam alguns olhares, cochichos e tudo mais mas não estava tão ruim assim. Estava todo mundo preocupado demais com o Halloween para dar a mínima para essa história toda.
— Eu digo para ninguém chegar perto de você e você aceita sair com um desses babacas? — Respirei fundo, estava adiando essa conversa a dias. Contei tudo a Austin por celular e desde então venho fugindo dele, fugindo dessa conversa.
Estávamos na sala de sua casa, quero dizer da sua casa e de outros três atletas Austin havia me chamado para conversar com forme fui crescendo conversar com meus irmãos se tornou algo que me deixava nervosa. Pois conversar com eles era como entregar o boletim de notas aos seus pais, não que eu soubesse muito sobre interações com projenitores mas acho que era a mesma coisa.
— Você não pode simplesmente me proibir de sair com pessoas só porque é meu irmão, muito menos me proibir através do Twitter. — Limpei minhas mãos nas minhas calças, as vezes quando estava nervosa eu precisava manter minhas mãos ocupadas.
— Nós conversamos sobre isso, eu sou homem sei muito bem oque outros homens querem eles vão quebrar seu coração ou espalhar boatos obscenos sobre você. Porra Ava porquê não me falou que ia sair com aquele babaca.
E lá vamos nós...
— Para que você me dissesse que não? — O encarei ele estava me irritando eu não o devia explicações.
— Exatamente! Viu oque aconteceu? Ele tentou te agarrar, falou um monte de merda e
— E você bateu nele!
— Está o defendendo? — Dou uma risada seca, ele não podia estar falando sério. — Você gosta dele?
— Está louco? Ele tentou me agarrar, não tem o mínimo de respeito com uma mulher, e é um racista de merda acha que estou apaixonada por ele? Que tipo de pessoa acha que eu sou?
— Não faço ideia está bem, falo para você não fazer uma coisa e é exatamente isso que você faz. Você está sempre mentindo para as pessoas, escondendo coisas eu estou tentando te proteger só isso. — Baixei minha cabeça, e brinquei com os buracos da minha calça os abrindo ainda mais.
— Na.. não preciso de proteção! — Minha voz saiu fraca, eu estava sendo patética. — Não sou feita de vidro ou algo assim, me deixe quebrar a cara e..u sou uma mulher adulta sou responsável pelos meus erros. — Queria ter soado mais firme minha voz tremula passou justamente o oposto do que eu queria.
— Você é responsável até a página dois, porque quando as coisas dão errado você deixa de ser uma mulher adulta e os seus erros viram um problema para todo mundo. Dessa vez até Dylan e sua amiga tiveram que se envolver nisso por sua teimosia e se o tal manobrista não tivesse aparecido? E se ele tivesse feito algo com você, você quer que eu te trate como uma adulta comece a se comportar como uma. — Uma garota aparece mas assim que nos vê da meia volta, e vai em direção aos quartos que é de onde vinha. — Você vive dizendo que sabe se cuidar, que é auto suficiente sabe de uma coisa você não passa de uma menina com ares de mulher pare de dizer que é adulta e comece a se comportar como uma adulta, mentir sobre vender seu carro, dar dinheiro aquele bastardo de merda do Adam, sair com Conner. Acha que gosto de ficar no seu pé o tempo todo? Que não tenho mais oque fazer? — O encarei, foram só por alguns segundos não tive coragem de o fazer por mais tempo.
— Nunca pedi que cuidasse de mim. — Me defendi, não que eu precisasse, não era como se ele estivesse me acusando ou algo do tipo é só que foi um instinto eu acho, não estava pensando direito.
— Acha que precisa pedir? — Ele se levantou nesse momento me senti minúscula, não só por ele ser vários centímetros mais alto do que eu. — Sou seu irmão, e em algum momento fomos amigos seu bem estar vem a cima de qualquer coisa para mim, você vem a cima de qualquer coisa. — Austin suspirou e me encarou. — Você é a minha menina.
— Você não é meu pai, não precisa se comportar como se fosse. — Que merda eu estava dizendo? Merda eu estava chorando.
— Claro que não sou seu pai, sei muito bem disso nós não temos a merda de um pai. — Ele não estava gritando, ele sempre gritava quando "conversamos" quando estava com raiva. Eu não tinha mais certeza de que ele estava com raiva, ele não gritar me assustava.
Não que eu pensasse que ele poderia explodir de raiva e me atacar ou algo do tipo, não era isso era só que vê-lo assim fazia com que eu me questionasse que ele realmente estava com raiva ou exausto. Será que estava cansado de mim? De todos os problemas que causei desde o dia em que nasci e em vez de me desculpar oque eu fazia, eu fuguia ou mentia eu realmente era uma pessoa mal agradecida. Eu era uma pessoa ruim.
— Me desculpa. — Eu estava tremendo. — Não sei porque aceitei sair com ele, acho que para te afrontar ou porque fiquei feliz por alguém me chamar para sair ou talvez os dois não sei no momento pareceu certo de alguma forma eu não queria causar problemas não queria envolver Sienna nisso nem você nem Dylan, somos amigos agora sabe estamos fazendo um trabalho de espanhol juntos, as vezes assistimos séries estamos nos dando bem. — Ele arrequeou a sombracelha — Desculpa por não contar antes, não sei porque não o fiz na verdade não faço ideia de que merda estou fazendo.
Austin se senta ao meu lado, encosto minha cabeça em seu ombro ou pelo menos tento ele era bem mais alto que eu então acabo encostando em seu braço.
— Não queria ser o irmão chato. — Ri fraco.
— Não se preocupe Antony é o irmão chato. — Ele me encara e rimos os dois.
— Então eu sou o irmão divertido? — Nego.
— Esse é Allan me desculpe. — Ele me encara com falsa mágoa no olhar.
— Então que irmão sou eu? — Penso, que irmão era Austin mesmo?
— O tipo que você chama quando se mete em uma briga e precisa de ajuda. — Ele ri um pouco.
— Preciso que você se comporte. — Assinto. — Quer que eu leve você para casa? — Neguei. Eu tinha combinado de estudar com Dylan.
— Tenho que estudar conjugação de verbos com Dylan. — Ele acente, beija minha testa e ficamos em silêncio por alguns minutos.
— Vy sei que sou exagerado mas é porque amo você, não minta para mim não me esconda coisas estou pedindo a você. E não quero ficar sabendo de coisas pelos outros, só somos eu você Antony e Allan não temos mais ninguém você tem que confiar em mim. — Não respondi, queria poder dizer que eu contaria tudo a ele mas era mentira queria dizer que não esconderia nada mas mais uma vez eu estaria mentindo. Senti meu celular vibrar no meu bolso de jeito nenhum eu atenderia aquela chamada mas mesmo assim a chamada foi como um lembrete de que eu não merecia essa confiança essa era a verdade eu não os merecia.
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Amor e outros problemas
RomanceAva Beatriz Cullman uma caloura do curso de artes visuais em Harvard está aprendendo a viver essa nova fase de sua vida tentando provar para seus irmãos mais velhos de que ela era assim como eles uma pessoa adulta e capaz. No meio de tudo isso ela...