— Você não vai querer comer nada? — Ava perguntou quando o garçom veio pegar nossos pedidos, ela e Milen já haviam decido oque irriam querer só faltava eu.
— Querer eu até quero, mas infelizmente você não está no cardápio. — Brinquei, Ava me encarou perplexa minha mãe apenas fingiu que não estava ali.
— Pare de constrager a sua namorada filho, daqui a pouco ela vai querer se enfiar de baixo da mesa.
Eu gostava de provoca-la as vezes era divertido vê-la arregalar os olhos mesmo que depois quando ficassemos sozinhos ela provavelmente iria me bater e me dar uma bronca pelo comentário.
Finalmente fiz meu pedido e ficamos aguardando, o jogo tinha terminado faziam umas duas horas ainda conseguia sentir a adrenalina vibrando no meu corpo. Havíamos ganhado, porra eu estava feliz para caralho Yummi me ligou ela não parava de gritar toda eufórica Milen e Ava também sem contar com o monte de gente que estava sempre me parabenizando.Ava estava com a minha camisa e tinha meu nome em sua bochechas ela estava lindíssima. Confesso que meu ego triplicou quando a vi.
— Acho que deveríamos conversar sobre o outro motivo de eu ter vindo até aqui já que vocês tem uma festa para ir. — Certo, o motivo.
— É eu humm eu vou ao banheiro. — Disse e saiu da mesa sem me dar tempo de a impedir.
— Decidiu se vai velo ou não? — Na verdade eu tinha escolhido ignorar esse assunto, então não.
— Não sei mãe, porquê agora já passou tanto tempo.
— Só o escute nem que seja para colocar um ponto final nisso ele é seu pai...
— Porquê o está defendendo? — Essa conversa já estava me irritando. — Ele te traiu, ele nos abandonando por anos ele não se importou com ninguém além dele mesmo e você o está defendendo porquê? Porquê defende um cara que não vale absolutamente nada mãe ele casou com outra mulher no dia do seu aniversário o que ele quer oquê ele precisa é problema dele não deveríamos dar a mínima para uma pessoa que some e aparece quando quer uma pessoa que simplesmente acha que vai consertar tudo com uma conversa com catorze anos de atraso francamente.
A comida chegou, o garçom serviu rapidamente porque provavelmente notou a tensão que habitava em nossa mesa naquele momento mas mesmo a comida já tendo sido servida nada de Ava voltar.
— Não é por ele, eu insistir nisso não é e nunca será por ele é por você tudo que eu faço é por você Dylan não quero que se arrependa de não ter falado com ele vá diga tudo isso que acabou de dizer para mim que ele saiba o quanto fez mal para você essa conversa não precisa ser o começo de uma relação entre pai e filho ou uma redenção para ele mas sim oquê você quiser que seja pessoas nos magoam o tempo todo algumas nem ao menos sabem o quanto nos magoam isso obviamente não é desculpa mas é a verdade existem pessoas tão egostias que nem ao menos se dão conta do mal que nos causaram não cabe a nós explicar se não quisermos ou se acharmos que não vai mudar nada ou se não quisermos que nada mude mas as vezes é bom olhar no olho de quem nos machucou não em espírito de vingança mas ver o quanto uma pessoa que nos afectou não nos afecta mais ou se ainda afecta seria um começo para que você lute para que pare de te afectar. — Milen pegou um guardanapo e limpou o canto do olho.
— Ah Dylan certo? — Perguntou uma garota que surgiu do nada na minha frente. Apenas acenti com a cabeça — Parabéns pela vitória, você foi incrível sou uma grande fã — Apenas sorri sem muito humor, não queria ser groceiro mas estava no meio de uma conversa importante. Ela ficou parada nos encarando por alguns segundos mas quando percebeu que ninguém ia falar nada deixou um papel em cima da mesa e foi embora.
— Eu não me importo com ele, estive com raiva por muito tempo mas agora simplesmente não sinto absolutamente nada. — Minha mãe encarou o prato que provavelmente estaria frio quando fossemos comer depois volta a me encarar — Mas irei vê-lo, sei que se não o fizer não irei me arrepeder porque como disse eu simplesmente não me importo com esse cara mas se você faz questão mãe então irei conversar com ele. — Ela sorriu, aliviada.
— Está bem, ele está em Boston falarei que podem se encontrar aqui amanhã oquê acha? — concordei — agora vá chamar a sua namorada para que possamos comer e você possam ir para vossa festa. — Acenti e me levantei indo na direção do banheiro feminino. Ava está na porta do lado de fora.
— Você não precisava ter saído corazón. — Deu de ombros.
— Queria vos dar privacidade, talvez você não estivesse muito confortável discutindo assuntos tão particulares comigo ali. — Minhas mãos vão para o seu rosto uma em cada lado.
— Você sabe que eu te amo não sabe?
— Eu sei mas é muito bom ouvir você dizer. — Sorriu.
— Eu te amo! — Selei nossos lábios.
— Muito? — Perguntou com os lábios ainda nos meus.
— Muito!
— Que bom porque eu te amo muito sabe e seria meio triste se você não sentisse o mesmo.
— Certo! — Falei rindo.
— Certo! — repetiu. — Então humm você vai vê-lo? — Suspirei.
— Vou! — Me afastei tentando ler sua expressão facial sem muito sucesso. — Ele está em Boston então provavelmente o verei amanhã quero me livrar disso logo. — Acentiu e me beijou.
— Vai dar tudo certo!
— Eu sei! — A segurei. — Vamos nossa comida provavelmente já está gelada.
Voltamos para nossa mesa e assim que se senta antes mesmo de ver seu prato Ava viu o pequeno pedaço de papel que foi deixado na nossa mesa momentos atrás.
— De quem é? — Minha mãe me encarou enquanto mastigava, esperando que eu respondesse.
— Uma garota aleatória veio me parabenizar pela vitória e deixou aí, não dê importante. — Ela olhou para o papel e voltou a deixar na mesa.
Devia ter jogado aquele papel fora eu sabia que minha namorada tem algumas inseguranças em relação a outras garotas eu entendia isso e fazia de tudo para evitar que esse tipo de coisa acontecesse pois eu sabia que enquanto ela comia milhões de hipóteses louças estavam perturbando sua mente não era algo comigo ou com minhas atitudes eu sabia disso eu nunca a tinha dado motivo para que ela se sentisse insegura sobre nós. Mas isso não era sobre nós era sobre ela, era algo que ela precisava trabalhar ela não era do tipo que fazia escândalos ou algo do tipo ela simplesmente ficava calada provavelmente se comparando com alguém que nem chegou a ver com alguém que nunca chegaria aos seus pés.
Estamos chegando na reta final da história do Dylan e da Ava, mas não é o fim dos irmãos Cullman temos novidades por aí...
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Amor e outros problemas
RomanceAva Beatriz Cullman uma caloura do curso de artes visuais em Harvard está aprendendo a viver essa nova fase de sua vida tentando provar para seus irmãos mais velhos de que ela era assim como eles uma pessoa adulta e capaz. No meio de tudo isso ela...