66 |Ava|

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— Estou muito feliz que você esteja bem e que esteja tomando as rédeas da sua vida.

Eu não amava Adam pelo menos não como eu amava os outros eu provavelmente devia parar de dizer isso pois era algo ruim de se dizer mesmo sabendo que ele não me amava também, ele se importava se não nem estaria aqui era provavel que ele até gostasse de mim mas nunca tivemos uma relação nunca nos demos a oportunidade de conviver um com o outro por vários motivos eu gostaria de mudar isso queria sentir por ele oque eu sentia pelos outros queria que fossemos próximo ele era uma pey boa apesar de tudo e por minha culpa nossa família teve que escolher um lado e eles escolheram o meu isso deve ter doido bastante.

Adam foi uma criança triste e sozinha por conta da depressão ele nunca chegou a aprender a socializar já que sua infância se resumiu em piscicologos e psiquiatras meio que ele não teve a fase de fazer amigos do nada de interagir com outras crianças o que resultou em um adolescente travado e um adulto sem muitas abilidades sociais.

— Obrigado. Você é...

— PARE DE CHORAR E ME DÊ LOGO O DINHEIRO QUE ESTÁ NO CAIXA GAROTA! — Alguém gritou, eu e Adam olhamos para o caixa e vimos a moça que nos atendeu chorando com uma arma apontada para sua cabeça. Me levantei sem saber oque fazer Adam puxou meu abraço e ficamos os dois de baixo da mesa.

— Deus ele vai mata-lá. — Sussurei em pânico, eu estava tentando respirar mas era quase impossível a aquela garota ia morrer e nós seríamos os próximos.

— Se acalma estou ligando para polícia, vi uma delegacia aqui perto então acho que eles não vão demorar se acalme Ava por favor se acalme ele não percebeu que estamos aqui tente não fazer barulho.

Eu estava tentando buscar ar mas estava tão difícil, não era suposto que respirar fosse tão difícil eu não conseguia parar de chorar minhas lentes de contato tinham saído de lugar eu não estava enxergando nada eu não consegui escutar a voz da moça não do assaltante nem Adam que estava do meu lado na verdade eu não consegui escutar nada além da minha respiração de merda meu peito estava doendo perdi a conta de quantas promessas fiz em troca de sair viva daqui. Eu nunca mais veria Antony, Allan, Zoé meu Deus eu nunca mais veria Dylan não não não eu era nova demais para morrer eu finalmente tinha encontrado alguém que me amava eu finalmente estava feliz eu... Eu... Eu porra não era justo eu estava... Eu estava feliz as coisas estavam dando certo não era justo.

Eu não quero morrer, eu não quero morrer, eu não quero morrer, eu não quero morrer...

— Ava, Ava, Ava a polícia chegou Ava estamos todos bem Ava abra os olhos. — Minha visão estava completamente embaçada eu mal conseguia ver. — Vem acho que você precisa ir ao hospital por conta da sua asma.

Não era a asma ou era? Eu não sei eu estava sentindo tanta coisa ao mesmo tempo tanto medo.

— Vem vou levar você para um hospital. — Ele me ajudou a levantar e a caminhar até a saída eu estava lutando para controlar minha respiração mas sem muito sucesso.

— Ei, vocês não podem ir embora! — Alguém disse.

— Senhor polícial minha irmã não está passando bem não tenho certeza se é uma crise de pânico ou se é asma mas ela precisa de ajuda.

— Bom veremos isso na delegacia entrem na viatura. — Eu não estava entendendo o que estava acontecendo estávamos sendo presos?

— Adam... Oqu... o... quê está acontecendo?

— Está tudo bem só tente respirar com calma tente se acalmar ok? Está tudo bem.

Estava mesmo tudo bem?

— Ava conte até dez vamos lá bem devagar. — Assim o fiz o carro abafado da polícia não estava ajudando muito mas eu continuei — mais devagar ainda isso respire bem devagar está tudo bem.

Nada estava bem!

Porquê estsmos no carro da polícia, eu queria ir para casa minha cabeça estava doendo muito minhas pálpebras estavam pesadas minha respiração estava melhorando mas ainda assim eu não estava raciocinando direito eu estava com medo eu só queria que tudo aquilo acabasse.

Assim que chegamos na delegacia eu vi a garçonete que havia nos atendido ela estava dando seu depoimento era para isso que nos trouxeram aqui?
Não podia esperar? É provavelmente não nas séries criminais eles sempre dizem que as primeiras horas são cruciais para a recolha de informações fazia sentido foi meio insensível da parte deles mas no final das contas eles estavam apenas fazendo seu trabalho.

— Porquê o estão levando? — Pergunto aoe dar conta de que diferente da garçonete eu e meu irmão não estávamos sendo escoltados para frente de uma mesa para darmos nosso depoimento. — Oquê está acontecendo? — Nenhuma resposta.

Eles me levaram para uma sala pouco iluminada e eu fiquei lá por cerca de quarenta minutos era fria e eu estava com sono e cansada na verdade casada era eufismo eu estava exausta fisicamente e emocionalmente eu só queria que esse maldito dia acabasse. Bati na porta trancada algumas mas não houve resposta.

Quando eu já estava a começar a achar que eles haviam me esquecido aqui um um policial entrou e se sentou na my frente.

— Ava Beatriz Cullman certo? — Acinti em concordância.

— Oquê está acontecendo? Porquê estou aqui?

— De onde conhece Mave Tyler? — Mas que porra?

— Meu irmão se chama Adam Cullman não conheço nenhum Mave Tyler.

— É o nome do homem que assaltou o estabelecimento onde você e seu irmão estavam tarde da noite apenas bebendo água.

Isso só podia ser uma piada esse cara não podia estar falando sério, ele estava insinuando que eu e Adam estávamos envolvidos no assalto?

— Meu namorado e meu outro irmão vivem perto de estabelecimento por isso nos encontramos lá achei que seria mais seguro obviamente me equivoquei e quanto a hora sou uma estudante universitária mal tenho tempo para respirar direito tive aula o dia todo estou exausta presenciei uma garota ser ameaçada com uma arma estou assustada meu namorado e meu outro irmão provavelmente estão preocupados pois eu disse que não ia demorar.

— Então você é estudante universitária?

— Sou! — Respondo emburada.

— Não deve ser fácil para você se manter, faculdades são caras.

— Dinheiro nunca foi um problema nem para mim nem para miny família — Eu não era do tipo que gostava de falar sobre posses e essas coisas mas eu estava tentando o intimidar da mesma maneira que ele estava tentando fazer comigo — e como eu disse estou exausta e se tiver algo sólido contra mim me prenda de uma vez se a única coisa que tem contra mim é o facto do assaltante ser negro assim como eu e meu irmão eu vou sair por aquela porta e você vai me levar até onde meu irmão está para que possamos ir embora se tentar me impedir vou querer minha ligação para que eu possa chamar meus advogados para que eu possa os processar por racismo entre outras coisas. — Disse seria, eu nunca tinha sido detida na vida nem mesmo parada quando ainda tinha meu carro se bem que o carro nem um mês durou então acho que não conta muito. — Vai me deixar sair ou prefere que eu tome medidas mais drásticas?

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